Bayard Demaria Boiteux (1916 - 2004)

NA ESCOLA, TAL COMO NO MUNDO, TODOS SOMOS PROFESSORES E TODOS SOMOS ALUNOS.
(Faculdade Economia Porto)

domingo, maio 31, 2009

Os 1 600...

Na manifestação de Lisboa apenas estavam 1 600 professores (o Zézinho tinha razão) os restantes 55 000 deviam ser apenas adereços, figurantes dos shows, turistas distraídos, membros do SIS, VIPs do (des)Governo, moinas, membros das brigadas clandestinas da PSP, etc.
Ora, estes 1 600 já tinham entrado na grandiosa concentração/manifestação do PS em Coimbra/Solum e foram logo contratados para novo take, a manif. Alfacinha.
Sobre a manipulação dos professores o Zé também tem razão, de Braga, um dirigente do PS, do distrito de Braga, quiçá residente em Vila Velha (má-língua da oposição), acompanhou (infiltração clandestina) enquanto Docente Titular, os professores que integraram a marcha promovida pelo SPN.
Já agora, o Zé primeiro-ministro que discursa contra a manipulação será o mesmo Zé que bota faladura nos comícios do Vital?
Se sim, então, pela lógica dos princípios do Sudoku, o Zé enquanto PM tenta manipular os adereços que frequentam os comícios do Zé do PS.
O engraçado disto é que, ontem os professores tiveram que pagar a ida a Lisboa e o Partido do Zé paga almoços, jantares e outras benesses para que apareçam os adereços.

quinta-feira, maio 28, 2009

Federação Nacional dos Professores

FENPROF exige condições de trabalho e respeito pela lei na aplicação e correcção das provas de aferição.
Como a FENPROF tem afirmado e os professores reconhecem, as provas de aferição, embora em outro formato, são um instrumento de avaliação do sistema educativo.
A realização destas provas de aferição, nos últimos anos, tem gerado um conjunto de perturbações nas escolas, tanto a nível organizacional, como profissional, no que diz respeito ao acréscimo de responsabilidade e de trabalho.
O horário de trabalho é acrescido tanto aos professores "aplicadores" como "classificadores", com particular incidência nos que leccionam no período da tarde e que, nesse dia, desenvolvem mais de 8 horas de actividade.
Muitos docentes são deslocados das suas escolas, para aquelas em que se realizam as provas, sem qualquer pagamento de deslocações que têm de ser por si suportadas.
Constata-se, ainda, que, em muitas escolas, não existem condições físicas, nem recursos humanos, para o desenvolvimento, em simultâneo, das várias actividades escolares.
Perante tais factos, a FENPROF lançou hoje um abaixo-assinado junto dos professores em que se exige que:
1 - Seja considerado o tempo de realização das provas aferidas como tempo lectivo, para alunos e professores.
2 - Nas escolas em regime de horário duplo e em todas as que não reúnam condições para garantir as actividades aos seus alunos, nestes dias, em condições de tranquilidade e segurança, todos os que não estão envolvidos nas provas de aferição deverão ser dispensados de aulas.
3 - Em nenhum caso, os horários dos professores ultrapassem o número de horas lectivas semanais legalmente estabelecido.
4 - No cumprimento do estipulado na lei, sejam garantidas as ajudas de custo aos docentes que tenham de se deslocar.
5 - Aos docentes correctores de provas sejam deduzidas as horas de trabalho na sua componente não lectiva de estabelecimento ou, na impossibilidade, sejam pagas as horas extraordinárias despendidas na formação e correcção das provas.
Simultaneamente, a FENPROF divulgou uma minuta de reclamação que os docentes poderão utilizar para requerer, caso de torne necessário, o pagamento de horas extraordinárias, nos termos do disposto no artigo 83.º do Estatuto da Carreira Docente.
Abaixo-assinado e minuta de reclamação poderão ser obtidos nas escolas, junto dos delegados sindicais, nas sedes dos Sindicatos da FENPROF ou on-line.
O Secretariado Nacional da FENPROF 27/05/2009

quarta-feira, maio 27, 2009

Os Movimentos Sociais (dos Professores) – 1

Nos últimos tempos temos vindo a assistir, na blogosfera, a um pequeno confronto, entre membros de direções sindicais englobados numa Plataforma Sindical e outros integrados em movimentos autónomos, com filosofias e identidades razoavelmente definidas, como MUP, APEDE, PROMOVA, etc.
Uma espécie de Feira de Vaidades?
No fundo, todos precisam de todos, de forma a evitar-se uma cristalização das respetivas inércias.
Na realidade, todas estas problemáticas, que se vão desenrolando, em vários cenários, podem-se consubstanciar em todo um conjunto de situações ambivalentes assentes nos princípios inerentes às mudanças sociais que os mais variados contendores vão promovendo, em função dos respetivos interesses, uns mais legítimos que outros.
No entanto, penso que a classe dos professores tem-se revelado muito conservadora na defesa dos respetivos interesses, ao longo dos últimos 100 anos.
Durante a 1.ª República revelaram-se como um dos esteios de sustentação do regime, a tal ponto que o Estado Novo sentiu esse temor e decidiu criar um interlúdio nos prazos de formação, durante a década de 30, ao fechar Escolas do Magistério Primário, ao criar, na década seguinte, a figura das regentes escolares e ao enfatizar a política educativa no lema de que saber ler pouco, contar e escrevinhar o nome.
Mesmo o processo da efetivação dos professores, ao nível do ensino liceal (classes médias/altas) e dos ensinos comercial e industrial (restante população), era cheio de escolhos de forma a criar a ideia da sacralização desta profissão perante a obediência/submissão ao regime (admiração à pessoa de Salazar e apenas uma ligeira crítica: salários baixos).
Durante a 3.ª República, os novos professores aderem com entusiasmo ao processo de alfabetização do MFA e ao processo SAAL. Depois, vão-se acomodando à situação e aderem às preocupações da classe política, tornando-se cúmplices, com a formação de inúmeras formações sindicais (dividir para reinar…).
Esta posição só desaparece cerca de alguns meses após a entrada de um novo Estatuto da Carreira Docente, principalmente com o concurso para professor Titular e com o processo de avaliação de desempenho, através da pressão de grupos autónomos de professores a partir dos quais os sindicatos acordam para uma nova realidade sobre a qual se encontravam alheados e que os levam a querem liderar todo o movimento de contestação, com medo de serem criticados pelos Tais Movimentos.
Estes, por sua vez, têm visto o seu poder de influenciar as diversas movimentações reduzido e tornarem-se mais conservadores, tendo em conta outras realidades e outra lucidez.
Os Professores encontram-se hoje outra vez um bocado alheados face a uma nova manifestação em Lisboa e só acordarão quando o processo de Mobilidade lhes fazer sentir que os Contratos por tempo Indeterminado vieram para ficar (submissão humilhante à Figura Paternal do Director) e algumas dessas lágrimas se transformarem em sangue, com reformas antecipadas ou demissões, etc.
O Masoquismo desta classe parece ser endémico, em termos de pandemia do comodismo e sem antibióticos adequados.
A falta de vontade de contestação dos sindicatos está, na maior parte das vezes, ligada ao controlo/subordinação dos Sindicatos e/ou dos Movimentos Sociais às estratégias de algumas das formações partidárias. Veja-se o que se passou recentemente durante o processo eleitoral do SPGL.

segunda-feira, maio 25, 2009

Omaha Beach...Ou o canto do cisne?

Em escolas, onde a adesão (70% a 82%) de não entrega de Objectivos Individuais foi elevada, verifica-se uma reduzida capacidade de mobilização (cerca de 12 - 20%) para a marcha da indignação, no dia 30 de Maio, em Lisboa.
Porquê?
Medo?
Cansaço?
Desilusão?
Esperança (vã) que o aprochegar de eleições traga outra postura por parte do Partido do Governo ou do Centrão?
Ou que possam vir a obter, enquanto cidadãos deste ou daquele Partido, benefícios de outra ordem?
Na realidade, muitas são as desculpas para adiar uma resposta directa e objectiva à questão óbvia: Vais à Manifestação?
As respostas são as mais díspares e inconsequentes:
1). Vou de automóvel com outros amigos.
2). Tenho um almoço de família muito importante.
3). Estou a tomar conta de familiar doente.
4). Estou a corrigir Fichas de Avaliação.
5). Temos de pagar a viagem e os sindicalizados pagam menos e é injusto... (alguns gastam mais, por semana, no totoloto e no euromilhões)
6). É capaz de chover ou de nevar...
7). Tenho de mudar as fraldas (quiçá dum crianço de 18 anos?)...
8). Necessito deste Fim-de-semana para me preparar psicologicamente para o processo de exames nacionais...
9). A Al-Qaeda é capaz de aparecer...
10) ........................................................
Alguns deles já frequentam os jantares-comícios do bloco central e por isso a Onda deles já é outra.
Mas, na verdade, eles fingem não saber ou não lhes convem sentir que a situação pode ficar ainda mais preta se os Partidos do Bloco Central (individual ou em coligação) ganharem as eleições.
Esta marcha, neste dia específico, véspera de um acto eleitoral, deveria ser histórico, em termos de pressão sobre os desvios na orientação de voto e de fazer compreender de que um Governo (minoritário em termos de voto, mas maioritário no Parlamento - existe uma distorção na distribuição de mandatos face ao número de votos) não pode implementar políticas contra os eleitores, estilo Botas de Santa Comba. Todos os Eleitores, na sua Personalidade Individual, têm de ser respeitados, dentro do quadro legal da CRP.
Depois não chorem, nem se virem contra os Sindicatos ou os Outros Movimentos Sociais por não terem sabido evitar o alvitramento da falta de ética do Poder sobre a classe dos Professores.
Não se esqueçam que as novas formas de enquadramento legal de vínculos tende a facilitar as reformas antecipadas (Processo de Mobilidade) com as devidas sanções ou na pior das hipóteses a respectiva demissão (Processo Disciplinar). Os professores não pertencem aos Corpos Especiais do Estado.
Todos os cinco elementos deste Colectivo (3 pertencem ao SPN e 2 ao SPRC) vão estar em Lisboa no dia 30 de Maio.

sábado, maio 23, 2009

Assim se vê a Força do PS...

PSOE - Valência - Cerca de 28 000 pessoas.
PS - Coimbra (tem mais encanto na hora da despedida...) - num recinto com capacidade de 2000 pessoas, o PS ainda conseguiu juntar cerca de 1 600.
É Obra...
Pelos vistos o PCP trouxe cerca de 60 000 a Lisboa.
O PS também anda em crise e que crise, de valores, de ética, de cultura, de identidade, de autoridade, de militância, etc.

sexta-feira, maio 22, 2009

Detesto ir a Lisboa...
Mas dia 30..vou lá pela 4ª vez a manifs de profs...
Fui à dos 30.000...à dos 100.000 à dos 140.000 e volto outra vez à dos ....quantos mil seremos?????...não sei, só sei que pelo exemplo da minha escola seremos menos...
...das duas ultimas vezes uma camioneta não chegou para nós...desta vez...sobra...ainda deve dar para levar de boleia os super dragões que queiram ir de véspera acampar em Lisboa para depois verem a final da Taça...e se passarmos por Paços...também podemos levar alguns...
É pena que depois destes anos de luta sem eleições pelo meio mas com conquistas significativas...possamos "morrer na praia" agora com tão pouco que se pede...+ uma ida a Lisboa...
Os que formos, vamos mostrar ao PS e aos outros partidos que possam vir a formar governo, se têm ou não de se continuar a preocupar connosco...e querem a minha opinião sincera.... acho que não...acho que não vão ter de se preocupar mais connosco...
...ainda vão levar comigo e alguns outros desta vez, mas depois...se calhar também me (nos) vou (vamos) cansar, e dedicarmo-nos a outras coisas....
Se calhar em vez de ir a Lisboa de camioneta...vou passar a preparar outras idas a Santiago...ao menos limpo os pecados...e venho mais bem disposto...cheio de bolhas...mas feliz...
Abreijos...o texto acima é da minha responsabilidade e por ele respondo...o abaixo recebi e reenvio
CMangas Sócrates é perigoso, sempre teve desprezo pela cultura e saber, e por aqueles que sabem mais do que ele, como os professores. Sempre detestou o estudo e os seus professores, e nutre por eles um ódio de estimação. Está consciente que a perda da maioria absoluta se deve em grande parte, para além das falcatruas em que sempre esteve metido, à luta justa que os professores travaram nestes últimos quatro anos, e que nunca irá esquecer...
Se ganhar as legislativas, não tenhamos dúvida que irá partir a espinha a todos os professores não deixando um vivo para contar a história do seu infortúnio. A todos os que não entregaram os OI mandará instaurar um processo disciplinar, à semelhança do que a ministra da educação sugeriu que os Presidentes dos Conselhos Executivos fizessem. Só que no próximo ano já não são os PCE que estão à frente das Escolas, mas os novos directores que caso não cumpram as sugestões da tutela, são corridos como aconteceu no Agrupamento de S. Onofre, em Fafe, em Tavira, ao colega Charrua, …
Não se esqueçam que estes directores foram escolhidos por um conselho geral transitório que termina funções e que os próximos directores serão escolhidos dentro do aparelho do partido. A vida dos professores tornou-se num calvário, o ambiente nas Escolas está irrespirável, a desmotivação e total, os professores têm medo de falar, com o receio de ser perseguidos, sentem que a insegurança paira a cada esquina. O trabalho aumentou abruptamente, sem que se reflicta no sucesso dos alunos, a autoridade do professor foi abolida, sendo agredidos pelos alunos e encarregados de educação.
Se o sócrates ganhar as próximas eleições com os directores coadjuvados pelos inspectores as Escolas tornar-se-ão uma arena inquisitória, onde os indesejáveis por razões partidárias, pessoas ou outras alheias à vida da Escola, serão expurgados do ensino.
Colega se gostas de ser professor, se defendes uma Escola Pública de qualidade, sem política, onde alunos e professores convivam em fraternidade, não deixes de participar na próxima manifestação independentemente de teres entregue os OI, porque se os entregastes foi contra a tua vontade e tens mais uma razão para manifestar a tua indignação. Esta será a tua última oportunidade para lutares por uma Escola democrática e justa, não te acomodes se não queres ver a tua vida transformada num Inferno. Quem foi capaz de correr com tantos milhares de colegas que deram uma vida à Escola, não se ensaia muito para mandar para a rua outros tantos, a legislação já foi publicada, agora só é necessário pôr os caciques a funcionar.
Se pensas que a reforma acabou, desengana-te, a procissão ainda vai no adro e se o PS voltar a ganhar… vais ver o que ainda te vai cair em cima …
Nas eleições Europeias não fiques em casa, aproveita para passares o primeiro cartão vermelho ao arrogante do Sócrates. Se ele ganhar ainda te vai esfolar até às legislativas.
Pára um bocadinho para pensar e vê no que se tornou o teu local de trabalho… e os alunos sempre a saber menos… Luta, não baixes os braços, dos fracos não reza a história. O Tipo não olha a meios para conseguir os fins. Se Sócrates tivesse um centésimo da dignidade e carácter de um professor, depois de tudo o que se descobriu a seu respeito já tinha desaparecido do planeta, mas ele é safado não tem um pingo de vergonha na cara, é um trapaceiro profissional.
Colega, faz do 30 de Maio um marco pela luta da preservação da democracia em Portugal.

quinta-feira, maio 21, 2009

Quem não for a Lisboa, sempre pode tentar emagrecer uns kg no pneu e na celulite neural, noutras bandas, como em Montalegre, ou pode complementar os dois eventos.
Cá no burgo, os professores vão a Lisboa no dia 30 e depois rumam para norte, enquanto que o traidor do Afonso vai do barrocal aos níscaros das carrilheiras, sem passar pela cidade das alfaces.

quarta-feira, maio 20, 2009

A santa da santíssima santidade da palavra...

Numa aula de Sociologia do 11º ano, em Novembro de 2008, num dos inúmeros cursos profissionais de Secretariado, uma aluna, com um ar condicionado bastante avantajado, estilo Ministra, atira uma inoportuna questão ao professor:
Professor qual a diferença entre uma vagina e uma vulva? O professor que estava a escrever no quadro, vira-se e responde que não sabe.
O Professor informa o Conselho de Turma e o resultado é nulo, com o argumento de que é uma aluna carenciada afectivamente, em termos familiares. Nada se passou. Se o Professor tem a infelicidade de responder de outra forma estava tramado...
A referida aluna, ao longo do ano lectivo anterior e do presente assumiu sempre comportamentos provocatórios similares, só em relação a Professores, porque nas aulas das Professoras é a santa da santíssima santidade.

terça-feira, maio 19, 2009

Coincidências...

A 10, saída para Benavente, junto das portagens do Sorraia, pode ser legítima, mas por puro acaso, não é que os armazéns da MATIFER estão mesmo ali à mão de entradas e de saídas? Ferreira do Amaral e Jorge Coelho agradecem de alma e coração...

segunda-feira, maio 18, 2009

Patologia da Corrupção

PP; PSD; PS; PCP e VERDES; BE.
Parabéns por esta lição de Honra na defesa dos altos valores da mãe pátria da corrupção...
Todos decidiram ganhar dinheiro à custa das reformas milionárias dos 500€(?). Eles são os corruptos bons, porque os outros são os maus. Se no Centro e na Direita o Direito Consuetudinário da corrupção é já uma herança cultural, não se entende que CDU e BE, defensores de novas práticas éticas comunguem das mesmas trapalhadas.
Porque não dar a cada Partido Político, seja ele qual for, 1€ por cada voto obtido nas urnas?
Assim, principalmente em tempos de crise, esta delapidação dos dinheiros públicos mais os € dos Amigos (quiçá lavagem de dinheiro) só envergonha todos os portugueses que um dia acreditaram nesta Partidocracia Criminosa de Mierda.
Presidente do CDS - Paulo Portas: condenado por Crimes de Corrupção contra a Humanidade?
Presidente do PSD - Manuela Ferreira Leite: condenada por Crimes de Corrupção contra a Humanidade?
Secretário Geral do PS - José Sócrates: condenado por Crimes de Corrupção contra a Humanidade?
Secretário Geral do PCP/CDU - Jerónimo de Sousa: condenado por Crimes de Corrupção contra a Humanidade?
Presidente da Mesa da Assembleia Geral do BE - Francisco Louçã: condenado por Crimes de Corrupção contra a Humanidade?
Abstenção.
ou
Voto em Branco
ou
Voto nos Pequenos mas Grandes.

quinta-feira, maio 14, 2009

Deuses - Quid iuris?

Uma testemunha encontra-se dentro do Gabinete de trabalho de um imberbe magistrado cível, na cidade de Braga, nos idos anos noventa. Espera, espera, pelo respectivo interrogatório, de pé e ao fim de uns 70 minutos, cansado, encosta-se a uma das paredes. Maldita hora que o fez, o Juiz, do alto da sua toga neurótica, interrompeu os trabalhos de despacho com o escrivão e desata aos berros a mandar, nuns destemperados impropérios, um sermão sobre a falta de educação, perante um muy nobre e respeitado magistrado.
Muitas das vezes também não compreendemos as sentenças sobre determinado tipo de arguidos: perigosos e violentos assaltantes são devolvidos à liberdade com medidas de coacção ligeiras (apresentação periódica às autoridades, como se nos entretanto fizessem greve de assaltos), enquanto que outros, como um qualquer pé descalço que tentou furtar um suminho no Lidl é enviado para prisão preventiva. Já agora no BPN só uma única personagem é suspeita de ter praticado todas as falcatruas e cadê os outros?
E, no BPP, ninguém é culpado? Pois claro, um fã da Ministra e um incansável e destemido trabalhador da educação como o Rendeiro, que até escrevinhou uns rabisco, num livro de sucesso, não pode ser considerado como o Madox Tuga e ter o mesmo destino.

domingo, maio 10, 2009

Violência Doméstica (com tentáculos ao mundo laboral) – 5

Uma das vertentes menos conhecidas, dentro desta problemática, situa-se numa determinada classe social, de nível económico algo abastado mas de nível cultural e educacional baixo, localizada em regiões específicas (não queremos negar que em outras regiões isso possa acontecer, mas são situações isoladas e não endémicas) e detentores de empresas de trabalho intensivo (Cova da Beira: Lanifícios; Distrito de Aveiro: Calçado; Vale do Ave: Vestuário e Calçado). Quando o País entra em períodos de crise, determinados comportamentos assumem um caráter ainda mais sórdido. Estes Patrões, normalmente ex operários especializados conseguiram obter fundos necessários à abertura de pequenos centros de produção, que foram ou não prosperando. A Violência Doméstica é socialmente aceite, dentro destas famílias, na medida em que existem benefícios compensatórios, de diversa ordem. Ao lado do Gabinete de trabalho, existe um arrumo com um mínimo de condições de sobrevivência, estilo retiro espiritual, para o remanso do Patrão com a Dulcineia eleita, normalmente trabalhadora simples (de nível de execução, ao contrário do que é propalado sobre Secretárias ou Técnicas Superiores). Mas é aqui, que este aspeto assume o seu lado mais sórdido, quando o Patrão, numa de grande benevolência, aceita contratar familiares colaterais do sexo feminino e se aproveita da fragilidade de dependência já que Ela é uma pessoa que constitui, normalmente o único sustentáculo financeiro da família.
Ela perante o Medo, de ser despedida e o Medo de eventual conflito conjugal (Famílias desestruturadas) aceita tal submissão humilhante em silêncio.
Por outro lado, em casa do Patrão, a violência assume contornos diversificados e bem definidos, nomeadamente quando o cônjuge sofre na pele a ação de violência física e é obrigada a assumir a Despersonalização da sua pessoa, deixando de usar publicamente o seu nome e substituindo-o pelos nomes (apelidos) do marido. Como compensação desta solidão familiar social, é proporcionado à respectiva cara metade, o direito de aderir ao processo de adoção (embora, na maior parte das vezes, não reunindo as condições legais mínimas exigidas), sem ficar em lista de espera. O seu Influente marido e Patrão, desembolsa umas milecas e todos os procedimentos processuais, como que se evaporam e se não existem crianças com as características adequadas, a comissão de proteção de menores procurá-las-á junto de famílias de menores recursos, com rendimentos de reinserção social ou potencialmente promotoras de situações de risco.
Não foi por acaso que situações destas foram denunciadas por um célebre magistrado do Tribunal de Família de Braga, com declarações polémicas e que puseram em polvorosa algumas das mais respeitáveis famílias da Região. É evidente que o Juiz foi chamado à pedra e transferido de posto.

quinta-feira, maio 07, 2009

AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO:

NOTA À COMUNICAÇÃO SOCIAL

- ÚLTIMA HORA –

AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO:

M.E. CONDENADO TENTA, ABUSIVAMENTE, CONCLUIR

O QUE NÃO PODE

O Ministério da Educação, abusivamente, procura retirar da providência cautelar decretada pelo Tribunal Administrativo e Fiscal de Coimbra, cuja sentença o condena, conclusões que não pode.

De facto, o objectivo da providência cautelar requerida pelo SPRC/FENPROF era apenas um e foi alcançado: impedir o ME de continuar a enviar orientações para as escolas que criavam situações de desigualdade entre docentes, o que configurava uma inconstitucionalidade! Tudo o que, para além disto, seja retirado de apreciações manifestadas pelo juiz é abusivo, especulativo e não tem qualquer aplicação, porquanto não integra a parte decisória do acórdão que determina, e apenas isso, “que o requerido Ministério da Educação se abstenha de prosseguir no [seu] comportamento” que induzia os órgãos de gestão das escolas a incorrerem em actos geradores de situações de desigualdade entre docentes.

Se os docentes que não entregaram a sua proposta de objectivos individuais de avaliação podem ou não ser avaliados é de outro processo, sendo que são centenas os recursos a tribunal que estão prestes a ser interpostos, os primeiros já amanhã, na região centro, sob patrocínio dos Sindicatos de Professores. A par disso, há ainda que aguardar pelo resultado do pedido de fiscalização sucessiva e abstracta da constitucionalidade do modelo simplificado de avaliação, apresentado pela Assembleia da República ao Tribunal Constitucional, que poderá fazer cair todo o processo de avaliação em curso este ano.

Para a FENPROF, todos os professores, independentemente de terem ou não apresentado proposta de objectivos individuais (um direito que podem ou não exercer) terão de ser avaliados, caso o processo em curso não venha a ser suspenso. Uma posição que, para a FENPROF, se reforça com a decisão do TAFC de suspender as orientações do ME – sendo esta a única decisão constante da sentença que condena o Ministério da Educação –, pelas quais este fazia depender a efectivação da avaliação de uma abstracta “situação concreta da escola” a ter em conta pelos órgãos de gestão.

Se o ME tem outro entendimento, então a FENPROF desafia os seus responsáveis a assumirem oficialmente e não em comunicado a sua posição. Cá estaremos para, finalmente, avançarmos judicialmente contra quem, de facto, merece: o Ministério da Educação e não os Presidentes dos Conselhos Executivos, para quem aquele tinha sacudido responsabilidades neste processo.

O Secretariado Nacional

quarta-feira, maio 06, 2009

Violência Doméstica – 4

Na verdade, o acto de libertação das vítimas (enquanto mulheres), perante os agressores, pode ficar ferido se elas não souberem libertar-se de si mesmas, dos valores interiorizados e do conhecimento comportamental dos agressores. Na realidade, Elas tornam-se, normalmente mulheres mais sombrias:

Medo do que o seu companheiro possa fazer se abandonar a relação; Preocupação com os possíveis efeitos nas crianças e com possíveis reacções de familiares e amigos; Medo de solidão;

Relutância em deixar que detalhes sórdidos da sua vida privada sejam julgados na praça pública. Mas, por outro lado temos de perspetivar o problema dos maridos chateados: não são agressores e são acusados de o serem.

Se uma companheira abusa física ou psicologicamente de um homem, ou o acusa de ser violento, para com ela, mesmo que tal seja falso (usando auto-mutilação ou a ajuda de terceiras pessoas), ele não sabe como retaliar e, normalmente, o Homem sofre de problemas físicos e psicológicos; de ansiedade, de depressão e problemas psicossomáticos, vivendo em constante estado de stress. Situações destas não são tão incomuns como se pensa, embora a nossa vivência algo rural, possa menosprezá-las ou desvalorizá-las.

Em países como os USA, o roubo de Identidade por parte do cônjuge é ainda uma das formas mais dramáticas e populares.

Em termos de conclusão, comungamos da opinião de Eduardo Cortesão, quando afirma que O homem actual está a viver uma crise de identificação masculina, com medo das mulheres e das disfunções sexuais secundárias. A violência é uma forma de ele descarregar a libido: bate em vez de amar; em vez da luta amorosa, a luta física. Os maus tratos que inflige às mulheres com quem vive, fenómeno entre nós medonho, não passa de um álibi (inconsciente) com que disfarça a sua falta de desejo por elas. Os jovens, por exemplo, rebentam coisas, carros, motos, pessoas, porque não podem rebentar hímenes. (Fernando Dacosta – 2008: 137. Os Mal Amados. 4ª Edição. Editora Casa das Letras. Lisboa, Portugal).

segunda-feira, maio 04, 2009

A Sagrada Inocência dos Ovos do ME do Burkina Faso

(só o nome do interveniente é falso, porque os factos são reais e obscenos).
Em meados do 2º período escolar, um tal de Cabo de Moimenta, (admirador confesso da Madame...), quiçá da família do bruxo de nozelos, apresentou-se junto do local de relaxe de um jornalista, politólogo, pedagogo, comentador de notícias de Ouagadugu, etc., como dirigente de um importante sindicato de professores do burgo e identificando-se através de um cartão muito mal amanhado (O Jornalista topou logo haver ali tramóia da grossa). Primeiro, evidenciando uma cara de pesar, em estilo de vendedor da banha da cobra, foi-se lamentando sobre a triste sina da profissão de professor humilhado pela Tutela e pelo estado caótico da educação. Depois, tentou insinuar para a necessidade de fazer ouvir as respectivas lamentações, parece que não junto do Muro, mas perante o grande público nacional e patriótico de uma forma mais mediatizada. Finalmente, como que fez uma abordagem mais directa ao sugerir ao dito jornalista que, da próxima vez que fosse convidado, alegasse impossibilidade de estar presente e indicasse o tal Cabo, como seu substituto, já que seria, nesse caso, devidamente recompensado. Claro que o dito jornalista o mandou dar uma volta até àquela parte à mistura de umas amargas broas do sahara... Na verdade, o de Soutosa do Cabo de Moimenta, não queria comentar, mas apenas transformar um jornalista indiferente à causa dos professores, em opositor raivoso (por via da suposta tentativa de suborno). De facto e a partir daí, o tal Jornalista tornou-se de simpatias pela luta dos professores e de outras corporações profissionais.
Virou-se o feitiço contra o aprendiz de bruxo.
Ora situações destas parecem semelhantes, pelo menos nos intuitos de tirar dividendos políticos, como a do banho do Bital, algures na Mongólia da Europa do Atlântico do Meio.

domingo, maio 03, 2009

Sócrates, o regresso do Filho Pródigo...

Todo o PS soube logo que os agressores eram todos do PCP. Ora, naquele local estavam várias pessoas, sem identificação partidária à vista, quiçá desde o PS ao PCP e ao BE e pessoas sem filiação partidária. Como é que o PS soube as respectivas filiações? O único identificado, por alguns dos circunstantes, era do PS e de Portalegre que se esgueirou quando a confusão se generalizou.
Cabe ao PS indagar as respectivas estruturas partidárias de Portalegre e descobrir o malandreco...
Se a manifestação era de uma Central de Sindicatos como podemos associá-la só aos membros do PCP? E as outras pessoas não são gente? Falta de Educação; pois, pois, e ainda dizem que a educação anda por caminhos transviados.
Se os Gauleiters Políticos Governamentais têm determinado tipo de comportamentos e encenam outros mais escabrosos sobre o Bital, o que é que esperam se aparecer uma pandemia de ovos ou de águas residuais? O exemplo deve vir de cima...
Na verdade, a CGTP falhou, porque devia ter previsto estes acontecimentos e oferecer une chemise ou um detergente apropriado a situações de emergência. Discurso do Papão era no tempo do Botas de Santa Comba. Será que Sócrates se quer considerar como seu herdeiro pródigo?

sábado, maio 02, 2009

Violência Doméstica – 3

Na violência doméstica estão sempre presentes duas condições básicas: Relações de Proximidade e/ou Relações Familiares. E as formas de violência podem ser de diversa ordem e de grau diferenciado (Físicas: como dar cabeçadas, socos no peito, empurrões pelas escadas, apertar o pescoço; socos e pontapés; Tentativas de homicídio…; Violação Sexual sobre cônjuge ou outros familiares, como a pedofilia ou o Incesto; Psicológicas: como gritos histéricos, ameaças com instrumentos passíveis de serem usados como armas, perseguição na rua, partir a mobília, atirar comida para o chão, praticar o sequestro, a humilhação, a difamação …; Diversas outras formas onde se pode incluir a Violência/Chantagem de cariz Económica e afirmação de Poder, em que valores, tradições, costumes, hábitos e crenças estão intimamente ligados à desigualdade sexual e que podem assumir díspares comportamentos, como o bater por bater, esconder frustrações profissionais (por exemplo: no desemprego do Homem, a mulher tem tendência a exercer uma violência psicológica, estilo mobbing, originando uma réplica de violência física); alcoolismo e/ou drogas e/ou medicamentos (Ansiolíticos, Tranquilizantes Hipnóticos, Antidepressivos; Internet…) ou potenciar o abandono dos ascendentes ou de descendentes doentes. Em certa medida, em Portugal, também parece haver mulheres obrigadas a usar Burka: a cobrirem o corpo, cada vez que saem. Medo de saírem, como que estando na clandestinidade, escondidas em casas (privadas de solidariedade social) cuja morada permanece secreta (mesmo na desenvolvida Noruega o Estado controla 34 casas de refúgio, enquanto que em Portugal esse número é igual a zero), disfarçando a identidade, enquanto outras não conseguiram ainda encontrar lugar seguro onde se ocultarem e sofrem, todos os dias, em silêncio, o terror de uma agressão. A violência doméstica é uma questão de cidadania, dos que vivem à margem da democracia, para quem o 25 de Abril nunca chegou. As consequências adversas da violência familiar não estão confinadas à vítima do abuso; o próprio agressor pode sofrer as consequências do seu comportamento. Na maioria dos casos, as mulheres que acabam por assassinar os maridos, fazem-no em resposta a um ataque imediato ou ameaça de ataque. A violência doméstica é, também, prejudicial para familiares e outras pessoas que tentam intervir, pois podem, do mesmo modo, ser agredidas. Até as crianças que assistem a actos de violência sofrem de distúrbios comportamentais e possuem menor capacidade de socialização do que as outras.

sexta-feira, maio 01, 2009

A Degola dos Bórgias!!!!

Vital, numa de pleno uso da democracia, candidato fracassado às eleições europeias, com valores de sondagens algo deprimentes, decidiu, contra toda a lógica, participar na manifestação da CGTP, em vez de o fazer na da UGT (Dissonância Política face ao querido e amado líder?).
O Risco de haver confusões era enorme e parece ter sido o que aconteceu, ao ser supostamente agredido. Aliás as imagens mostraram os momentos críticos e os jornalistas tentaram focalizar o sangue, travestido de água, de forma a venderem os factos, bem ao estilo Hearst quando originou o deflagrar da guerra entre Espanha e USA, pela posse de Cuba.
Bem, apesar das agressões que ficaram registadas, os repórteres não tentaram identificar as origens dessa situação anómala.
Vital como o José têm apostado na figura da vitimização para ganharem eleições.
O primeiro agressor de Vital (os outros foram na onda...), não pertencendo a qualquer sindicato da CGTP, é militante do PS em Portalegre:
Vital Vítima de Agressão???
O Cinismo e a Ironia maligna dos Bórgias foi recuperado pelo PS. Até quando?
A Secção de Propaganda e Segurança do PS cumpriu, na perfeição, toda a estratégia delineada.