Bayard Demaria Boiteux (1916 - 2004)

NA ESCOLA, TAL COMO NO MUNDO, TODOS SOMOS PROFESSORES E TODOS SOMOS ALUNOS.
(Faculdade Economia Porto)

quarta-feira, novembro 05, 2008

Fenprof desafia professores a suspenderem já a avaliação

01.11.2008, Graça Barbosa Ribeiro in Publico Maria de Lurdes Rodrigues avisou ontem que os professores que não se sujeitarem à avaliação não vão progredir na carreira. O dirigente da Fenprof e porta-voz da Plataforma Sindical, Mário Nogueira, respondeu aconselhando a ministra da Educação a "ganhar juízo" e "os professores a não terem medo". Com o clima de tensão a crescer, a uma semana do protesto nacional, Nogueira desafia os docentes não a pedirem suspensão, mas a suspenderem, de facto, o processo. "Quanto mais escolas o fizerem, menos espaço a ministra terá para ameaças", argumenta.Quantas escolas já suspenderam o processo de avaliação ou pediram ao ministério que o fizesse? Cerca de 80, como calculam os dirigentes da Federação Nacional dos Sindicatos da Educação (FNE)? Mais, segundo as indicações da Fenprof? Muito mais, de acordo com a contabilidade feita nalguns blogues? Ou nenhuma, como acredita a ministra, que, segundo a Lusa, ontem assegurou que não há escolas a rejeitar a avaliação, mas sim, e apenas, alguns professores? No dia em que também 90 dos 93 professores da Secundária Infanta Dona Maria de Coimbra (a primeira pública no ranking das escolas) anunciaram que decidiram suspender a avaliação, as afirmações da ministra soaram a "provocação" e a "ameaça". Pelo menos aos ouvidos de Mário Nogueira. "A ministra que tenha juízo. E vergonha, por colocar o seu interesse político à frente do interesse da escola pública", aconselhou.De acordo com o dirigente, os professores não devem apenas pedir a suspensão, nem fazê-lo de forma individual. "Devem subscrever abaixo-assinados pedindo aos órgãos da escola que suspendam o processo de imediato. E, na próxima semana, será uma boa altura", sugeriu. Consequências? "Não tenham medo. Quanto mais escolas o fizerem menos espaço a ministra tem para ameaças". A estratégia tem o acordo dos movimentos independentes de professores. Octávio Gonçalves, porta-voz do Promova, assegurou ontem à Lusa que às "ameaças e obstinação do Governo" os professores, que "não querem assistir à destruição da escola pública", vão responder com "a mesma obstinação".

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