Bayard Demaria Boiteux (1916 - 2004)

NA ESCOLA, TAL COMO NO MUNDO, TODOS SOMOS PROFESSORES E TODOS SOMOS ALUNOS.
(Faculdade Economia Porto)

segunda-feira, abril 26, 2010

A Escola de Abril em Estado Vegetativo...

Depois do 25 Abril de 1974, muitos debates, muitas conspirações, muitas acusações, muitas teorias e sucessivos modelos implementados (já abandonados pelas respectivas sociedades), tendo em conta a valorização do aluno, em processo de desenvolvimento cognitivo, através de auto-descobertas e desvalorizando a aprendizagem por via da imposição de conceitos básicos.
Depois a juventude descobre que, sem muito esforço, (o sistema finge que todos só não são ainda sobredotados, porque existem uns professores retrógrados que insistem em impor o conhecimento substância, valorizando o conhecimento incremental e umas quantas normas do estilo caça à raposa) - deve ser por isso que parece estar na moda, o aluno adolescente ter direito a ir ao psicanalista que devem ser eliminadas) é capaz de terminar a escolaridade do 12º ano, por via da descoberta de que as estatísticas fazem e desfazem competências europeias.
As Tutelas continuam a levar os alunos ao colo (reformas na 2.ª maioria absoluta de Cavaco Silva), desvalorizando o esforço dos professores no trabalho de preparação de conteúdos adaptados aos diferentes ritmos de aprendizagem e implementando estruturas de apoio pedagógico, sem nexo metodológico.
Basta ver que os currículos alteram de designação, embora os conteúdos continuem imutáveis no tempo.
Agora, estamos no tempo da cosmética da Parque-escolar e na tentativa ainda que aparente de pacificar as conflitualidades entre ME e professores e quando parece tudo serenado eis que alguém da Tutela resolve reverificar se um barril está cheio de gasolina, através da chama de um fósforo.
A mediocridade educativa de hoje está criando as bases de uma geração de analfabrutos, quiçá de políticos ainda mais virados para o disparate neurológico, que tendem a copiar comportamentos de indigência ao nível do conhecimento.
A escola de Abril está moribunda, não porque ela não devia obedeceder ao natural desenvolvimento de socialização das sociedades em termos de mudança/inovação, mas porque existem interesses, para quem o caos beneficia interesses pessoais.
Nunca existiu uma Política Educativa...
Portugal, em termos de valorização do conhecimento, ainda se encontra na fase da de uma suposta tentativa de optimização dos Recursos Humanos, quando outros já ultrapassaram  fases seguintes, como a do Capital Humano, do Conhecimento Humano e já se encontram na etapa do Saber de Gestão de Sentimentos.
A educação em Portugal encontra-se numa anacrónica debilidade de identidade; medidas avulso sem sequências lógicas e sem alterações sociais e culturais, ao nível das estruturas.
No Eire, a uma determinada hora da manhã e da tarde, cada aluno (do básico ao último ano) retira obrigatoriamente, pelo menos, uma peça de fruta (varia de dia para dia e é igual para todos; mas, a maçã é a preferida pela oferta.) que se encontra em caixas dispostas em cima de mesas. Não existem funcionários a controlarem e o auto-silêncio é exagerado.

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