Um dos objectivos subjacentes ao programa de eutanásia do regime nazi, a partir de 1933, assentava no facto de que a eliminação dos inválidos, deficientes, idosos com patologias de diversa ordem, etc., iria originar uma poupança substancial de custos.
Será que se poderá considerar dentro desse espírito a Política de Saúde do actual Governo Sócrates? Hoje, sabemos que, o desenvolvimento das sociedades, segundo alguns dos recentes Prémios Nobel da Economia, passará pelo reforço de políticas de promoção de serviços sociais para a saúde; ou seja, pela interiorização/sensibilização de que os cuidados primários/preventivos provocam menores custos financeiros e sociais que as simples políticas de cura das doenças.
Mas na Ibéria, parece ainda subsistir uma mentalidade taylorista de que a razão, ainda que de procedimentos/normativos errados, predomina sobre as correctas condutas dos cidadãos e dos Órgão de Gestão da Política Governo/Estado; se a norma é ineficiente ou ineficaz ou um disparate, então muda-se a norma, mas, até ocorrer essa mudança, há que cumpri-la escrupulosamente. Simplex pode ser inovação, mas procedimento normativo burocrático é um destrambelho.
Ora, um cidadão do Burkina Faso profundo, preocupado com o estado psicológico de sua cara-metade, forçada em tempos a fazer uma mastectomia, num dos três IPO, e que depois de acompanhada, durante mais cinco anos, foi mandada para casa, com a recomendação de que a partir desse momento estaria, por sua conta e risco e que deveria fazer exames anuais de despistagem (mamografias, etc.), resolveu contactar o IPO, onde foi acompanhada/tratada. Relatou que ela se recusava a realizar qualquer tipo de exame (se não se faz exame, nada se sabe, logo nada existe) e pedia ajuda a esse organismo, para que a convocasse e procedesse aos respectivos exames e mais afirmava, de que estava disposto a suportar, na totalidade, os custos dos respectivos exames, ou seja, em termos de custos, as despesas para o IPO seriam de zero euros. No entanto, dura lex sed lex, a resposta foi decepcionante: que, por lei, não podiam abrir excepções às normas/princípios estabelecidas pela tutela e que só deveria voltar ao IPO se surgisse algum sintoma, acrescentando que a senhora deveria continuar a realizar os exames recomendados.
Parece que o dito cidadão falou num determinado assunto e o IPO não compreendendo o respectivo sentido, respondeu de uma forma desconexa/descontextualizada.
Nesse sentido, se algum dia voltar ao IPO, os custos de operações e tratamentos poderão tornar-se elevados e de prognóstico reservado, em termos de cura; e, nesta última situação, é menos uma pessoa/força de trabalho que, em vez de contribuir para o incremento da riqueza nacional, passa a ser um fardo para o deficit das contas públicas.
Parece que a ausência de inteligência dos governantes, poupar ...poupar...poupar..., se transformou num vírus hemorrágico que se propaga hierarquicamente de forma linear.
Obrigado Sr.º Ministro da Saúde do Burkina Faso...
Obrigado Sr.º Primeiro-ministro do Burkina Faso...
P.S.: Já agora, vou ficar curioso com uma possível resposta do blog do Reich governamental, na pessoa do Ministro das Policias do Burkina Faso…
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