Toda eufórica, madame La Ministre, pranteou-se perante os media e estes todos catitas entraram numa de permuta de salamaleques e perante os parvos e palermóides consumidores, afirmou, ou deu a entender, que devido à política educativa do seu Ministério, os Tugas estavam a ler mais, pelo menos, segundo as estatísticas enunciadas pela comissão que supervisiona o Plano Nacional de Leitura.
Mas, houve alguns pormenores que ninguém referiu:
1 – Subsídio do porte pago à imprensa regional finiu e o número de leitores decaiu.
2 – Subsídio do Estado aos media/apoios filantrópicos (jornais/revistas nacionais – umas sérias e outras mais de fofocas medíocres) depende das médias mensais das tiragens; mesmo que as sobras sejam mais do que muitas.
3 – Subsídio/apoios filantrópicos do Estado aos media audiovisuais depende das audiências médias mensais e da disponibilidade à submissão das orientações, provenientes da central de controlo da informação do Governo Poder.
Na realidade, se existem Bibliotecas Escolares, umas mais dinâmicas que outras, deveu-se mais à carolice de alguns professores tótós e à acção de alguns Conselhos Executivos que implementaram medidas geradoras de receitas, directamente alocadas à gestão corrente desses antros de perdição pela leitura e enriquecimento curricular.
O ME nem um tusto direccionou para tais empreendimentos e se as Bibliotecas Escolares estivessem à espera de eventuais esmolas da Tutela, bem podiam confiar até que todos os interessados estivessem a fazer tijolo.
No entanto, vem agora, chamar a si o mérito… quiçá do disparate da distracção. Se existiu algum engenho nacional, na defesa da importância desses centros, então as responsabilidades devem ser atribuídas à Dr.ª Teresa Calçada e não a uma qualquer monçanense travestida de alfacinha que, se vê nada peceber do metier; nem deste, nem do outro.
Os livros, hoje, estando mais carotes, face à crescente baixa do nível de vida, apresentam uma alta taxa de rotação de stocks, como forma de obtenção de algum lucro; antigamente, o período de vida de um livro, nos escaparates, rondava 1 a 2 anos, mas, agora, ao fim de três meses vai para o armazém dos fundos.
13 000 edições livreiras por ano, algumas de qualidade duvidosa e que só vendem através de doses maciças de publicidade, parece um excesso, perante a estabilidade do número de leitores: são sempre os culpados do costume.
É que com técnicas malabaristas, por parte de algumas editoras e autores (compra sub-reptícia por parte dos próprios), o número de exemplares vendidos dispara assustadoramente e assim, por vezes, a 1.ª e 2.ª edições esgotam-se ainda antes do book ser posto à venda.
Em termos de manipulação de Estatísticas estamos conversados…
Este Governo é um expert nestes expedientes à la carte.
segunda-feira, outubro 22, 2007
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário