O Tonho, toda a vida foi obrigado a pagar os seus impostos, teve que obedecer às leis deste paraíso e que pensava ter os mesmos direitos de todos os outros.
O Tonho decobre que tem cancro. Se tiver alguma sorte é encaminhado para um dos IPO (não para os centros de Inspecção Periódica Obrigatória de veículos), senão fica num qualquer centro hospitalar, onde um qualquer médico tosco fingirá tratá-lo (retalhando-o como num agouce) até à morte.
Mas, nos tempos que correm, ir para o IPO já não é garantia de equidade no atendimento, não por culpa dos médicos e pessoal de enfermagem que, muitas das vezes, fazem o possível e o impossível, mas dos Gestores Governamentais (Gauleiters).
O Tonho tem de ir para uma lista de espera, esperando que a esperança não morra, embora por vezes a espera se torne desespera na agonia do estertor da morte.
E se O Tonho verifica que toda a espera é vã, porque precisa de um transplante e no Burkina Faso da Europa da União Europeia, o custo é demasiado elevado ou ainda não existem técnicas implementadas. A Solução teria de passar por ir para outro país onde existe um adequado serviço às necessidades da população e onde os custos financeiros são perspectivados como custos sociais para o Investimento Produtivo.
O Tonho não tem dinheiro e o Serviço Nacional de Saúde ou a ADSE recusam comparticipar. O Governo, como forma de controlar a despesa pública (o TGV é que é importante) impõe restrições.
Neste Burkina Faso, a vida do Tonho vale menos que as buscas da maddie (a eterna subserviência ao colonialismo british).
Mas, se o Tonho tem como familiar o Soba Ministerial a situação muda de figura e já existem $$$$$$$$$$$$ para enviar o Sr. Dr./Eng. Tonho ao estrangeiro e com todas e mais algumas regalias. Porque este Tonho patriótico (mesmo que não pague os impostos devidos) não é igual aos outros Tonhos sonsos que por aí prolíferam.
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