Bayard Demaria Boiteux (1916 - 2004)

NA ESCOLA, TAL COMO NO MUNDO, TODOS SOMOS PROFESSORES E TODOS SOMOS ALUNOS.
(Faculdade Economia Porto)

terça-feira, novembro 25, 2008

Complexo de Caim

Guidinha, hoje de manhã, quando te vi no sonóforo da minha pileca, senti que tinhas toda a razão. Viver longe daquela peitaça sonâmbula, da tua gau, deixa-me frustrado e desiludido. Quero entregar os meus mais pessoais e íntimos objectivos educacionais, mas parece como que haver uma força que me impede de concretizar tais desejos. Afigura-se-me que todos os meus recalcamentos inconscientes deturpam e intimidam o semblante do nosso amor. Sinto ânsias de fugir, raptando com consentimento mútuo, essa monçanense que me perturba instavelmente, quando o timbre da sua voz penetra, via canal lacrimal, nas cruras do estribo do mastóideu nasal, para terras da kivulândia. Ela é a tal, é a que faz parar o ritmo cardio do meu bogalhão, é a belfurinheira que me fez perder, ontem à noite saiu a fabeca, duas penosas horas, adiando o justo estronca, em frente da televisão. Azar, aparece o Trolha Fairoso Musgão sem o Remos Jintoiro a delirar, estrebuchando como um estrafego num lacanhal. Lurdes, tu que dás calor à minha existência e depois de me proporcionares o encher do bandulho, meu olhar recai sobre ti em insegurança com traboleiaceira.

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