Na verdade, o acto de libertação das vítimas (enquanto mulheres), perante os agressores, pode ficar ferido se elas não souberem libertar-se de si mesmas, dos valores interiorizados e do conhecimento comportamental dos agressores. Na realidade, Elas tornam-se, normalmente mulheres mais sombrias:
Medo do que o seu companheiro possa fazer se abandonar a relação; Preocupação com os possíveis efeitos nas crianças e com possíveis reacções de familiares e amigos; Medo de solidão;
Relutância em deixar que detalhes sórdidos da sua vida privada sejam julgados na praça pública. Mas, por outro lado temos de perspetivar o problema dos maridos chateados: não são agressores e são acusados de o serem.
Se uma companheira abusa física ou psicologicamente de um homem, ou o acusa de ser violento, para com ela, mesmo que tal seja falso (usando auto-mutilação ou a ajuda de terceiras pessoas), ele não sabe como retaliar e, normalmente, o Homem sofre de problemas físicos e psicológicos; de ansiedade, de depressão e problemas psicossomáticos, vivendo em constante estado de stress. Situações destas não são tão incomuns como se pensa, embora a nossa vivência algo rural, possa menosprezá-las ou desvalorizá-las.
Em países como os USA, o roubo de Identidade por parte do cônjuge é ainda uma das formas mais dramáticas e populares.
Em termos de conclusão, comungamos da opinião de Eduardo Cortesão, quando afirma que O homem actual está a viver uma crise de identificação masculina, com medo das mulheres e das disfunções sexuais secundárias. A violência é uma forma de ele descarregar a libido: bate em vez de amar; em vez da luta amorosa, a luta física. Os maus tratos que inflige às mulheres com quem vive, fenómeno entre nós medonho, não passa de um álibi (inconsciente) com que disfarça a sua falta de desejo por elas. Os jovens, por exemplo, rebentam coisas, carros, motos, pessoas, porque não podem rebentar hímenes. (Fernando Dacosta – 2008: 137. Os Mal Amados. 4ª Edição. Editora Casa das Letras. Lisboa, Portugal).
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