Bayard Demaria Boiteux (1916 - 2004)

NA ESCOLA, TAL COMO NO MUNDO, TODOS SOMOS PROFESSORES E TODOS SOMOS ALUNOS.
(Faculdade Economia Porto)

quarta-feira, agosto 26, 2009

O Verbo do Facilitismo Educativo...

No Princípio, meados da década 70 fecharam-se as Escolas Comerciais e Industriais.
Depois, promoveram-se todo um conjunto de filosofias em que as Aprendizagens dependiam da descoberta do Conhecimento, pelos Próprios Alunos. Nada de Decorar para não atrofiar o respectivo desenvolvimento cognitivo.
No terceiro dia, descobriram que o Paraíso estava na CEE e vai daí, batemos à porta e pedimos licença para entrar e ela deu-nos montes de dinheiro (F.S.E.). Repentinamente apareceram cursos de formação, para todos os tamanhos, gostos, bolsas e feitios. Todos tinham habilitação suficiente como formadores, como por exemplo, um mecânico de Pasteleiras, residente em Viana do Castelo que, apresentou e foram aprovados, 3 projectos muito interessantes (Área de Comunicação; Área da Informação Tecnológica; Área da Mecânica de Automóveis). Mesmo um tal de Amorim, apresentou um projecto de formação aos respectivos trabalhadores; mas como as horas de formação coincidiam com as horas laborais, ficou de devolver o pilim; processo, recurso sobre recurso e..., prescrição. E como os formando também recebiam um subsídio, superior ao Salário Mínimo, era ver os petizes de uma família de Leiria, frequentarem no turno da manhã um curso em Leiria, à tarde outro curso na Batalha e um terceiro curso nocturno na Marinha Grande (o papá meteu baixa médica e durante um ano fez de motorista aos seus três rebentos que frequentaram 4 cursos de 3 meses cada um - uma pipa de massa).
Ao Quarto Dia, alguém se lembrou de ressuscitar as antigas Escolas Comerciais e Industriais e transformá-las em Escolas Profissionais Privadas (algumas com capital público) e o FSE, o FEOGA e o FEDER subsidiaram-nas a 500%.
Estava descoberto o El Dorado (Ainda hoje inúmeros professores de Escolas Públicas continuam, ano após ano, a trabalharem nas E.P.).
Ao Quinto Dia, Cavaco e Ferreira Leite descobriram que os alunos até ao 9º ano de escolaridade tinham de ser levados ao como, com meiguice e só podiam reprovar se e só se os queridos papás o desejassem.
Ao Sexto dia, saiu na rifa o Zé e a Lurditas & C.ª, com todas as ilações resultantes.
Finalmente, em tempos de descanso, o agora Pai da pátria, Cavaco aceitou que a escolaridade obrigatória teria de se prolongar até ao 12º ano, mesmo que não houvesse estruturas adequadas ou outra filosofia cultural das aprendizagens. Se vetasse a lei, estaria a ser incoerente com o Passado, enquanto Primeiro-ministro. Manuela Ferreira Leite, a cavaquista dos cavaquista, se algum dia for, infelizmente, a Primeira, irá meter a lurditas pela fossa abaixo e oferecer uma coroa de espinhos a Cavaco?
Agora (Futuro), como o Abismo atrai o Abismo, dentro de uma Geração teremos, enquanto Disparate da Natureza, os Políticos mais Inteligentes (Q.I. <50)

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