Lendo o jornal Correio do Minho (órgão noticioso oficial e oficioso da Câmara Municipal) do dia 6 de Setembro, somos confrontados perante uma notícia/entrevista, aparentemente inócua que descreve alguns dos factos históricos que consubstanciaram a eleição (!) do venerado director da EB 2/3 de Gualtar, na cidade de Braga.
Vejamos o essencial da notícia, sobre esta problemática, descrita pela Jornalista Paula Maia:
Manuel Esteves, director do Agrupamento de Escolas de Gualtar, protagoniza a grande mudanças na gestão das escolas do 2.º e 3.º ciclo do concelho de Braga, dando uma solução ao vazio directivo (?) que se tinha instalado no seio desta comunidade escolar.
É o único dirigente escolar que formulou candidatura a uma escola à qual não pertencia, sem nunca ter integrado sequer o seu corpo docente. Um acto de coragem, como alguns já classificaram. O certo é que, como vulgarmente se diz na gíria popular, Manuel Esteves chegou e venceu.
Venceu com uma maioria esmagadora, já que obteve quase a totalidade dos votos, consolidando a sua posição e obtendo o apoio de, praticamente, toda a comunidade educativa.
Oriundo dos quadros do Agrupamento de Escolas de Lamaçães, onde era professor titular, o actual director é detentor de uma larga experiência, no domínio teórico, na área da administração e gestão escolar, embora nunca tenha exercido qualquer cargo de topo.
Manuel Esteves confessa que nunca pensou candidatar-se (???) ao cargo que hoje ocupa e só mudou de ideias após receber vários incentivos de pais e encarregados de educação de muitos estudantes que frequentam as escolas do agrupamento (?).
“Moro nesta zona há cerca de uma década. Praticamente vi nascer esta escola, apesar de nunca aqui ter leccionado (...) Foram os pais os primeiros a incentivar-me. Recebi também incentivos de alguns professores que conhecia cá, assim como do presidente da comissão provisória”, diz o responsável, admitindo que foi na pausa lectiva da Páscoa que tomou a decisão final.
“Conhecia bem as regras do jogo e durante a Páscoa, diria mais de forma emotiva do que racional, decidi formular a minha candidatura”, confessa.
Pois parece uma história singela que faz chorar as pedras da calçada.
Contudo, a realidade de todo o processo de eleição, sendo omissa na notícia, foi mais de conotação política que de natureza de competência pedagógica (ninguém lhe está a retirar as devidas capacidades).
O PS reuniu as suas Tropas, presidentes das Juntas de Freguesia (muito longe de serem Meninos de Coro), sob a batuta de um tal maestro Nogueira, para tornar todo este imbróglio mais transparente.
Como os Auxiliares de Acção Educativa dependem do Poder Local e as Educadoras de Infância e Professores das EB1 também são tutelados pela vereadora da educação da CMB e como não quiseram problematizar sarilhos em termos de manutenção dos postos de trabalho, compreeenderam sibilinamente as respectivas orientações de voto, tal como os representantes dos encarregados de educação souberam compreender a relação custo-benefício para si (famílias) e para os respectivos educandos.
Por outro lado, as entidades. convidadas a integrar o CG, dependem de financiamentos municipais...
Como o Voto foi Secreto e o medo de retaliações por parte dos mujahedines do povo do Triângulo das Bermudas era real, a democracia venceu.
Se, algum dia outra força política vencer a CMB, iremos presenciar uma autêntica Guerra Civil para a conquista do Poder nas Escolas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário