As estruturas religiosas hipocritamente barafustam, berram, choram, fazem manifestações a favor de uma certa moral religiosa, contra o aborto, contra o divórcio, contra a circulação de determinados manuscritos do index do século XXI, filmes, peças de teatro, etc.
Tudo Tretas. Saramago tem razão e pouco disse sobre as preversões morais celestiais.
Se lermos o Cântico dos Cânticos de Salomão, na Bíblia, verificamos que os romances de Sade, de Anais Nin, etc., são muito mais lúdicos e direccionados para a santa inocência das criancinhas, do que as palavras erótico-religiosas inscritas na Bíblia:
I/1 - Beije-me, dando-me o ósculo da sua boca, porque os teus peitos são melhores do que o vinho.
II/13 - O meu amado é para mim como um cacho de chipre, que se acha nas vinhas de Engadi.
- ... Eu me assentei debaixo da sombra daquele, a quem tanto tinha desejado e o seu fruto é doce à minha garganta.
IV/4 - Ó como és formosa, amiga minha, como és bela! Os teus olhos são como os das pombas, sem falar no que está escondido dentro. - Os teus dois peitos são como dois filhinhos gémeos da cabra montesa, que se apascentam ebtre as açucenas.
Até que sopre o dia e declinem as sombras, eu irei ao monte de mirra e ao outeiro do incenso.
V/3; 4 - Eu me despojei da minha túnica (...) O meu amado meteu a sua mão pela fresta e as minhas entranhas estremeceram ao estrondo que ele fez...
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