O segundo ciclo, que se prolonga até 2011, foi iniciado, no final de Outubro, com a afixação, pelas escolas, do calendário dos procedimentos de avaliação.
Falando aos jornalistas no final de uma reunião com o secretário de Estado da Educação, Alexandre Ventura, ao final da manhã, Nogueira indicou que o governante reiterou que, “o mais breve possível”, serão dadas indicações às escolas para que cessem procedimentos a seguir relativamente à avaliação dos professores, que sejam “eventualmente desnecessários para o futuro”.
A ministra da Educação, Isabel Alçada, já o tinha dito, na semana passada, durante uma conferência de imprensa no final da sua primeira ronda de encontros com os sindicatos dos professores.
Respondendo a perguntas de jornalistas sobre a guerra semântica em curso a propósito deste processo, o sindicalista adiantou: “Suspensão é parar uma coisa que está em curso. O que aqui foi assumido é que essa coisa vai parar”.
Nos calendários de avaliação afixados em Outubro, muitas escolas optaram por empurrar os primeiros procedimentos para o início do próximo ano, já que, na sequência do fim da maioria absoluta do PS e da mudança do Governo, eram expectáveis mudanças no modelo de avaliação. Esta foi uma das medidas mais contestadas pelos docentes na anterior legislatura.
Hoje, o Ministério da Educação marcou para o próximo dia 9 de Dezembro primeira ronda de negociações sobre um futuro modelo. Isto significa, segundo Nogueira, que mesmo que exista acordo não haverá novas regras em vigor até Fevereiro, altura em que, mesmo as escolas que protelaram os primeiros procedimentos de avaliação, já estariam mergulhadas neste processo. Com as instruções que serão agora enviadas pelo ME, isto já não vai suceder : o segundo ciclo está parado até que sejam fixadas novas regras de avaliação, frisou Nogueira.
Estrutura da carreira na próxima semana
Quanto ao primeiro ciclo, que se conclui no final deste ano, o secretário-geral da Fenprof indicou de que existe a garantia de que serão “resolvidas as situações pendentes” e de que “não vai haver penalizações”. O que só poderá significará que os professores que não entregaram os Objectivos Individuais serão avaliados, acrescentou.
A próxima ronda de negociações está marcada para a próxima quarta-feira, dia 25, e será centrada na estrutura da carreira docente. Só depois de este dossier estar concluído, é que o Ministério da Educação iniciará a discussão do novo modelo de avaliação. Estão previstas seis sessões, que se prolongarão até 30 de Dezembro.
“Ao fim de quatro anos e meio a depararmo-nos com um muro de indiferença e insensibilidade. encontrámos um parceiro para dialogar”, comentou o sindicalista, que saudou também “todos os partidos” que tiveram a incitativa de avançar com projectos respeitantes à suspensão da avaliação. O debate no parlamento está agendado para amanhã.
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