Nos primeiros momentos foi um fartote na concessão de licenças para abertura de Universidades e de Politécnicos, em cada canto e esquina. Depois, o número de cursos chegou aos 900: havia cursos para todos os gostos.
Como o número de alunos começou a ficar aquém das necessidades, o Ensino Superior começou a fazer circular a ideia de que frequentar Mestrados, Doutoramentos e MBAs era uma forma de valorização profissional, principalmente para subida de escalão, por parte dos professores e demais funcionários públicos (só muito mais tarde se veio a saber que tais Estudos não tinham certificado de reconhecimento oficial da Tutela (que fingia andar distraída, assobiando aos grilos).
Depois os exames Ad-hoc passaram a ser efectuados em cada estabelecimento (desde que os alunos tivessem dinheiro para as propinas, os acessos ficaram garantidos) e até as Novas Oportunidades permitem obter licenciaturas em medicina (Porreiro Pá...)
Para diminuir a dependência financeira do Ensino Superior perante o OGE, o Processo de Bolonha foi implementado às três pancadas e os estudantes que paguem a crise (Em Espanha as propinas dos Mestrados e Doutoramentos são muito inferiores).
Agora, perante a falta de dinheiro, o Ministério só financia um dos muitos mestrados existentes, mesmo que haja alunos suficientes em todos, apesar de receber da União Europeia as verbas afectas à formação/subsídio de todos os cursos de mestrado/doutoramento; faz um desvio de verbas, para a Investigação (???).
No entanto, alguns dos estabelecimentos de ensino superior público tendem a perspectivar o encerramento futuro, por dificuldades de tesouraria.
Por sua vez, alguns dos estabelecimentos de ensino superior privado, mais expeditos ou afoitos, começaram a inovar na capacidade de aquisição de diplomas de Licenciatura (Bacharéis) e de Mestrado: diploma na hora (a troco do valor monetário correspondente passam-nos, sem necessidade de contratar professores e sem obrigar os estudantes a perderem tempo com a frequência desses cursos).
A ADD nestes estabelecimentos de ensino superior privado também depende das chefias (um professor doutorado no ensino público pode estar anos como Auxiliar, enquanto que no ensino privado pode passar a Catedrático no imediato).
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