Bayard Demaria Boiteux (1916 - 2004)

NA ESCOLA, TAL COMO NO MUNDO, TODOS SOMOS PROFESSORES E TODOS SOMOS ALUNOS.
(Faculdade Economia Porto)

quarta-feira, março 10, 2010

As estatísticas do bullying

Até meados da década 90, estas práticas eram não só consentidas, mas também incentivadas pelos respectivos encarregados de educação, como forma de desenvolvimento social (macho latino) e com a complacência da sociedade.
Mesmo hoje, as praxes académicas continuam a ser um reflexo dessa violência exacerbada, nomeadamente quando asociedade continua a desvalorizar a violência gratuita que passa nas estradas, nas TVs, nas famílias, etc.
Nos graus de ensino não superior, principalmente no período da megera MLR, a violência dos alunos sobre alunos e sobre professores só se tornou um problema quando, em Fafe, os ovos voadores erraram o alvo, em vez dos professores passaram para o ME.
Ora, a notícia sobre a violência entre alunos traz sempre efeitos negativos, quer para a escola, quer para as famílias, quer para o sucesso da política educativa em vigor.
As classificações à avaliação externa das escolas são normalmente enviesadas pelo número de ocorrências participadas à Escola Segura e pode conduzir ao estigma de ela ver diminuir o número de alunos em frequentá-la.
Em alguns dos concelhos com concorrência entre escolas públicas os Governos Civis fazem propaganda tendenciosa usando estatísticas confidenciais da Escola InSegura.
Outro problema que é desvalorizado (pelo ME, pelas Associações de Pais e pela Comunicação Social) reside no facto de situações idênticas, quiçá com maior gravidade (pedofília: Colégio de S. F..., no Distrito de Castelo Branco ou idas para o Hospital com sequelas irreversíveis: colégio D. H... no Distrito de Braga, etc.), se passarem em colégios privados financiados no todo ou em parte pelas respectivas Tutelas.
Existem inúmeros interesses para que este fenómeno continue a ser minimizado.
Por conseguinte, estatísticas são escondidas, principalmente, como disse a ministra Isabel Alçada, Bullying como crime é um disparate, tal como outros responsáveis governamentais, presentes e passados, disseram sobre o Mobbing, sobre o assédio sexual e mesmo na situação da Violência Doméstica, a norma prevê que o agressor possa continuar a coabitar junto da vítima. Esta é que tem de sair para um refúgio clandestino, como se estivesse em Prisão Preventiva.
Bullying, Mobbing e Violência Doméstica são apenas fait-divers sociais, levantados por pessoas maldosas, sem espirito patriótico e que apenas querem denegrir a imagem do Governo.
Estatisticamente os números são meramente valores especulativos, porque os verdadeiros e únicos culpados são sempre os mesmos, as ditas vítimas.

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