Um acordo assinado entre ME e a maioria dos Sindicatos, sobre o novo ECD depois do acto eleitoral desastroso deu a entender que o PS/Governo iria saber honrar compromissos, já que o Governo e MLR sempre se arrogaram do direito de defensores da ética e da moral públicas perante uns professores que eram egoístas, incompetentes, preguiçosos e parasitas da sociedade.
Agora, o Governo precisava de fazer um acordo para se credibilizar perante a opinião pública e ganhar tempo, relativamente a uma turbulenta classe profissional que terá sido responsável pela perda da maioria absoluta do PS no Parlamento.
Perante um cenário macroeconómico bastante complexo em 2010, o Governo sabe que talvez se tenha precipitado e também sabe que hoje já tem todas as condições para não assinar tal acordo, visto que, perante a inevitibilidade/necessidade de aplicação de um duvidoso PEC à medida da União Europeia, o resto da população revoltar-se-ia contra os docentes e o PSD, pretenso defensor dos oprimidos, já mudou de lado da barricada, não se opondo ao Governo.
A saída de sucessivas versões do ECD contrárias ao espirito e à letra do acordo, apenas tem como objectivo fazer com que os Sindicatos signatários se deixem levar na cantiga dos outros sindicatos e dos movimentos sociais de professores e rasguem o acordo unilateralmente.
A nunca publicação do acordo de ECD em Diário da República apenas pretendia corrigir um pretenso erro do passado recente que lhe poderá acarretar um aparente acréscimo da despesa corrente/primária e quiçá sabotar a redução do deficit da despesas pública.
O Governo também sabe que a adesão dos professores à última greve dos Funcionários do Estado foi baixa (comodismo) e por isso não espera que se venham a registar grandes manifestações, como no passado.
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