Num passado recente, o Primeiro veio do alto do seu púlpito, proclamar perante uns incrédulos vassalos de que a aplicação do Imposto de Mais-valias sobre mercado de capitais passava a constituir um imperativo do desígnio patriótico. Acrescentou que, não era para já (talvez lá para meados do Verão?), mas quando estivessem reunidas as condições mínimas, em termos de crescimento/valorização da Bolsa de Valores (quiçá de algumas das acções).
Passados alguns dias, o Bloco de Esquerda fez o anúncio público sobre a apresentação de um projecto-lei sobre o mesmo assunto.
Esta semana, como que acordando para a realidade e para esvaziar a iniciativa da oposição e no espaço de vinte dias, o Profeta-mor descobre que as condições, que ainda não existiam, passaram, num ápice, a serem uma realidade objectiva e declarou a apresentação de uma Proposta-lei para breve.
O que mudou?
1 - A Bolsa de Valores encontra-se numa situação de estagnação tendencialmente para a queda.
2 - Os amigos e outras pessoas, ainda que pertencentes a Partidos ideologicamente`pertencentes ao Centro/Direita mas bastante influentes sobre a aprovação do PEC e do OGE, já conseguiram vender em alta as respectivas carteiras de Acções?
3 - O Vaticano, por causa do BPP, já recuperou das perdas dos seus investimentos financeiros?
4 - O PS teve medo que o Passos Coelho viesse a capitalizar eleitoralmente, segundo o princípio dos vasos comunicantes, em termos de transferência de ganhos financeiros extraordinários dos preguiçosos parasitas dos desempregados para os produtivos gestores de Off-Shores?
5 - Não taxar pudesse ser interpretado como demonstração, quiçá religiosa, de tendências de Pedofília?
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