Todos os Partidos Políticos que assinaram o pacto com a troika, estão totalmente de acordo de que tem de haver uma espécie de desvalorização do Euro, através de uma redução efectiva de 50% na Taxa Social Única, ou seja, dos pagamentos, por parte das empresas, à Segurança Social, de forma a aumentar a competitividade das exportações.
Este financiamento constitui uma das formas, mais importantes, de sustentar todas as pensões e subsídios atribuídos.
Com estas medidas, futuros pensionistas, principalmente professores, podem começar a pensar em obterem outras formas de rendimento, nessa altura...
PS: no respectivo Programa eleitoral não havia qualquer referência (atacou o PSD de ser um Partido que iria acabar com o Estado Social se essa medida fosse avante) e apenas tomámos conhecimento da marosca, através de uma divulgação inoportuna por parte de Francisco Louçã do Bloco de Esquerda, sobre um documento (Top Secret) de compromisso dos dirigentes do PS perante os membros da Troika em reduzir os custos de produção (através da TSU baixar 50%).
Este Partido ainda não fez qualquer declaração sobre o tipo de empresas beneficiadas, porque as empresas/cadeias distribuidoras do consumo interno apenas iriam meter mais dinheiro ao bolso e nada contribuiriam para a recuperação da economia.
Por outro lado, murmura-se que a sustentabilidade da Segurança Social e da Caixa Geral de Aposentações, passaria pelo agravamento nos descontos e aumento da idade de reforma.
PSD: começou por transmitir essa possibilidade, na ordem de uma redução gradual/anual e dependendo de estarem reunidas determinadas condições em 25% (4 pontos no valor da taxa).
Depois, quiçá o putativo futuro ex-ministro da Finanças descaiu-se e reconheceu que a redução da TSU para metade (redução da TSU em 50%) seria a solução mais adequada, a implementar por um Governo do PSD.
Passos Coelho assustado pela divulgação de tais inconfidências mandou-o de férias, a banhos para os trópicos, porque gafes desta natureza apenas potenciam a redução das intenções de voto dos eleitores.
O PSD no programa fala em bonificações a quem não se aposentar depois de ter completado o tempo legal para a reforma, nomeadamente através da assumpção de que ela ocorrerá depois dos 70 anos de idade.
PP/CDS: ontem apresentou o seu manifesto eleitoral, onde este tema se encontra pouco explícito e encoberto por banalidades.
Não se querendo comprometer, apresenta-se como diferente dos outros (fez como o PS), escondendo, em concreto, as medidas que poderiam afectar os votos em 5 de Junho, estilo esperteza saloia.
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