Anos 80, inúmeras pessoas iniciaram-se no mercado de trabalho, enquanto estudavam, concorrendo nos mini-concursos; o bago sempre dava para pagar os extras que os papás não subsidiavam.
Depois de acabarem as respetivas licenciaturas continuavam com o mesmo esquema até encontrarem outra forma de trabalho.
O problema eram os alunos serem demasiado irriquietos ou os horários muito espartanos ou o vencimento ser muito pouco ou ter de fazer de saltibanco anualmente.
Muitos saíram para novas oportunidades públicas enquanto que outros tornaram-se empresários infinetisimais:
- Horário do chefe livre.
- Patrão declarava sempre rendimentos inferiores ao montante mínimo para ficar isento de apresentação de declaração de IRS.
- Segurança Social era perspetivada como um sorvedouro inútil dos rendimentos ganhos honestamente!
- Faziam depósitos bancários utilizando familiares, com emprego legal, como intermediários e assim escaparem aos olheiros das finanças.
- Chapa ganha, chapa gasta.
- Férias em cruzeiros ou em ilhas do pacífico ou em outros destinos exóticos.
Durante as contestações dos professores tornaram-se fãs irredutíveis de MLR e da Barbie e do José..., insultando professores como parasitas e que raramente sabiam trabalhar no duro (professores que pagaram normalmente os impostos sobre o trabalho para o Estado...), antigos colegas, que não fugiram das dificuldades e de outros escolhos que estão subjacentes à profissão de professor.
Agora a crise também os apanhou e passaram a auferir vendimentos/lucros de salário mínimo, porque os consumidores começaram à procura de negócios da china mais baratos, e agora também querem que o Estado os ajude a sustentar o carnaval...
Agora querem que os professores também sejam os seus clientes preferidos, apesar de continuarem a defender o fim dos subsídios aos funcionários do Estado, que pouco fazem e ganham mais do que eles.
Agora também não desejam que emigrem (baixa no consumo de: fotocópias, restauração, estampas de artistas plásticos, etc.) e porque às tantas, ainda podem sacar nichos de oportunidades que deveriam estar reservados para os tais empresários vão-de-escada.
Agora também não desejam que emigrem (baixa no consumo de: fotocópias, restauração, estampas de artistas plásticos, etc.) e porque às tantas, ainda podem sacar nichos de oportunidades que deveriam estar reservados para os tais empresários vão-de-escada.
Agora querem que familiares, professores ou funcionários públicos, vendam bens de herança, através da chantagem emocional, para poderem sobreviver e manterem pelo menos as aparências de empresários livres.
Agora ainda continuam a olhar com desdém para os professores porque consideram que Sócrates não foi suficientemente duro e Passos Coelho parece que tem medo de cortar nos direitos desses falsos trabalhadores.
Agora continuam a querer beneficiar de oportunidades anteriores (agora sem cheta...), como não pertencer ao SNS, evitar listas de espera e ter atendimento personalizado em consultórios de professores catedráticos / chefes de serviço de hospitais centrais.
Agora...
Agora continuam a querer beneficiar de oportunidades anteriores (agora sem cheta...), como não pertencer ao SNS, evitar listas de espera e ter atendimento personalizado em consultórios de professores catedráticos / chefes de serviço de hospitais centrais.
Agora...
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