Bayard Demaria Boiteux (1916 - 2004)

NA ESCOLA, TAL COMO NO MUNDO, TODOS SOMOS PROFESSORES E TODOS SOMOS ALUNOS.
(Faculdade Economia Porto)

terça-feira, abril 10, 2012

9 de Abril: Batalha de La Lys na Educação? - 2

Tal como se deu a entrada de Portugal na I Guerra Mundial, em estilo de pura mendicidade perante a nossa velha e antiga aliada, quando os soldados que estavam mal municiados e sem vestuário adequado eram sempre os culpados pelas derrotas (os oficiais banqueteavam-se na retaguarda), nomeadamente quando o poder político lusitano do D. Sebastião exigiu pena capital para um falso desertor, como forma de incutir medo a eventuais desistentes.
Aliás na sequência desse julgamento um dos Juízes Auditores que votou vencido, acabou por se libertar perante tanta submissão e sentença injusta através da sua própria morte.
(Esse Juiz Auditor, por acaso, era tio-bisavô do actual ministro da Defesa, colocou sempre a ética do Direito acima dos interesses mesquinhos da política).
Agora, o MEC Crato vem dizer que professores sem lugar na escola pública ou em outro serviço do Estado, no quadro da mobilidade, mesmo os pertencendo aos antigos quadros, irão sofrer na pele a actual lei laboral, em termos de despedimento e de acesso ao subsídio de desemprego (só em finais do século XX os professores passaram a ter acesso ao tal subsídio de desemprego).
Os membros do Poder Político sabem que nunca  serão chamados à responsabilidade e por isso decidem o que decidem e se um dia se verificar que o ensino em Portugal caiu no fosso de alguma lixeira, encontrarão sempre falsos culpados que pagarão as favas.

Um comentário:

Anônimo disse...

No século XXI é impossível haver ética na política.
É tudo uma questão de sobrevivência.
Político que não saiba mentir ou aldrabar ainda que com meias verdades é porque não tem vocação.