Nas últimas semanas, os leitores do Jornal do Fundão têm-se divertido com as sucessivas cartas abertas, entre dois contendores, figuras gradas do PSD, com acusações mútuas e a partir das quais vão deslindando muitos dos mistérios que assombraram a cova da beira, nos últimos anos.
Num dos lados está o actual edil e do outro o industrial Paulo de Oliveira (maior empresário europeu do ramo dos lanifícios).
Durante muitos anos, era uma amizade enternecedora de se ver, tanto que habitavam no mesmo prédio, em todos os eventos sociais, públicos e privados.
Agora, o verniz estalou, talvez porque a PT decidiu instalar o Data Center na freguesia da Boidobra, contrariando opções do Presidente da Câmara local.
Este acusa o industrial de ter influenciado maldosamente esta localização, apesar de ainda não ter apresentado provas concretas.
Aquele acusa a CMC de criar um aterro clandestino em terrenos/caminho de acesso a armazém onde se guardavam fios e que ficaram degradados, impróprios para uso industrial, na zona do Tortosendo.
Por outro lado, Presidente, parece querer fazer um alargamento numa determinada estrada (beco sem saída!) na Boidobra que invade terrenos onde se situa uma empresa e que pode condicionar a respetiva laboração; o alargamento incide, como que por mera coincidência, zonas onde se situa uma empresa do mesmo proprietário.
Mesmo no centro da Boidobra parece existir aquela tradição muito portuguesa de começar uma obra que se acabada parcialmente, se vai remediando e que afeta a entrada de determinada empresa
Talvez se compreenda melhor o facto de um dos vereadores da CMC ter mandado retirar os indicativos dos limites da freguesia da Boidobra, talvez com boa intenção, na medida em que possivelmente esta localidade irá ser incorporada numa das freguesias vizinhas e que pertence à malha urbana da cidade.
Mas, parece que o lavar público da roupa suja, ainda está para levar e durar, durante próximas edições do semanário regional.
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