Passos Coelho diz que as receitas fiscais abaixo do orçamentado estão a ser analisadas, mas ainda é cedo para pôr o défice em causa e falar em novas medidas de austeridade.
Segundo o semanário Expresso, o Governo vai avisando a navegação de que é tudo um disparate, mas não rejeita categoricamente a introdução de receitas suplementares, nomeadamente com a introdução de um novo imposto suplementar, ao imposto por Sócrates e que continua a vigorar, sobre vencimentos e pensões, para além de entrar com o pagamento de comparticipações de actos médicos, segundo o valor/escalão do IRS pago no ano anterior.
Por outro lado, transformar serviços públicos em empresas públicas (mesmo que a despesa primária aumente) pode contabilisticamente viciar o diferencial entre receitas e despesas e mascarar o valor real do deficit, mantendo aparentemente a consolidação orçamental.
Claro que ontem na entrevista à RTP, Nuno Crato foi muito evasivo sobre as consequências, da actual legislação, em termos de criação de horários zero (kamikazes?) e sobre o fim existencial/profissional de muitos professores contratados, alguns dos quais com muitos anos de serviço.
Nunca respondeu sobre as poupanças orçamentais do MEC.
Nuno Crato parece ainda não saber o que quer do futuro educativo, por um lado fala em mudança de paradigma com a eliminação de medidas de um passado recente tenebroso e por outro lado toma medidas que em nada melhoram a qualidade do ensino, mas que parecem herdeiras das da Lurdes e das da Alçada...
De qualquer forma, apesar das situações serem diferentes, ambos convergem na ideia base de que tudo ainda é cedo, para tomar forma, em termos de sucesso educativo e orçamental.
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