Bayard Demaria Boiteux (1916 - 2004)

NA ESCOLA, TAL COMO NO MUNDO, TODOS SOMOS PROFESSORES E TODOS SOMOS ALUNOS.
(Faculdade Economia Porto)

sábado, junho 23, 2012

Passos Coelho, o Mordred da Austeridade e Nuno Crato, o Merlin do Eduquês

Passos Coelho diz que as receitas fiscais abaixo do orçamentado estão a ser analisadas, mas ainda é cedo para pôr o défice em causa e falar em novas medidas de austeridade.
Segundo o semanário Expresso, o Governo vai avisando a navegação de que é tudo um disparate, mas não rejeita categoricamente a introdução de receitas suplementares, nomeadamente com a introdução de um novo imposto suplementar, ao imposto por Sócrates e que continua a vigorar, sobre vencimentos e pensões, para além de entrar com o pagamento de comparticipações de actos médicos, segundo o valor/escalão do IRS pago no ano anterior.
Por outro lado, transformar serviços públicos em empresas públicas (mesmo que a despesa primária aumente) pode contabilisticamente viciar o diferencial entre receitas e despesas e mascarar o valor real do deficit, mantendo aparentemente a consolidação orçamental.

Claro que ontem na entrevista à RTP, Nuno Crato foi muito evasivo sobre as consequências, da actual legislação, em termos de criação de horários zero (kamikazes?) e sobre o fim existencial/profissional de muitos professores contratados, alguns dos quais com muitos anos de serviço.
Nunca respondeu sobre as poupanças orçamentais do MEC.

Nuno Crato parece ainda não saber o que quer do futuro educativo, por um lado fala em mudança de paradigma com a eliminação de medidas de um passado recente tenebroso e por outro lado toma medidas que em nada melhoram a qualidade do ensino, mas que parecem herdeiras das da Lurdes e das da Alçada...

De qualquer forma, apesar das situações serem diferentes, ambos convergem na ideia base de que tudo ainda é cedo, para tomar forma, em termos de sucesso educativo e orçamental.

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