Durante anos, passaram dias atrás de dias em permanente stress, fazendo actas, relatórios, preparando aulas com minúcia exagerada, fazendo salamaleques aos avaliadores, principalmente nas aulas observadas, quase comprando o comportamento dócil e participativo dos alunos.
Sacrificaram a saúde e a família, com separações litigiosas dramáticas.
Tudo para obter o Excelente, porque o Muito Bom não era suficiente, já que o medo de serem ultrapassados, por outros colegas, nos diversos concursos, era uma constante ilusória.
Eram professores dos quadros e professores contratados; aqueles, quiçá por vaidade ou por necessidade de passarem à frente de outros colegas, enquanto que os últimos eram obrigados pela tutela.
Agora, nestes concursos parece que tanto esforço de nada valeu.
Olhando para os sacrifícios passados, a desilusão angustiante virou revolta, porque a ADD tornou-se algo supérflua.
2 comentários:
O processo de avaliação de professores sempre foi usado como motivo para criar instabilidade.
Como a questão dos titulares não produziu qualquer guerra civil, a ADD pretendia ter outro efeito, que não a própria avaliação e tal como o ministério da educação a reconheceu agora.
A credibilidade da avaliação apenas tem sustentabilidade no inverso do plano inclinado obtuso.
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