Bayard Demaria Boiteux (1916 - 2004)

NA ESCOLA, TAL COMO NO MUNDO, TODOS SOMOS PROFESSORES E TODOS SOMOS ALUNOS.
(Faculdade Economia Porto)

sexta-feira, dezembro 28, 2012

Escolas de Braga unidas contra agregação


Segundo o diário Correio do Minho: A comunidade educativa bracarense mostrou ontem que está unida contra a “proposta unilateral” de agregação/reorganização das escolas e agrupamentos de escolas do concelho de Braga. Em conferência de imprensa, foi sobretudo a Confederação das Associações de Pais (FAP) de Braga a endurecer o discurso e a prometer lutar contra uma medida que “coloca em risco a qualidade do ensino”.

“Não faz sentido agregar escolas. A agregação vai ter reflexos na qualidade do ensino que é ministrado neste concelho. Com estas medidas só se está a prejudicar os alunos”, afirmou José Lopes, da FAC, no salão nobre do município.

José Lopes considera que a agregação de escolas é uma medida “economicista”, mas sustenta que “a poupança não pode ser conseguida à custa da qualidade do ensino”.

O responsável da FAP mostra “alguma esperança” em que a agregação não se concretize, sendo que a DREN avançou em Novembro que o processo, no concelho de Braga, estaria concluído até ao final do ano com a respectiva publicação em Diário da República.

“Não somos adeptos das manifestações, mas teremos argumentos e armas, nomeadamente jurídicas, para obstar a concretização desta proposta”, prometeu José Lopes.
Também Pedro Martins, presidente da Associação de Estudantes da Alberto Sampaio, acabou por, à última hora, se juntar a esta conferência de imprensa para prometer que os estudantes “vão fazer o que estiver ao seu alcance para salvar a educação em Braga”. Na óptica dos alunos, o processo de agregação vai retirar o processo de agregação vai retirar aos jovens bracarenses aquilo que têm de melhor, o direito à educação.


“Encaramos o futuro com receio. Somos contra a agregação e vamos defender ao máximo a nossa posição”, vincou Pedro Martins.
Vereadora da Educação e presidente do Conselho Municipal de Educação, Palmira Maciel, salientou que “toda a comunidade educativa bracarense está unida nesta posição” de rejeitar a proposta que a DREN apresentou como definitiva para o concelho e recordou que não houve qualquer resposta ao pedido de reunião que foi feita à directora regional. “O nosso objectivo era reunir com a responsável da DREN e colaborar numa proposta razoável e diferente para o concelho de Braga. Ninguém nos respondeu e aproxima-se o prazo estipulado para encerrar o processo em Braga”, frisou, lembrando que também a Assembleia Municipal de Braga, “órgão eleito democraticamente pelo povo, se expressou contra a agregação das escolas e agrupamentos de escola do concelho”.

A Câmara Municipal de Braga e o CME não vêem reunidas as condições para a agregação de escolas proposta unilateralmente pela DREN”, rematou.

Em representação dos Concelhos Gerais, Luísa Cruz subscreveu as mesmas críticas, sublinhando o desagrado pelo modo como a Administração Central está a conduzir este processo. Pelos directores das escolas e agrupamentos do concelho falou Manuela Gomes, directora da ESAS, vincando que impera a unanimidade, ou seja, mesmo os directores das escolas que não são afectadas por este processo estão contra a agregação “para evitar um erro histórico”.

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