Bayard Demaria Boiteux (1916 - 2004)

NA ESCOLA, TAL COMO NO MUNDO, TODOS SOMOS PROFESSORES E TODOS SOMOS ALUNOS.
(Faculdade Economia Porto)

domingo, julho 23, 2006

As Neuroses Tuga

Segundo o pensar intelectual tuga, os filhos da ... dos professores também são os culpados do défice...

Assim, no semanário Tal&Qual, foi perguntado, a várias personalidades se os professores seriam os culpados do insucesso escolar:

Inês Pedrosa: Sim. Se metade dos alunos chumbam não é porque são mais burros que os outros . A culpa é dos professores e de quem os educou. A ministra está a ser corajosa.

Júlio Machado Vaz: É evidente que há professores que são culpados pelo insucessoescolar, mas generalizar parece-me uma visão muito simplista da questão.

Luísa Castel-Branco: Não. A causa do insucesso é a péssima qualidade da estrutura, desde os manuais, aos programas e ao próprio Ministério, que sempre desautorizou os professores

Carlos Dias Silva: Não. O insucesso passa pela falta de condições e pelas dificuldades do Ministério. Muitas vezes, os pais também têm culpa, porque não acompanham os filhos.

Penso, que em Portugal, os perissodáctilos/solípedes não frequentam a escolaridade, tal como os cidadãos desta república ibérica. Como dizia um excelente professor da Faculdade de Economia do Porto, Prof. Bayard: Na Escola tal como no Mundo, todos são Professores e todos são Alunos. Assim e neste sentido, a Inês, como professora, lá deve pensar saber do que e de quem fala, pelo menos, mea-culpa da respectiva experiência pessoal (se é que disse tamanha barbaridade próxima de um qualquer fundamentalismo terrorista).

Na realidade, todos temos culpa, uns mais do que outros, do insucesso escolar académico e do insucesso da formação profissional: 1 – Professores (a). Existem os que têm sentido profissional de responsabilidade. (b). E os que vão sobrevivendo com a sua mediocridade - normalmente são os carreiristas políticos. 2 – Pais (a). Põem os filhos nas escolas como quem leva o gado para o lameiro - a Escola tem a obrigação de os educar, por ausência da tutela paternal. (b). Assumem comportamentos agressivos de ansiedade sobre os respectivos educandos, que em situações de ruptura, levam os filhos aos Psicólogos. Mas, os Progenitores é que deveriam ir ao Psiquiatra porque são pessoas frustradas e inadaptadadas socialmente. (c). Sabendo que os filhos têm limitações ou preguiças intelectuais ou sobredotados (mas incompreendidos pelos professores) ou pensam que o nível social/político deve ter a adequada correspondência classificativa, tentam corromper os professores com o inflacionamento das classificações, principalmente ao nível do 12.º ano, de forma a haver uma compensação com a classificação negativa do exame (Ameaças ou corrupção - estes últimos casos verificam-se nas situações em que os pais também são professores e apresentam taras, nomeadamente no âmbito da pedofilia ou da agressividade sobre os respectivos alunos).

(d). São Pais biológicos ou pensam que são, mas do resto nã pecebem peva. 3 – Alunos (a). Sabedores das fraquezas dos professores vão-se baldando. (b). Reconhecem que os conteúdos programáticos nada lhes dizem e desmoralizam. (c). Verificam que os professores apenas querem ver o tempo passar e nada têm de relevante a explicar e desinteressam-se ou que os professores nada percebem da poda. (d). Sabem que os papais resolvem todas as dificuldades e conseguem obter-lhes as classificações adequadas, pelo menos ao nível do ensino. Porque ao nível profissional, como diriam nuestros hermanos, os enchufes ultrapassam todos os obstáculos. 4 – O Sistema

(a). O que interessa é a estatística positiva face à Europa e assim, ao nível dos 1.º, 2.º 2 3.º ciclos, os alunos apenas reprovam com autorização expressa paterna (Governos Cavaco Silva). Agora, parece que a norma se estende também ao secundário. (b). Programas desadequados às exigências das sociedades e dos alunos, mas elaborados, normalmente, pelos mesmos que são autores dos manuais escolares. (c). Estrutura burocrática do ministério. (d). Incompetência e mediocridade dos políticos que tutelam o ministério. (e). Insuficiência de meios materiais e financeiros. As Escolas são obrigadas a saber gerar receitas para colmatar o disparate financeiro da tutela (instalação de uma impressora offset, que permanece encaixotada durante anos e anos, numa escola do 2.º ciclo; atribuir 120 microscópios a uma EB2/3 com cerca de 300 alunos; fornecer 20 computadores a uma escola do 1.º ciclo com 15 alunos e com deficiência de instalação eléctrica, e sem meios financeiros para conservar um mínimo de higiene nas casas de banho, que mais parecem fossas/alçapões para a coorte do gado). (f). Instalações escolares sem condições mínimas de sustentabilidade face às inclemências do tempo (a estrutura da Escola Secundária de Montalegre - temperaturas de Inverno da ordem dos 4/5 graus negativos - semelhante à da Escola Secundária de Alberto Sampaio, em Braga - com temperaturas mais amenas - semelhante a uma das Escolas Secundárias de Albufeira - com um clima mediterrânico) Enfim, querem-se fazer omoletes sem ovos credíveis. A opinião pública fica intoxicada com as centrais de informação do Poder Político, através de diarreias mentais de alguns dos nossos cronistas estilo meia leca.

Um comentário:

Anônimo disse...

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