A Educação e os Exames da Covia Nacional
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Hoje, 14 de Julho, dia nacional de França, aniversário da tomada da Bastilha, o (des)Governo da Nação Portuga, face às constantes e crescentes críticas sobre o conteúdo/erros dos exames nacionais de Física/Química, 1.ª Fase de 2006, decidiu, dar a mão à palmatória, ainda que disfarçadamente, dando a possibilidade dos alunos prejudicados poderem exercer novamente o direito de fazerem/repetição o respectivo exame correspondente à 2.ª fase e não serem prejudicados nos prazos de acesso ao ensino superior. Podendo eles escolher a melhor classificação. Mas será que este Ministério estará a responder às aspirações legítimas dos alunos ou a dar hipótese de alguns, sempre os betinhos do costume, poderem redimirem-se das fracas classificações? Na realidade, as críticas começaram logo, cerca de uma hora pós realização da prova, quer em Física quer em Química, mas só agora existe uma reacção oficial. Por outro lado, será que as ditas provas tinham erros que justificassem o procedimento do Ministério? Pois, erros, se os houve, eram mais de carácter interpretativo do que de natureza de conteúdo, embora na prova de Química, Lavoisier tenha ido pentear macacos para a mongólia. Assim, críticas ao tipo de prova de Física, são as mesmas de sempre, desde o início delas, já que são elaboradas, estranhamente, de acordo com os interesses dos tais Betinhos que frequentam o ensino privado; senão vejamos:
1 – O programa está estruturado em 2/3 de conteúdo teórico e 1/3 de conteúdo experimental/prático
2 – As provas dos exames nacionais apenas abordam os aspectos teóricos; parece que os estabelecimentos de ensino privado aplaudem este modelo, porque, na sua maioria, não possuem laboratórios. Que coincidência…
3 – Claro que no ensino público existem condições mínimas, ainda que precárias, para dar todos os conteúdos. Na prática, fica pouco tempo para aprofundar os respectivos conteúdos programáticos, ao contrário do que acontece nos estabelecimentos de ensino privado.
4 – Uma das questões que valia mais, neste exame, em 2006, em todos os livros, existentes no mercado, apenas abrange cerca de uma página, do último capítulo do quarto e último volume. Muito interessante …
Na verdade, os responsáveis pela elaboração das provas dos exames nacionais sempre tiveram queda, quiçá desde que foram empossados, para a inovação do disparate (?). Em outras provas de outras disciplinas aconteceram destrambelhos desta natureza:
1 – Num exame na disciplina de Introdução ao Direito, na transição do século, a resposta a uma questão apenas estava contemplada num dos manuais em circulação e em nota de rodapé. Era dever de qualquer professor abordar esse aspecto se estivesse atento, mas o assunto nem era relevante.
2 – Em 2004, 1.ª fase, na disciplina de Psicossociologia a identificação de uma Teoria Organizacional dependia da interpretação de um texto dúbio. Os alunos, na sua maioria, responderam Teoria da Contingência, mas nos critérios de correcção apenas se admitia certa a Teoria Sistémica. Para alguns especialistas, professores de Gestão de duas Universidades as duas respostas deviam ser consideradas como correctas. Mas como era uma disciplina de um curso tecnológico…
3 – A extensão da prova de matemática, 1.ª fase de 2006, foi um hino à irracionalidade.
4 – Os critérios de avaliação definidos pelo GAVE, na disciplina de Biologia do 12.º, 1.ª fase de 2006, tiveram uma interpretação erradamente restritiva.
As disciplinas de Física e Química, Matemática, Biologia, História, Filosofia e Português têm peso mediático em Associações próprias identificadas como Lobies, logo com capacidade de promoverem mudanças de atitudes, por parte das entidades públicas governamentais?
Muitos outros exemplos, poderíamos relatar, mas a verdade é que, os miornos inteligentes, que elaboraram e fizeram a respectiva revisão, das diversas provas de exame, pagos a peso de ouro, parece que gostam de inventar …
2 comentários:
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