Bayard Demaria Boiteux (1916 - 2004)

NA ESCOLA, TAL COMO NO MUNDO, TODOS SOMOS PROFESSORES E TODOS SOMOS ALUNOS.
(Faculdade Economia Porto)

sexta-feira, julho 07, 2006

O Ângulo Obscuro e Sinistro do Sucesso Educativo

Jihad contra a corrupção do sistema educativo
no
Burkina Faso da Mongólia do Atlântico dos Fundilhos

1. A atitude dos responsáveis pela educação, nestas últimas décadas, talvez herdeira de uma pedagogia assente numa visão retrógrada da filosofia da educação, pode traduzir-se no que Crato (2006: 14) apelida de … desvalorização dos conteúdos e do conhecimento substantivo.

2. Esta perspectiva pretende pois, retirar, em princípio, aos professores a definição das regras por que as escolas se devem reger, transferindo-as para os pais, que as implementarão consoante os seus próprios interesses. Existe então, uma deformação subversiva, dolosa e danosa, dos princípios básicos do Sistema Educativo. Estudar implica desenvolver esforço e o facilitismo defendido pelos encarregados de educação e pela Ministra da Educação, advém do facto de uma certo tipo de classe média, não saber conviver, com alunos de outras classes sociais que apresentam melhores classificações. A expressão The jobs for the boys, não é mais do que a defesa de uma certa mediocridade intelectual evidenciada na adolescência com a cobertura dos respectivos encarregados de educação e a complacência do Poder Político vigente.

3. Desejar que um filho tenha as melhores classificações é natural, mas estabelecer como nível mínimo de inteligência, classificações de valoração elevada, e culpar os professores por tal insucesso já é discutível.

4. Apesar das posturas desenvolvidas, por cada aluno, é necessário avaliar a consciência do aluno para a procura do seu eu, neste processo de ensino aprendizagem, em que, constantemente se está perante o dilema da tomada de uma determinada decisão assente na necessidade de partilha das dificuldades e dos riscos, na solidariedade e no diálogo, e na tolerância e na solidariedade.

5. Na realidade, em cada disciplina, o sucesso de um aluno deverá depender de diversos factores, a começar, principalmente, pelo ambiente familiar e depois pelo ambiente escola. A escola não deve ser encarada como um lameiro onde se despeja o gado. Na Escola, cada aluno socializa-se formal e informalmente, aprendendo, por exemplo, a arte de redigir uma redacção na disciplina de Português, no saber trabalhar a Palavra, em Filosofia a capacidade de ordenar as Ideias, e nas disciplinas técnicas, o explanar dos Conteúdos programáticos, etc.

Nuno Crato, (2006). Eduquês em discurso directo…Gradiva. Lisboa.

Um comentário:

Anônimo disse...

Carta de um Encarregado de Educação

Avaliassão da Prufeçôra do mêu Filho

As razões dum Pai

O gajo não presta. O gajo fala, fala, fala mas o puto não entende pêva do que ele está práli a dizer e por isso é que não aprende. Depois, só porque o puto recebe uma mensagem no telemóvel, que até fui eu que lha mandei porque ele tinha deixado o gato fechado na cozinha, põe-se aos gritos com ele que preturba a aula. Preturba mas é o c.... que o gato podia dar-nos cabo do almoço. O gajo é mas é parvo. Não tem compreenção pelos alunos, é o que é. Deu nega ao meu puto, mas agora quem vai ter a nega é ele! E vamos aver se pró ano, se calhar outra vez ao puto este gajo como professor, ele não le vai dar uma nota de jeito... não percisa ser um 5, que eu também sei que o meu puto não tem grande queda para os estudos, mas oque ele não tem é de andar praí a perjudicar o futuro dos miudos que assim com notas dessa, como é que vão comseguir tirar as facoldades? O gajo quer é ser ele e os da sua laia a serem dotores só eles. Eu cá já decidi. nota negativa!
Mai nada!