Bayard Demaria Boiteux (1916 - 2004)

NA ESCOLA, TAL COMO NO MUNDO, TODOS SOMOS PROFESSORES E TODOS SOMOS ALUNOS.
(Faculdade Economia Porto)

quinta-feira, julho 06, 2006

UMA LOMBRIGA FORMADA EM FILOSOFIA MAKÚLO[1] – 1.ª Parte

Não conhecem o Sr. Dr. Gustinho Motorista?

Parece-se muito com uma pústula bífida nascida numa cloaca, como produto do viscoso conúbio entre uma ameba disentérica e um verme recém-cevado no cadáver dum chacal; a sua baba ofídica não é mais do que a podridão que jorra de uma pena mercenária e fedorenta numa cara ridícula de funâmbula, em suma um aborto langanheto. – magrinho, mas muito corrupto.

Os pés estreitos, delgadinhos e fininhos; as perninhas estreitas, delgadinhas e fininhas; mais acima o tronco estreito, delgadinho e fininho; para cima o pescoço estreito, delgadinho e fininho e por último a cabecinha estreita, fininha e delgadinha.

Adicionadas estas parcelas obtém-se um total também estreito, fininho e delgadinho, pelo princípio de que a soma é da mesma natureza das parcelas.

É muito estreitinho, fininho e delgadinho o Sr. Dr. Gustinho Motorista.

Quando com o seu terno hip-hop visto de costas, dá-nos a imagem dum gafanhoto vestido de macaco.

Com as suas cangalhas opacas, com o cabelo castanho-escuro, um pouco disperso, e com a epiderme levemente enrugada, dá-nos a impressão dum bicho da fruta.

A carinha mimosa, ligeiramente ondeada, moliçosa e encarnadinha e com os holofotes nas fanecas, traz-nos à lembrança a aparência duma lombriga.

Esta lombriga, não obstante a sua inconsistência, fura sempre e esconde-se quando pode. Uma vezes atrás do lodaçal da sua labita, outras atrás da intelectualidade medíocre bracarense, da sociedade dandy e balofa e de outros quantos caca-manecas que aparecem e até atrás da sua incompetência de aprendiz de enseñanza.

Ultimamente, porém, pela tal coisa de que nós quoque gens sumus, aparece todo fanfarrão, estilo fabiano, mas com um aspecto de gabiréu jarreta tipo malaico.

Ensopado entre uma Posta Barrosã: Almanaque de Lembranças Locais, Vitor Branco (1941: 305) e um Churrasco Gaúcho: O Tempo e o Vento, Erico Veríssimo (1958).

3 comentários:

Anônimo disse...

Anônimo disse...

Esta rábula faz-me lembrar um célebre professor da Escola Secundária Carlos Amarante. Será verdade? Este, se for ele, docente elabora testes cotados com 230, 260, etc. pontos e só durante a correcção, verifica que a Ficha é demasiado extensa e as cotações ultrapassam os 200 pontos, refazendo as cotações sem qualquer lógica; para além disso, não admite discussão e crítica sobre as correcções e classificações, quer por parte dos alunos quer dos pais/encarregados de educação.

Anônimo disse...

Enquanto professor na ESAS, apareceu-me neste ano lectivo, um papai, professor da ESCA, estilo blitzkrieger, que queria que o seu mininho tirasse uma classificação próxima dos dezoito valores e assim ir a exame e passar sem estudar, tentando transmitir o modo de isso acontecer, sem muito esforço para o filhinho. Será o mesmo? Ele que me volte a aparecer e verá qual o uso que se dá a uma tesoura da poda.

2:26 PM

Anônimo disse...

Este foi o meu professor de filosofia!!! o mesmo que nos queria abrir a mente, fazer-nos pensar por nós mesmos! Mas sabem uma coisa: finalmente consegui isso mas nao foi graças ás suas aulas de filosofia! O mesmo que dizia que não queria a k7 no exame e depois se não se punha o que estava no manual tal e qual tinha-se um 13 ou 14 (alunos como eu)! Que me considero, e permita-me mas nao ando cá com falsas modéstias: estou a acabar o curso de medicina em 5 anos, mas em Espanha! Porque por causa deste professor e outros como ele na escola Carlos Amarante! Ao parecer, e digo isto com ironia, não era suficientemente bom para ser médico por portugal e por isso tive que ser brilhante noutro pais!!!

Um abraço para a escola Carlos Amarante, e pelo maravilhoso staff e professores


JA agora ele deu me um 15 (ou pelo menos penso eu, mais nao foi) tenho curiosidade em saber se o meu pai poderia ter ido interceder por mim... digamos: num pais democratico ter a mesma igualdade que o filho

Anônimo disse...

Desculpem pelas incongruências do post último, mas é que já lá vão uns quantos anos afastado da lingua de Camões.

O que eu não me tinha apercebido é que quando o professor em questão anunciou, na aula que os valores morais são Relativos e não conotados de absolutismo eu não me tinha apercebido que não se referia ao contexto socio-cultural numa época histórica.

Ao que ele se referia era ao relativismo que existe entre os mesmos individuos dentro da mesma sociedade. É obvio que para o professor a moral só conta quando não está em questão o propio filho. É digamos: Relativa. Se ele tivesse explicado isto na aula talvez tivesse tirado melhor nota.

Só lamento pelas centenas de bons e honestos estudantes que existem neste pais que são tapados por todos estes chicos espertos simplesmente porque não têm cunhas!!!

Que desperdicio de talento!!!! E assim vai Portugal!!!