Não conhecem o Sr. Dr. Gustinho Motorista?
Parece-se muito com uma pústula bífida nascida numa cloaca, como produto do viscoso conúbio entre uma ameba disentérica e um verme recém-cevado no cadáver dum chacal; a sua baba ofídica não é mais do que a podridão que jorra de uma pena mercenária e fedorenta numa cara ridícula de funâmbula, em suma um aborto langanheto. – magrinho, mas muito corrupto.
Os pés estreitos, delgadinhos e fininhos; as perninhas estreitas, delgadinhas e fininhas; mais acima o tronco estreito, delgadinho e fininho; para cima o pescoço estreito, delgadinho e fininho e por último a cabecinha estreita, fininha e delgadinha.
Adicionadas estas parcelas obtém-se um total também estreito, fininho e delgadinho, pelo princípio de que a soma é da mesma natureza das parcelas.
É muito estreitinho, fininho e delgadinho o Sr. Dr. Gustinho Motorista.
Quando com o seu terno hip-hop visto de costas, dá-nos a imagem dum gafanhoto vestido de macaco.
Com as suas cangalhas opacas, com o cabelo castanho-escuro, um pouco disperso, e com a epiderme levemente enrugada, dá-nos a impressão dum bicho da fruta.
A carinha mimosa, ligeiramente ondeada, moliçosa e encarnadinha e com os holofotes nas fanecas, traz-nos à lembrança a aparência duma lombriga.
Esta lombriga, não obstante a sua inconsistência, fura sempre e esconde-se quando pode. Uma vezes atrás do lodaçal da sua labita, outras atrás da intelectualidade medíocre bracarense, da sociedade dandy e balofa e de outros quantos caca-manecas que aparecem e até atrás da sua incompetência de aprendiz de enseñanza.
Ensopado entre uma Posta Barrosã: Almanaque de Lembranças Locais, Vitor Branco (1941: 305) e um Churrasco Gaúcho: O Tempo e o Vento, Erico Veríssimo (1958).
3 comentários:
Anônimo disse...
Esta rábula faz-me lembrar um célebre professor da Escola Secundária Carlos Amarante. Será verdade? Este, se for ele, docente elabora testes cotados com 230, 260, etc. pontos e só durante a correcção, verifica que a Ficha é demasiado extensa e as cotações ultrapassam os 200 pontos, refazendo as cotações sem qualquer lógica; para além disso, não admite discussão e crítica sobre as correcções e classificações, quer por parte dos alunos quer dos pais/encarregados de educação.
Anônimo disse...
Enquanto professor na ESAS, apareceu-me neste ano lectivo, um papai, professor da ESCA, estilo blitzkrieger, que queria que o seu mininho tirasse uma classificação próxima dos dezoito valores e assim ir a exame e passar sem estudar, tentando transmitir o modo de isso acontecer, sem muito esforço para o filhinho. Será o mesmo? Ele que me volte a aparecer e verá qual o uso que se dá a uma tesoura da poda.
2:26 PM
Este foi o meu professor de filosofia!!! o mesmo que nos queria abrir a mente, fazer-nos pensar por nós mesmos! Mas sabem uma coisa: finalmente consegui isso mas nao foi graças ás suas aulas de filosofia! O mesmo que dizia que não queria a k7 no exame e depois se não se punha o que estava no manual tal e qual tinha-se um 13 ou 14 (alunos como eu)! Que me considero, e permita-me mas nao ando cá com falsas modéstias: estou a acabar o curso de medicina em 5 anos, mas em Espanha! Porque por causa deste professor e outros como ele na escola Carlos Amarante! Ao parecer, e digo isto com ironia, não era suficientemente bom para ser médico por portugal e por isso tive que ser brilhante noutro pais!!!
Um abraço para a escola Carlos Amarante, e pelo maravilhoso staff e professores
JA agora ele deu me um 15 (ou pelo menos penso eu, mais nao foi) tenho curiosidade em saber se o meu pai poderia ter ido interceder por mim... digamos: num pais democratico ter a mesma igualdade que o filho
Desculpem pelas incongruências do post último, mas é que já lá vão uns quantos anos afastado da lingua de Camões.
O que eu não me tinha apercebido é que quando o professor em questão anunciou, na aula que os valores morais são Relativos e não conotados de absolutismo eu não me tinha apercebido que não se referia ao contexto socio-cultural numa época histórica.
Ao que ele se referia era ao relativismo que existe entre os mesmos individuos dentro da mesma sociedade. É obvio que para o professor a moral só conta quando não está em questão o propio filho. É digamos: Relativa. Se ele tivesse explicado isto na aula talvez tivesse tirado melhor nota.
Só lamento pelas centenas de bons e honestos estudantes que existem neste pais que são tapados por todos estes chicos espertos simplesmente porque não têm cunhas!!!
Que desperdicio de talento!!!! E assim vai Portugal!!!
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