Bayard Demaria Boiteux (1916 - 2004)

NA ESCOLA, TAL COMO NO MUNDO, TODOS SOMOS PROFESSORES E TODOS SOMOS ALUNOS.
(Faculdade Economia Porto)

quarta-feira, abril 18, 2007

Juntas Médicas ou o Princípio da Eugenia no Burkina Faso da Mongólia do Atlântico dos Fundilhos

Quem são os membros desses centros de avaliação e de decisão? Quais as respectivas Habilitações? Tiraram algum curso em ciências médicas? Frequentaram algum estabelecimento de ensino tipo Uni., ou tiraram cursos por correspondência? Sabem ler (é de aproveitar os CRVCC)?
Em Maio de 2006, um professor de uma Secundária, em Braga, com cerca de 38 anos de serviço, na sequência de um requerimento de Aposentação por questões de saúde, foi presente a uma Junta Médica (?). Esta situação, tendia a tornar-se o epílogo de um doloroso processo de doença oncológica, em termos de perda total de voz. Mas, as doutas sumidades, consideraram-no apto para voltar a lecionar (???); ou seja, dar aulas, mas sem voz e não podendo estar exposto a situações adversas, como humidade, pó do giz, temperatura, etc. Foi, igualmente, PROIBIDO de apresentar, durante alguns meses, qualquer Atestado Médico de Doença, sob pena de sofrer as devidas sanções.
Infelizmente, alguns meses depois, faleceu. Desapareceu fisicamente. Era um amigo e colega, professor responsável e com espirito de sacrifício pela arte de ensinar, de conversa agradável. Mas não desapareceu a sua memória.
Muitos outros professores, ao longo dos últimos anos, têm comido o pão que o diabo amassou, em termos de problemas de saúde. Porquê?
A nós, parece existir uma recomendação governamental, para eliminar futuras despesas como as reformas, o internamento hospitalar com doentes, etc. Aconteceu, no passado, com os hemofílicos e o sangue contaminado com VHI, com os doentes renais do Hospital de Évora, etc. (ninguém foi responsabilizado/condenado em sede de Justiça, porque, através de malabarismos processuais, obtiveram prescrição sobre a eventual condenação dos factos).
Alguém leu e interpretou perversamente o livro de memórias de Hoess, comandante do campo de concentração de Auschwitz: a morte é o meu ofício.
Possivelmente, para o Governo, a cereja sobre o bolo, seria que o virús H5N1 (gripe das aves), eliminasse cerca de 600 000 reformados e afins e talvez o defície da despesa pública ficasse equilibrado.

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