Bayard Demaria Boiteux (1916 - 2004)

NA ESCOLA, TAL COMO NO MUNDO, TODOS SOMOS PROFESSORES E TODOS SOMOS ALUNOS.
(Faculdade Economia Porto)

quinta-feira, outubro 30, 2008

O Baile das Debutantes & do Arame Farpado

Avaliação do Desempenho, uma maldição defendida e recusada, por todos e no entanto a sua aceitação é da responsabilidade dos CEs (Fizeram inúmeras Propostas de Objectivos), dos CPs (que aceitaram, discutiram e aprovaram essas propostas, para além de decidirem introduzir mais uns rendilhados, tipo rendas de bilros - mais 10% aqui, dizia uma coordenadora de departamento, enquanto o represente de outro, para não ficar mal, visto subia a parada para os 25% e assim sucessivamente se foram ensarilhando num sudoku diabólico) e as AEs que as ractificaram.
Depois, decidiram aplicar o modelo aprovado e viram que não tinham capacidade de desatar os imbróglios que tinham construído.
Ou recusavam todo o processo desde o princípio.
Ou faziam de conta que estava tudo a decorrer dentro da normalidade do faz de conta.
Ou iam fazendo e ver por onde paravam as modas.
Ou simplificavam ao máximo os objectivos e deixavam de lado os adjectivos filosóficos e pomposos e encaravam o tempo de aplicação como algo próximo do infinito. Exemplo: manter e se possível melhorar os níveis de sucesso e de não abandono escolar: respndia ao lema da madame e do magalhães pinto de sousa e ao mesmo tempo repudiavam-se todos os processos.
Assim, a forma de complicar e depois desistir é, para o ME e o Governo, o bodo da campanha eleitoral: os professores não querem ser avaliados como os outros ou como eles fazem aos alunos, ganham balúrdios e não querem trabalhar; vai ser esta a mensagem a passar para a opinião pública e dar votos.
De facto todo o processo está inquinado, desde o princípio, quando saíu um ECD , estilo abelado e elaborado por um qualquer alveitar de pacilaina. Claro que só de pessoas achaboucadas ou achaquiadas podia ter nascido este disparate cheio de aibro: dividir o que não pode ser dividido, pelo menos, nos moldes actuais; depois uma forma de avaliação de desempenho, propensamente inviável, não devido aos seus fundamentosa, mas por via n! diplomas, quase todos confusos e contraditórios; finalmente, a questão da mobilidade (qualquer dia vamos ser obrigados, voluntariamente a ir para o Iraque).
Todo o Processo está inquinado desde a publicação do novo ECD do Continente, porque nos Açores a aceitação do respectivo ECD local foi negociado e é, nos tempos de hoje, pacífico e sem manifestações de contestação, porque não existe divisão entre professores e o processo de avaliação é não burocrático/filosófico, mas objectivo.
As manifestações vão ser ordeiras como manda o figurino e como nos foi ensinado?
Ao menos os Ocupas são mais originais.
Porque não desordenar e baralhar as acções de protesto, com tácticas desconexadas, para as forças policiais e ministeriais?

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