Bayard Demaria Boiteux (1916 - 2004)

NA ESCOLA, TAL COMO NO MUNDO, TODOS SOMOS PROFESSORES E TODOS SOMOS ALUNOS.
(Faculdade Economia Porto)

domingo, outubro 26, 2008

Os Apóstolos da Liturgia Social - A Política Universal do Reino do Compadrio

Portugal está em crise ou a crise já chegou a Portugal ou nunca estivemos em crise ou os sacrifícios pedidos, não passaram de meros sacrifácios sobre uma crise estrutural que existe desde o início da era dos descobrimentos? Para tantas questões, todas as respostas são quentes e boas, como as do souto da souzana. O Primeiro, afirma que em Portugal não existe crise, na educação, na saúde, nas pensões, na pobreza (absoluta ou relativa), etc. E o Fundo de Garantia posto à disposição do sistema bancário, principalmente BPN e BCP e afins, serve para ajudar a prevenir a crise internacional; é uma espécie de vacina contra o vírus da gripe especulativa financeira. É, segundo o líder faroleiro da europa do atlântico, uma forma de ajudar as famílias endividadas; pois,... Os Bancos com esta liquidez acrescida irão baixar o nível de juros dos empréstimos bancários, para aquisição de Habitação? Claro que, os Bancos e o Governo não são parvos, porque outros desígnios patrióticos se levantam mais alto: 1.º - Os Bancos, normalmente já se fazem pagar, em juros, num ano de 12 meses/mensalidades (no mínimo - até um máximo), o equivalente a um intervalo de 13,9 meses a 23, 7 meses. As Famílias portuguesas que se amanhem. 2.º - Os Bancos irão ter € a rodos e ganhar um bónus suplementar em juros, nos empréstimos que irão fazer às empresas de construção civil, detentoras do direito exclusivo para a edificação do aeroporto de Alcochete e do TGV e de vias rodoviárias e que por mera coincidência, têm nas respectivas administrações, ex-governates do PS e do PSD. Ou seja, o Governo paga a essas empresas, por intermédio dos Bancos, os custos das obras e, por ouro lado, paga legalmente, conforme consta dos cadernos de encargos celebrados e assinados, para já não falar nos miseráveis ordenados desses administradores da coisa pública. Por isso, não é de estranhar que as obras públicas sejam adjudicadas, sempre aos mesmos, que apresentam custos baixos e recebam, no final, o triplo ou mais do valor inicial: estamos perante um dos Paradoxos do circuito económico, da subfacturação inicial passa-se para uma sobrefacturação final. 3.º - Os Bancos, com a concordância e cumplicidade distraída do Governo, continuarão a investir especulativamente nos mercados financeiros de risco, através dos chamados paraísos fiscais. 4.º - Isto de transformar o pagamento de juros em rendas, vendendo e comprando a casa, perdendo o direito das amortizações, pode-se considerar como um agravamento da situação económica das famílias, já se si endividadas e com dificuldades no pagamento dos créditos, criando uma ilusão de paraíso consumista. Afinal de contas, os únicos beneficiários são os Bancos e as empresas de construção civil e, quiçá, do Governo que pretende ganhar votos para a maioria absoluta.
Avaliação do Desempenho:
Governo - Desterro para um dos muitos Gulags da Sibéria, por Competência Excelente na arte da governação da corrupção.
Administradores e Gestores dos Bancos - Desterro para as luxuosas vivendas do Bairro da Quinta do Mocho.
Administradores e Gestores das empresas que vivem à custa do Estado - Desterro para o Alasca, pode ser que sejam aceites pelos inuits.

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