O Estado de Israel
Finda a II Guerra, era necessário encontrar, fora da Europa, um local para reunir os judeus espoliados, exilados e vítimas do nazismo, para construírem um Estado próprio. Segundo, algumas organizações judaicas dos USA, três hipóteses foram consideradas, embora por razões de estratégia geopolítica, só a terceira foi encarada como a mais plausível:
1ª Compra de uma das ilhas do Arquipélago dos Açores
2ª Aquisição de uma região, a sul de Moçâmedes e de outra região Namibiana fronteiriça
3ª Ocupação de Terras Palestinas
Ora, esta última opção, previa a aquisição de terras aos árabes residentes, preços ditados pelas ameaça das armas terroristas do Irgun (ofereceu voluntários ao exército inglês contra o nazismo), do Haganna e do Lehi; (este último terá encetado uma série de ligações com os nazistas e de combate à ocupação inglesa) e o principal adversário político, desta opção, foi também o que mais lucrou, quando vendeu as respectivas propriedades e/ou de outros compatriotas (em relação a estes últimos, os preços das vendas nunca foram restituídas, na totalidade, aos seus legítimos proprietários).
Se o Estado de Israel existe, deve-o ao Mufti de Jerusalém que de dia incitava ao ódio contra os Judeus e de noite fazia negócios com eles e com os ingleses (potência ocupante).
Apesar da resolução da ONU, em 1947, ter consagrado o Estado de Israel (na sequência da declaração Balfour de 1917) e o Estado Palestino (opção nunca formalizada pela Comunidade Internacional), sobre terras ocupadas pela Inglaterra (sob a égide da ONU), é de realçar o facto de que a Jordânia, tal como o novíssimo Estado de Israel, se apropriaram, ilicitamente, de parte desses territórios, sem que houvesse qualquer tipo de protesto, por parte da comunidade internacional. Desta forma, o Estado Palestiniano ficou reduzido uma pequena parcela de terreno, inferior ao estabelecido pela ONU.
O actual Estado de Israel é o resultado de conquistas de guerra, que, aparentemente (excepção talvez resida na guerra do Yom Kippur…), foram desencadeadas por países árabes vizinhos. O resultado de cada uma das guerras, como que legitimou a ocupação sucessiva de terras e a retirada de Gaza (cercada), mais não foi do que o resultado de uma estratégia política e militar. Israel não pode viver sem a Guerra para sobreviver, mesmo que em cada acção pratique uma política de genocídio sobre populações civis, com o argumento de que, se ainda não o são, podem vir a ser futuros terroristas e minimizando o terrorismo de Estado. Mesmo o actual estado de guerra, não é mais do que fruto de uma estratégia político-partidária eleitoral.
Não existe qualquer inequívoca relação biunívoca entre o Estado de Israel e os Judeus que podem residir ou não nesse local.
A construção de um muro de segurança (?), faz lembrar a política do apartheid, da África do Sul, com a implantação de Bantustões e em que as zonas residenciais árabes ficam separadas de outras e/ou dos respectivos terrenos agrícolas ou de outros locais de trabalho ou até a simples ida ao médico ou a um hospital. De qualquer forma, a deslocação de um local para outro, tem a supervisão de Israel, através de revista corporal e a exibição de um passaporte (vendido por Israel) e um comprovativo (guia de marcha atestado pela autoridade militar israelita) de que tais intentos são verdadeiros.
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