Na violência doméstica estão sempre presentes duas condições básicas: Relações de Proximidade e/ou Relações Familiares. E as formas de violência podem ser de diversa ordem e de grau diferenciado (Físicas: como dar cabeçadas, socos no peito, empurrões pelas escadas, apertar o pescoço; socos e pontapés; Tentativas de homicídio…; Violação Sexual sobre cônjuge ou outros familiares, como a pedofilia ou o Incesto; Psicológicas: como gritos histéricos, ameaças com instrumentos passíveis de serem usados como armas, perseguição na rua, partir a mobília, atirar comida para o chão, praticar o sequestro, a humilhação, a difamação …; Diversas outras formas onde se pode incluir a Violência/Chantagem de cariz Económica e afirmação de Poder, em que valores, tradições, costumes, hábitos e crenças estão intimamente ligados à desigualdade sexual e que podem assumir díspares comportamentos, como o bater por bater, esconder frustrações profissionais (por exemplo: no desemprego do Homem, a mulher tem tendência a exercer uma violência psicológica, estilo mobbing, originando uma réplica de violência física); alcoolismo e/ou drogas e/ou medicamentos (Ansiolíticos, Tranquilizantes Hipnóticos, Antidepressivos; Internet…) ou potenciar o abandono dos ascendentes ou de descendentes doentes.
Em certa medida, em Portugal, também parece haver mulheres obrigadas a usar Burka: a cobrirem o corpo, cada vez que saem. Medo de saírem, como que estando na clandestinidade, escondidas em casas (privadas de solidariedade social) cuja morada permanece secreta (mesmo na desenvolvida Noruega o Estado controla 34 casas de refúgio, enquanto que em Portugal esse número é igual a zero), disfarçando a identidade, enquanto outras não conseguiram ainda encontrar lugar seguro onde se ocultarem e sofrem, todos os dias, em silêncio, o terror de uma agressão.
A violência doméstica é uma questão de cidadania, dos que vivem à margem da democracia, para quem o 25 de Abril nunca chegou.
As consequências adversas da violência familiar não estão confinadas à vítima do abuso; o próprio agressor pode sofrer as consequências do seu comportamento.
Na maioria dos casos, as mulheres que acabam por assassinar os maridos, fazem-no em resposta a um ataque imediato ou ameaça de ataque.
A violência doméstica é, também, prejudicial para familiares e outras pessoas que tentam intervir, pois podem, do mesmo modo, ser agredidas.
Até as crianças que assistem a actos de violência sofrem de distúrbios comportamentais e possuem menor capacidade de socialização do que as outras.
sábado, maio 02, 2009
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