SEMPRE entendemos o sindicalismo como um espaço, por excelência, de solidariedades. Por isso, entendemos que qualquer projecto sindical deve ramificar a partir deste tronco.
SOLIDARIEDADE ao nível interno, entre todos os elementos que compõem os seus órgãos directivos;
SOLIDARIEDADE para com todos os trabalhadores que abraçam esse projecto sindical;
SOLIDARIEDADE com todas as organizações sindicais de professores que perseguem os mesmos objectivos, designadamente no seio da FENPROF, a Federação que ajudámos a construir em 1983;
SOLIDARIEDADE para com outras organizações sindicais,que acreditem também em objectivos comuns, quaissejam os da emancipação e dignificação de todos os trabalhadores e do trabalho com direitos, de que, em Portugal, é expoente principal a CGTP-IN, que integramos activamente;
SOLIDARIEDADE com trabalhadores da educação (e não só) noutros países, com particular destaque para os representados na CPLP — Sindical de Educação e outros sindicatos filiados na Internacional de Educação;
SOLIDARIEDADE com o povo português na sua luta por uma vida melhor e por todos os povos do mundo que enfrentam a exploração e a exclusão provocada pela onda neoliberal que ainda fustiga os nossos dias.
A solidariedade a nível interno, começando pelos órgãos dirigentes do nosso Sindicato, assenta num princípio de respeito, e de valorização, das diversidades, das diferenças de opinião, que convoquem abertos e leais espaços de reflexão e discussão e que conduzam ao apuramento de opiniões maioritárias. Desconfiando SEMPRE de falsos unanimismos saberemos defender intransigentemente que cada opinião democraticamente trabalhada e encontrada deve ser seguida por todos, independentemente das suas próprias, e legítimas, posições de partida. Não se pode ser solidário sem respeitar os outros mas também não se pode ser solidário sem respeitar as decisões democráticas das maiorias.
E numa organização colectiva como a nossa, respeitar, em cada momento, as decisões da maioria, não significa abdicar das suas convicções, nem desistir de manter com os outros uma saudável tensão dialéctica em defesa das suas perspectivas e do que se considera o caminho mais justo, mas implica ser solidário nas decisões que as maiorias tomam no momento em que têm de ser tomadas.
Esta atitude, que nos distingue com clareza doutros grupos, existentes no interior do SPN, é uma límpida marca identitária do nosso projecto sindical, que saberemos preservar no futuro, colocando uma sólida cultura democrática ao serviço de todos os nossos posicionamentos, individuais e colectivos, assumindo, SEMPRE, a nossa co-responsabilização nas boas, como nas menos boas, decisões.
Só saberemos ser solidários com todos os professores que abraçam este projecto sindical se, antes de tudo, os conhecermos bem. Conhecer os seus problemas, os seus anseios, os seus próprios projectos, as suas necessidades, para os podermos efectivamente apoiar e integrar com naturalidade neste projecto sindical. Isso exige uma permanente inserção na vida das escolas, uma eficaz organização dos núcleos sindicais de base, com particular destaque para a eleição de delegados sindicais activos e capazes de estabelecer uma salutar relação entre as Direcções Sindicais e os núcleos de associados espalhados por toda a região.
Solidariedade também, e principalmente, inter-pares, rechaçando todas as medidas que visam dividir os professores
A nossa lista saberá fomentar climas de escola em que os professores cimentem a sua unidade, se preocupem uns com os outros, reafirmem a sua identidade profissional, se batam pela sua autonomia e encontrem nas relações de solidariedade o melhor lastro para o reforço da sua coesão profissional.
A solidariedade com outras organizações sindicais começa, ainda que aí não se esgote, no seio da FENPROF, a nossa Federação. Como sempre, olhamos os sindicatos que a compõem como sindicatos amigos, próximos e identificados com objectivos comuns. Respeitando sempre as diferenças idiossincráticas entre todos, as opiniões colectivas que deles emanem a cada momento, sabendo trabalhar para a construção de amplos e sólidos consensos, batendo-nos sempre para que prevaleçam as opiniões maioritárias sustentadas em decisões democraticamente tomadas, e procurando com o nosso empenhamento dar um contributo decisivo para as acções conjuntas e para o reforço da acção da nossa Federação.
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