Praticamente, durante cerca de 34 anos, esta urbe do Liz e do Lena passou por um longo marasmo cultural, apenas interrompido esporadicamente com actividades de índole mais de tendência político-partidária e menos de natureza puramente lúdica.
Desde que a Câmara mudou de cor partidária, tem-se vindo a assistir a um grande desenrolar de actividades no Teatro-cine.
Será que os residentes estarão preparados (por 85 anos de obscurantismo/censura cultural) para aderir a este fenómeno de mudança, por parte da nova vereação?
Helga (filme documental sobre todo o processo de criação, desde a fecundação até ao nascimento), nos idos da década de 60 superou todas as expectativas, de tal forma que o regime mandou todas as polícias para a rua, apesar de haver restrições legais de folklore anedótico lusitano (maiores de 25 anos ou casados com mais de 21 anos).
Depois do 25 de Abril de 1974, filmes de natureza mais erótica transformaram-se numa cultura de massas de zonas limítrofes, aos fins-de-semana.
Posteriormente a 1978, a cultura leiriense fechou-se à moda de um feudalismo populismo partidário.
No princípio, pode ser que estas iniciativas ainda sejam encaradas com algum cepticismo, esperando que a Câmara também não promova uma oferta em excesso que leve a uma saturação dos respectivos públicos.
Mas será que é para continuar ou apenas uma forma de o PS reforçar a votação eleitoral, para depois voltarmos novamente ao vazio?
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