A Fada do Lar... 1.ª Parte

Belisa Brenda Barbara, natural de arredores de Macutti, cidade de uma ex-colónia, sai de casa, algures no centro sul do rotavento marroquino, segundo o periódico Faro de Bigo, todos os dias antes das oito horas da manhã (só regressando por volta das vinte e uma horas e tal… da noite - Horas Extraordinárias gratuitas a favor da comunidade) de forma a ter tempo de tomar o pequeno-almoço com as colegas de trabalho da iusticia.

O (ex-)marido por ter ficado desempregado foi sujeito a uma continuada e humilhante agressão psicológica e foi despejado para casa de familiares (aceitou sair para evitar que os descendentes ficassem ainda mais traumatizados com as frequentes discussões iniciadas pela mãe madrasta).

Os filhos, sendo menores e sem qualquer supervisão, quer tenham ou não aulas ficam sempre perante uma situação delicada e muito típica em Portugal: o desenrascanço na solidão do lar, ou seja, Pequeno-almoço, normalmente é adiado para as calendas gregas, o enchimento do bandulho acontece durante o Almoço na cantina escolar (a aquisição de senhas depende do esquecimento ou não da mumy em disponibilizar os respectivos meios financeiros), a Merenda e a Ceia ficam dependentes do livre arbítrio da vontade de cada um deles, tendo em conta os inventários biológicos existentes em casa (a progenitora regressa ao lar doce lar quando as crianças já limparam o pó, fizeram as camas e já se encontram deitadas.

Um familiar dos piquenos lá lhes vai dando uns eurositos (para gastos pessoais); só que o chocolate não colmata a ausência de nutrientes essenciais à respectiva sobrevivência, para além do facto da querida madre se ir aproveitando de parte dessa espécie de mesada.

Aliás, em tempos a escola John Passos alertou a encarregada de educação para a existência de uma situação de subnutrição bastante acentuada.

Claro está que, a mensagem, por óbvias razões, caiu em saco roto.
Os 900 euros mensais são uma miséria franciscana que obviamente não dão para tudo.

A Comissão de Protecção de Menores da zona, alertada, por diversas vezes, continua a assobiar para o lado, porque:

Esta Madame, apesar de trabalhar a cerca de 90 metros do local de residência, prefere almoçar, merendar e cear (já não falando das pausas para os aperitivos do café da manhã e da tarde) chiqerrimamente com outras companhias que podem representar outras nuances mais interessantes.

Ela se considera que não veio a este mundo para ser fada do Lar

A Comissão de Protecção de Menores da zona, alertada, por diversas vezes, continua a assobiar para o lado e parece que denúncias do mesmo género poderão conduzir o delator a ter sabores amargos com a iusticia (difamação), porque:

Ela considera que não foi criada e educada colonialmente para ser fada do Lar.

Mas como a vida de jet-set a obriga a gastos pessoais bastante elevados, a madame contínua a tentar chantagear a família do ex-companheiro, para a incapacidade desta nanny do swing de sustentar minimamente, em termos de sobrevivência, esses adolescentes; isto é, 900 euros mais uns 400 talvez sejam suficientes..., embora a realidade se situe na mesma pasmaceira

O panorama saído de um filme das trevas, tem-se mantido inalterado, mesmo com o aumento do rendo.
A Comissão de Protecção de Menores da zona, alertada, por diversas vezes, continua a assobiar para o lado, principalmente porque um dos actuais amiguinhos da mumy, um bom cozinheiro de petiscos normativos tem desenvolvido uma acção eficaz na defesa dos interesses patrimoniais e pessoais da sua cliente:

Ela não veio a este mundo para ser fada do Lar…

O que ela gostava mesmo era de ser administradora/líder dos 15 000 euros que lhe eram depositados na mão todos meses e mesmo nessa altura, as sardinhas eram à medida e ao contado (princípio da Divisão e da Poupança).

Em famílias que tentam sobreviver, nos dias de hoje, com o salário mínimo, existem, em cima da mesa, ementas mais enriquecedoras do que as que ela dava e continua a dar aos filhos.

Apesar de tudo, os 15 000 quase que desapareciam, por milagre, ao fim dos 20 dias do mês seguinte... (Princípio das leis da termodinâmica na evaporação da matéria).

No fundo, Ela tem razão quando afirma que não veio a este mundo para ser fada do Lar…, e Deus continua a dar nozes a quem não tem dentes.