Bayard Demaria Boiteux (1916 - 2004)

NA ESCOLA, TAL COMO NO MUNDO, TODOS SOMOS PROFESSORES E TODOS SOMOS ALUNOS.
(Faculdade Economia Porto)

quarta-feira, maio 12, 2010

Hospital ou Recordação da Casa da Morte

Bento Castro (nome fictício para preservar a dignidade e a dor da família) idoso portador da doença de Alzheimer e uma do foro oncológico em fase inicial, em meados do ano de 2009, perdeu a consciência (por ano, acontecia-lhe passar por semelhante situação, ainda que momentâneas) de uma forma mais prolongada.
A família, de parcos recursos, decidiu chamar por ajuda ao 112; o médico e o enfermeiro tentaram reanimá-lo e establizá-lo de forma a poder ser transportado para uma unidade de saúde, Hospital Empresa, mais adequado à capacidade de resposta do doente.
Quando o INEM chegou à unidade Hospitalar, a família foi recebida friamente, pelo médico responsável da urgência, que declarou, por suposição implícita, a inevitabilidade da morte daquele doente, em termos de custos:
1 - Repreensão oral, com voz autoritária, aos socorrista do INEM, por terem ignorado ordens superiores, sobre o facto de que não deviam prestar auxílio de reanimação a pessoas com aqueles sintomas, porque seria um desperdício.
2 - Recusa em prestar cuidados de saúde que passavam pelo respectivo internamento.
A Família tinha de se desenrascar, com a devolução do doente ao seio familiar.

Passados alguns dias, sem capacidade financeira familiar para obter a necessária ajuda, o falecimento foi inevitável.

 

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