Nada parecida com o excelente romance de Somerset Maugham, mas de qualquer forma, podemos adaptar o título às incongruências medíocres comportamentais da generalidade dos professores.
1 - Quando foi publicada legislação sobre o novo ECD e o processo da ADD, o marasmo raiava a estratosfera e aos alertas dos sindicatos, a classe respondia com desprezo, com o facto dos sindicatos estarem a fazer um alarde desnecessário.
2 - No momento em que a legislação começou a ser aplicada e os calcanhares a serem mordidos, a exaltação ultrapassou os limites do bom-senso.
Fizeram-se manifestações e Sócrates teve medo, principalmente ao verificar que a sobrançaria lhe tinha feito perder a maioria absoluta.
3 - No princípio deste ano, a boneca da educação acalmou as hostes hostis dos professores quando assinou um acordo de princípios; mas como o mundo parece ter mudado, no´espaço de uma semana (!), o passado recente foi esquecido e ficámos na mesma:
(A). Divisão da Carreira
(B). ADD do disparate, mesmo em modo de simplex, entrou nos concursos, apesar de o TAF de Beja ter proferido sentença desconcertante para a Barbie e esta ter dito que era ilegal (ainda veremos os Tribunais serem tranformados em Plenários Políticos).
Mesmo assim, por via da acção da FENPROF (onde estavam os outros...) os TAFs e o Provedor de Justiça têm-se pronunciado a favor dos professores.
Como as eleições estão próximas, não se querem comprometer e estão quietos a ver a moda passar...
(C). Só no próximo ano lectivo acordarão da letargia para uma realidade desfazada dos seus lindos neurónios acomodistas.
4 - Medidas anti-crise que irão no futuro atingir os professores ainda não fazem mossa; depois a revolta tardia virará ilusão.
Os Professores estão-se borrifando para as misérias que pairam nesta sociedade, desde que também não sejam afectados.
Nessa altura, lembrar-se-ão de que existem sindicatos que serão os bode-expiatórios das actuais e respectivas indiferenças.
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