(Breve História do Saber – Charles Van Doren)
Quem é o político mais digno de Portugal?
Em tempos, alguém disse que raramente tinha dúvidas e nunca se enganava.
Actualmente, a virtude, parece pertencer segundo o próprio primeiro, àquele que faz por hábito as escolhas correctas, mesmo que uns dias depois passem à condição do talvez...
Aristóteles fala em escolhas de acção, por exemplo a impetuosidade, a dinâmica, as promessas vãs, etc., mesmo que saibamos os resultados desastrosos que tem pautado esta governação.
Este filósofo acrescenta que essas tais escolhas correctas pertencem aos Homens Bons e os Homens Bons são os que fazem as escolhas correctas.
Por outro lado, esta circularidade neste tipo de relação biunívoca, tem sido defendida por um tal de Sócrates que considera o facto de os portugueses que não votaram no PS não serem patrióticos, porque os Patriotas são os que acreditam neste falso Partido/Governo.
Nesta ordem de ideias, se alguém vive mal é porque merece (idosos; reformados de baixas pensões; RIS; desempregados; professores contratados até à eternidade; etc.).
Aristóteles designa esta ideia como a falácia do consequente.
Por sua vez, Platão reconhece que só deve governar, quem tiver sido sujeito a uma educação rigorosa (L'Ecole Nationale d'Administration) embora em Portugal a sapiência passe por outras vertentes, de índole mais soft (exames via fax; novas oportunidades; impedir raposas que sabotam o controlo da despesa pública; etc.).
Ora, Sócrates acrescenta que os portugueses terão de se contentarem, em termos de justiça da governação, com uma espécie de Mentira Real, que tem vindo a assombrar as nossas Souls, nos últimos tempos; para além disso, um tal dos Passos em Deriva também advoga esta irrealidade.
Por isso é que se considera que o tão propalado mérito não pode ser enquadrado na perspectiva das capacidades profissionais, mas do facto de essas pessoas sortudas pertencerem à Nomenklatura/Elite/Aristocracia Nobre do Partido que Governa, em detrimento das restantes (Na Índia a actividade que exerce determina a sua condição social – castas – e estas existem para identificar as pessoas e as actividades que podem e devem exercer).
No fundo, Os Iguais devem ser tratados como Iguais e os Desiguais como Desiguais.
Para Sócrates as igualdades, em termos de Direitos apenas servem para consubstanciar a ideia de que existe uma elite predestinada para a Gestão da coisa pública e o resto da populaça que se divide entre os esclarecidos (votantes servis do Governo) e os carentes de inteligência.
A igualdade não deve servir para justificar a existência de uma democracia directa, porque, segundo ele, nem todas as pessoas estão igualmente preparadas para governar.
Séneca nos tempos actuais seria sempre um potencial desempregado, um apátrida, porque a vida real, que temos representado é uma não verdade, uma autêntica tragédia grega.
Os disparates são tantos, não com o estilo de Santana Flopes, mas o suficiente para que até Plauto se sentisse marginalizado.
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