A Escola Secundária Sá de Miranda, em Braga, foi das primeiras a ser objecto de recauchutagem.
Espaço limitado, sofreu ampliações de novas construções, umas dentro do pátio interior e outra situada no lado norte e exterior (enquadramento aceitável, gosto algo duvidoso, embora seja funcional...).
Aliás, de todas as escolas de Braga foi talvez a que melhor soube aproveitar os espaços, nomeadamente quando teve como supervisor um arquitecto de nome consolidado na praça, enquanto que Os das outras escolas ainda se encontravam numa fase de consolidação da respectiva reputação no mercado.
No entanto, a actual direcção, com um estilo muito paternalista e centralizado, tem vindo a demonstrar uma total insensibilidade (resta saber o que já foi para o caixote do lixo), perante uma potencial valorização de todo um conjunto de vários espólios museológicos ligados às Ciências Experimentais e Cartografia/Geográficas, de fazer inveja a inúmeras instituições de renome internacional, na área da educação.
A Planta do arquitecto já contemplava a existência de espaços adequados para esses materiais (velharias segundo a Direcção... acrescentando que estarão em processo de inventariação e de reclassificação... (à demasiado tempo), guardados numa despensa/arrecadação sem qualquer preocupação de preservação ambiental...).
A postura dos últimas direcções deste antigo liceu de Braga contrasta com todo um conjunto de atitudes, assumidas anteriormente e veiculadas numa cultura de defesa do património histórico desta instituição, nomeadamente com importação de obras de grande valor cultural, por parte dos frades da Congregação do Espírito Santo e que de outro modo nunca seriam do conhecimento do Povo Português.
Não é de admirar que ao longo do século XX, tenha havido um reconhecimento dos valores patrimoniais científicos que o Liceu foi acumulando, por herança do antigo colégio ou por formação dos respectivos funcionários.
Dentro desta lógica, nos idos anos quarenta, um funcionário adstrito aos laboratórios de Física e de Química tinha fama de ser um conhecedor profundo das matérias leccionadas, de tal forma que alunos, de outros estabelecimentos de ensino, recorriam às suas explicações como forma de enfrentarem, com confiança, os exames nacionais do 5º e 7º anos.
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