Bayard Demaria Boiteux (1916 - 2004)

NA ESCOLA, TAL COMO NO MUNDO, TODOS SOMOS PROFESSORES E TODOS SOMOS ALUNOS.
(Faculdade Economia Porto)

segunda-feira, agosto 15, 2011

Mexia, Mechias, Meshilhão...

Algures no deserto do Xurês do ano de 2009, um infortunado indígena resolve aderir à onda do gás estufa e como primeiro vendedor monopolista aparece o Sr. Meshias que promete tudo, neste e no outro mundo (parece que havendo vida depois da morte, os prémios de produtividade dos Administradores são eternos).
Subcontrata um subcontrateiro que tem outros subcontrados para a realização de determinados serviços, como a construção de uma caixa geral de fornecimento do precioso límpido gasoso e usa de um lado o encaixe de uma parede/muro e do outro uma portinhola de papel plastificado.
Uns cientistas noturnos do H2O resolvem levar a porta como recuerdo, ao bom estilo de um tal sucateiro da ovarense relativamente aos carris de uns camboios do museu.
O consumidor é notificado para proceder às devidas reparações sob pena de sofrer um corte geral.
Protesta sem resultado.
Resolve colocar uma porta blindada e guarda as chaves.
Um dia recebe a visita de um sicário da empresa que fornece a gasosa, acompanhado de uma companhia de mamutes da Guarda Republica Iraquiana, armados até aos dentes, como se estivessem numa acção humanitária no corno da Europa do Ninho da Águia, reclamando a posse das chaves e exigindo o pagamento de várias coimas por ter infringido várias disposições legais.
O utente era responsável pelas reparações e respectivos custos, mas teria de cingir-se aos procedimentos legais previstos:
1º - Notificar a EdBurkina... de que iria proceder a obras de reparação.
2º - Esperar que a EdBurkina... o contatasse e lhe fornecesse uma lista de empresas subcontratadas, as únicas que poderiam proceder a tão sensível tarefa (os amigos e compadres servem só para  apanharem as canas?).
3º - O Utente apenas podia colocar uma porta devidamente certificada pela Entidade fornecedora da gaseificação do produto, ou seja com as características de plástico de papel.
4º - A lei não reconhece legitimidade ao Consumidor para se abarbatar com a posse das chaves.
5º - O Tosco teve ainda de pagar, por antecipação, o valor de todas as obras de reposição da legalidade.
Para além disso, a EdBurkina ainda lhe cortou o fornecimento do serviço.
Teria ainda de iniciar todo o processo de pedido de fornecimento do serviço e apresentar um pedido formal de desculpas por ter ousado faltar ao respeito à Ed  Burkina, na pessoa do Dr. Eng. Merxes.
O aborígene com aspecto de tacanho, mas com uma capacidade assinalável na arte do desenrasque adquirido nos fundilhos de uma Fundeville  gaulesa, foi obrigado a apresentar todas as facturas, compra da porta, da fechadura com as duas chaves e da mão-de-obra executada, mas nunca denunciou o facto de possuir uma outra chave suplementar.
Já lá vão 2 longos anos e a EdBurkina nem sequer respondeu à nova pretensão (longa lista de espera...), nem substituiu a porta de ferro por outra (parece que os € caíram no fundo de pensões de sobrevivência da Administração).
Mas o Tuga-esperto continua a usufruir de um serviço oficialmente cortado mas agora gratuitamente
Estamos perante uma empresa pronta a ser comprada pelos amigos baianos e com a bênção das dois triunviratos, o externo e o interno. 

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