No Princípio era o Verbo depois tivemos o Lápis Azul e finalmente aparece o Amputador...
Desamores de Professores em Crise de Puberdade...
A princípio eram Alohas para o Nuno Crato, Loas para o Nuno Crato, Apologias para o Nuno Crato, Louvores para o Nuno Crato e Elogios para o Nuno Crato, enquanto se cantavam Lérias para o Santana Castilho ou Arengas para o Santana Castilho, etc.
D. Nuno Crato era o D. Sebastião, uma espécie de fénix, o deus fálico da sabedoria, levando estampado no rosto a runa de uma especie de sociedade thule para a mudança volk.
Santana Castilho de símbolo de resistência à saga socratina da educação, agora ascendeu ao papel de um judas oportunista que teve um rumo sem história em tempos passados, um pedante saloio à procura por um poiso governamental!!!
Nos entretantos, o Censor das novas consciências, com um ar de senador imperial, com a mania de ser um julius pretor, ia preparando a sua senda na espera pelo desbravar da implosão do sistema educacional, juntamente com os seus vassalos, uma espécie de servos da gleba; enfim o nosso lider aparecia como um Jünger que pretendia ir dedilhando as letras no seu In Stahlgewittern Tuga.
Mas a espera foi-se eternizando em torno da deixa do outro, papai ainda não sou adjunto, e quando o plano inclinado virou para o lado errado, as reservas gaseificadas estoiraram em forma de borbulhas silenciosas no milieu, mas escritas em estilo de um mein kampf revisitado à moda de um Tajo de Albarracín de abajo.
Depois o caldo da burra entornou, ultrapassando o escano do pisão com o fato da estória da história passar para as mãos enluvadas dos gatos pingados.
O Ministro, de heroi passou a vilão quando, nos primórdios da nova aragem, o mau da fita era o outro, embora o enredo agora já tenha passado para as charnecas do esquecimento e só por cima de um cadáver adiado.
Os Outros, os apoiantes de Santana Castilho, depois do leite derramado e perante o aumento do desespero de professores sem trabalho, em vez de fazerem força contra esta situação, tornaram-se fundamentalistas do Governo, ao incentivarem os descontentes a emigrarem para o Klondike africano, onde o pote de ouro do arco-íris estará à disposição dos mais audazes, como se ainda fosse uma colónia de Portugal, onde uns brancos continuariam a explorar o preto...
Nuno Crato já não tem as simpatias iniciais porque não soube distribuir os méritos e Santana Castilho passou a ser ostracizado, como se as suas análises atualmente só atrapalhassem quem o apoiou e que agora tem um tachino a defender.
Uma vergonha triste...
Por isso mesmo é que podemos considerar que os fundamentalismos não são mais do que resultado de células neurais em curto circuito ainda não regeneradas e que depois geram disparates inexplicáveis...
Se as coisas/entendimentos/acordos beneficiam os professores (quais professores: todos ou só contratados ou só alguns, consoante os interesses em jogo), então os méritos devem-se à ação de uns que souberam lutar contra a inércia dos Sindicatos; mas se correm mal, a culpa vai inteirinha para os dirigentes sindicais, filiados e em última instância para os próprios sindicatos que deviam ter sido implodidos.
O Egocentrismo de alguns desfez qualquer hipótese de união de uma classe que sempre foi desunida e que MLR conseguiu o milagre da unidade...
No entanto, todas as conquistas tiveram nos Sindicatos os verdadeiros vencedores que conseguiram obter:
1 - Um ECD, ainda que revisto, não totalmente liberal
2 - Fim da divisão das carreiras entre Professores e Titulares
3 - Princípio de vinculação de antigos professores contratados que Governo de Sócrates tentou anular e que o atual governo decidiu implementar.
4 - Direito ao subsídio de desemprego
5 - Colocação de Professores DCE e DACL que inicialmente não tinham colocação neste ano letivo.
6 - etc.
É pena que esses alguns professores tenham amnésia e falta de honra, porque deviam ter recusado, por um princípio de ética, beneficiar da ação de associações que tanto desprezam.
Um comentário:
Parece ser um Cosido à Portuguesa com todos?
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