Bayard Demaria Boiteux (1916 - 2004)

NA ESCOLA, TAL COMO NO MUNDO, TODOS SOMOS PROFESSORES E TODOS SOMOS ALUNOS.
(Faculdade Economia Porto)

quinta-feira, julho 12, 2012

Nuno Crato em Plano Obtuso...?

Nuno Crato parece ser um econometrista sem azimute, deve ter no ISEG em TTP I/II (teoria e técnicas de planeamento) uma classificação muito basista, porque pensa e diz que pretende alcançar o sucesso educativo, de uma forma sustentada e no entanto, o meio como estabeleceu e modificou as metas curriculares é que nos parece haver pouca lucidez, porque existe uma certa contradição entre os normativos e o actual conteúdo dos programas de matemática.

Segundo alguns especialistas, autores do programa de Matemática para o ensino básico, em declarações ao jornal Público, as metas  que são propostas referem-se a um novo programa muito distinto do programa actual tanto na sua estrutura lógica global como em aspectos importantes dos conteúdos matemáticos.

Acrescentam ainda que, criticam o muito espartilhado e fragmentado das propostas, reduzindo a margem de autonomia dos professores e prejudicando a aprendizagem matemática integrada e articulada. Lamentam a introdução de conceitos totalmente desadequados aos anos e a exclusão indevida de conceitos que constam no actual programa, bem como a introdução de conteúdos que não estão previstos no programa, na medida em que, as metas não promovem a compreensão, o cálculo mental, o raciocínio e a comunicação matemática.

Por outro lado, a presidente da APM, uma espécie de concorrência da SPM, vem também afirmar que parece ter havido este ano o propósito de elaborar provas com determinados objectivos, porque existiam várias questões onde era muito fácil os alunos enganarem-se, mesmo que as soubessem resolver.
Talvez possamos compreender que o ministro foi implodido pela máquina do MEC, ao integrar-se no contexto dos diversos interesses partidários existentes.

Por um lado, o Ministro (o outro, o ego que está na oposição político partidária) mostra-se pesaroso pelos maus resultados e afirma que é preciso fazer uma aposta de reforço das competências dos alunos e, por outro lado, as metas curriculares propostas, pelo Ministro (o que ocupa o pasta da educação) parecem desarticuladas dos programas existentes, retirando autonomia aos professores, que pretendiam adequar o processo de ensino, às especificações dos ritmos de aprendizagem dos alunos.

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