Bayard Demaria Boiteux (1916 - 2004)

NA ESCOLA, TAL COMO NO MUNDO, TODOS SOMOS PROFESSORES E TODOS SOMOS ALUNOS.
(Faculdade Economia Porto)

sexta-feira, julho 20, 2012

Nuno Crato: Um Iluminado Esclarecido ou a Educação dos Mil Anos...

Não foi acaso que este conjunto de procedimentos se foram sucedendo:
  1. DCE em Maio
  2. Decreto-Lei  268/2012 que regulamenta o alargamento da escolaridade obrigatória
  3. Decreto-Lei n.º 132/2012 de 27 de junho sobre a seleção, recrutamento e mobilidade dos professores
  4. Aviso n.º 9653-A/2012 sobre a abertura de concurso de mobilidade interna
As Ameaças sobre os Directores, de forma a criar na opinião pública a ideia de que havia excesso de professores e que as turmas tinham poucos alunos e que devia haver uma concentração de currículos.

Será que as disposições normativas saídas ontem, (aparentemente) desfazem o que parece ter sido arquitectado à balda?
Porque na verdade, ainda existe a obrigatoriedade dos QE e QZP continuarem a concorrer para DACL.
Na realidade, o MEC quis criar uma situação de grandes indefinições nos percursos escolares dos jovens e respectivas famílias.
Perante estas realidades, os jovens optaram por se inscreverem em diferentes estabelecimentos de ensino, por exemplo, pelas escolas profissionais e por colégios privados de propinas irrisórias.
Por outro lado, na ausência de determinados currículos em algumas escolas, os alunos sentindo-se perdidos, optaram pelas escolas que tinham opções, mais aproximadas às respectivas expectativas.

As matrículas já se realizaram, mas se as escolas ainda têm liberdade para responder às anteriores ansiedades dos jovens, como é que os vão recuperar?
Raptos?
Subornos?
Chantagem
Os professores que regressarem, à escola de origem (tendo em conta a graduação profissional ou as simpatias dos chefes?), por decisão dos directores, até 26 de Julho,  irão fazer papel de babysitter, para apoio e acompanhamento de alunos, passeios turísticos, aventuras radicais ou psicólogos desencartados.

Depois, o MEC irá responder que efectivamente sempre tinha tido razão, que se não existem alunos suficientes, para a constituição de turmas, em mais cursos, também este país, em crise profunda, não se pode dar ao luxo de pagar pelo excesso de professores.



2 comentários:

Anônimo disse...

Olá. Bom dia.

Isto de vinculação extraordinária de contratados neste ano, quando nem todos concorrem nas mesmas condições, ou seja, quando alguns são reconduzidos e outros não (muitas vezes por simplesmente terem desaparecido horários), geraria uma iniquidade enorme. Sou, evidentemente, 100% a favor da efectivação dos contratados, aliás, sou um dos que sofrem há mais de 10 anos com o facto de ser um mero contratado. Mas, normalmente e logicamente o momento para efectivar é sempre aquando dos concursos nacionais para todos, só nessa altura é que todos concorrem em igualdade de condições. Bem sabemos que para o governo do Relvas igualdade de condições não é para respeitar, mas esta iniquidade deve ser denunciada, pode gerar enormes injustiças. A vinculação é necessária como o pão para a boca, mas os professores contratados não devem querer obtê-la à custa de uma luta fraticida, com desigualdades e injustiças tremendas, como se os professores fossem inimigos uns dos outros e estivessem dispostos s pisar na cabeça dos colegas que tiveram o azar de ficar numa escola em que o horário desapareceu. Os colegas estão tão centrados na questão de acreditarem ou não da possibilidade de vinculação que NEM REPARAM NA INIQUIDADE que uma vinculação ESTE ano, quando nem todos concorrem nas mesmas condições, geraria! Se fosse para vincular agora e não no próximo ano deveria haver este ano um concurso geral igual para todos, o que não se verifica.

Abraço e felicidades.

J.

Capitão de Rebordelo disse...

Quando houver concursos nacionais, a concorrência será desmesurada, porque os do QE/QA em DCE ocuparão a 1ª prioridade, depois os professores do quadro de colégios, passarão a ser uma espécie de 2ª prioridade e finalmente muitos dos contratos dos privados quererão, igualmente, uma fatia do bolo.
Injustiças, na colocação de professores ou no processo de efectivação, já existem há mais de 60 anos.
Não foi por amor que as Regentes Escolares vieram ocupar o lugar de professores do quadro.
Os Contratados, a partir de hoje, estarão sempre tramados.
Hoje os Contratados e amanhã os de QE/QA.