Depois do discurso do 10 de Junho, a retaliação do Governo seria mais que evidente.
O jornal Expresso publica na edição de hoje a contestação à acção governamental:
Em carta aberta dirigida ao primeiro-ministro, o
reitor António Sampaio da Nóvoa começa por afirmar que foi com enorme
surpresa" que a FUL tomou conhecimento" do relatório, através da
comunicação social, para em seguida enumerar alguns dos dados que
denuncia como errados e para contestar vários dos parâmetros avaliados.
António Sampaio da Nóvoa nega que o valor de
12.617.733 euros corresponda ao total de apoios financeiros recebidos: A FUL recebeu efectivamente zero euros, escreve.
A verba referida,
diz, resulta na verdade "de candidaturas a projectos de investigação
nacionais e internacionais".
Em relação, por exemplo, à caracterização do valor
patrimonial inicial da FUL, o reitor afirma que o relatório refere zero
euros quando, na verdade corresponde a 12.500 euros. Na carta
acrescenta que o valor do património em 2010, identificado como 14.470
euros, está também errado: "corresponde a 949.464 euros".
Fundação não se revê na avaliação recebida
Contestando várias das pontuações zero recebidas,
nomeadamente nos critérios "pertinência/relevância", "previsão de
reversão do património, em caso de extinção" e "alinhamento das
principais actividades desenvolvidas no triénio 2008/2010", o reitor da
Universidade de Lisboa considera que menos ainda se pode aceitar a
pontuação de zero na 'nomeação dos membros do órgão de administração já
que este é composto por membros da própria Universidade de Lisboa, não
auferindo qualquer remuneração ou suplemento remuneratório.
António Sampaio da Nóvoa termina dizendo que a FUL
não se revê minimamente na avaliação que foi realizada e na pontuação
final obtida e solicita a "reponderação da avaliação", de modo a serem
minimizados "os prejuízos causados à imagem da Fundação e da própria
Universidade de Lisboa.
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