O MEC com estas medidas avulsas e sem coerência, apenas pretende atirar borda fora do sistema os professores QE/QA/QZP, mesmo que transitoriamente, os professores contratados sejam as primeiras vítimas.
Pensamos que os Contratados ainda não compreenderam que são mais baratos e trabalham mais horas, uma honra para os liberais, porque têm uma redução na despesa primária.
Dentro de 2 anos, muitos QE/QA/QZP serão obrigados a concorrerem para mobilidade especial e perante a conjugação de inúmeras pressões emocionais, talvez a maior parte se veja obrigado a optar pela reforma antecipada, com a consequente sanção sobre vencimentos.
Depois, o processo ir-se-á inverter, com diminuição do número de alunos por turma e a necessidade de encontrar professores baratinhos, estes ou outros contratados...
Um comentário:
Mas, ainda alguém tem dúvidas?
Somos mais de 100000 professores efectivos, a acrescentar quase 35000 contratados, o que para Crato e Gaspar (que só vêm números) equivale a muito desperdício de dinheiro. Sim, porque tudo gira à volta da despesa que o MEC representa no Orçamento Geral do Estado.
Ora, a forma encontrada para diminuir a despesa é cortar no número de professores a contratar e estancar os que são DACL`s (ou remetendo-os para uma mobilidade especial ou obrigando-os, no próximo ano, a concorrerem para mais longe)...
Ainda por cima, nos estudos da OCDE continuamos a ter uma média de alunos por professor abaixo de muitos outros países desenvolvidos, pelo que está tudo dito. Só não vê isto quem não quer...
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