Bayard Demaria Boiteux (1916 - 2004)

NA ESCOLA, TAL COMO NO MUNDO, TODOS SOMOS PROFESSORES E TODOS SOMOS ALUNOS.
(Faculdade Economia Porto)

segunda-feira, abril 09, 2007

A Necessidades Educativas Especiais para a Ministra do Burkina Faso da Mongólia do Atlântico dos Fundilhos

Existe um professor (um labrego?) explorador das ignorâncias alheias e sabotador do espirito educativo do xuxualismo liberal (protesta demasiado) que tem numa disciplina, no 10º ano de um curso profissional, na escola secundária do Bairro da Aldeia dos Macacos, sito em Braga, com um aluno Asperger (variante de Autismo). Ele foi sinalizado, em devido tempo, com conhecimento à DREN. Não tem professores do ensino especial em acompanhamento, nem um professor de ensino mais personalizado (currículo normal). Este aluno , andou, uns tempos, num psicólogo, particular (com resultados positivos), coincidindo no tempo, com o 2.º tempo e último de um determinado dia; o professor dessa disciplina mostrou-se disponível para facilitar a vida ao aluno. A douta DREN manda proibição total de o aluno se ausentar. Se existem problemas, os professores que os resolvam. Em anos anteriores, havia, em média, cerca de 40 alunos com diversos handicaps e tinham 6 professores especializados em ensino especial. Hoje estão identificados 32 alunos e 4 professores do ensino especial, a full time e um outro (não especializado em ensino especial, embora afecto a ele) que dá apoio em mais 4 escolas. É preciso poupar.
Hoje vem a Ministra dar uma senteça a puxar para o disparate, sobre o ensino especial, conjuntamente com a banha da cobra que o Secretário de Estado tentou vender, pelas 10h45m, na Antena 1.

5 comentários:

Anônimo disse...

Então mas esse aluno, não tem um Currículo Alternativo??? Geralmente, alunos com esse tipo de síndrome está abrangido por medidas de Regime Educativo Especial!
E o pior, é a DREN proibir isto ou aquilo ... afinal de contas, as Escolas têm autonomia para isso, assim como os Encarregados de Educação ...
Estranho, esse episódio/situação ...

Armando Nina disse...

Não, nem é autorizado. Os professores apenas podem perspectivar objectivos mínimos. Na prática, a avaliação assenta na postura e interesse do aluno na aula e em fichas de avaliação com questão de resposta múltipla, de forma que o acertar das respostas correctas coincida com o preenchimento de um qualquer totoloto.

Anônimo disse...

Objectivos mínimos ... isso até já nem se usa. De qualquer modo, entendo a ideia perfeitamente e ... desculpa-me lá a perguntinha, a DREN aplica essa política apenas à vossa Escola ou a todas as da região? E por que raio (desculpa o termo) intervém de modo tão directo??? Os professores, por si, não conseguiram?
Bom, convém salvaguardar que o síndrome de Asperger não implica um comprometimento cognitivo. Daí, não necessitar de Currículo Alternativo. Contudo, é obrigação da Escola e de todos, promover e criar as condições para que o seu desenvolvimento se dê nas melhores condições possíveis, logo, parece-me que algo falha aí redondamente, já que não lhe foi facilitada a ida ao psicólogo. E logo estas pessoas que têm geralmente "dificuldades" ao nível da interacção.
Essa situação é um contra senso ... O aluno ora precisa e tem objectivos mínimos ora não precisa e não pode ir a consultas. E é portador de um síndrome bem conhecido pelo que ... qualquer órgão de gestão de bom senso facilitaria todo o apoio ao jovem ... Enfim! Não é só a Sinistra ... Ai não é não!

Armando Nina disse...

Se a DREN (e por conseguinte a CAE) não autorizam e proibem, a ESAS, oficialmente, nada pode fazer; por vezes, fecha os olhos, a algumas situações menos claras.
À bocado, esqueci-me de referir uma outra situação: se o Pai/Mãe viesse buscar o aluno, a norma podia ser contornada, mas nenhum deles se dispôs a isso, embora, tenham já culpado a ESAS por eventuais danos sobre o seu educando.
A politica da DREN parece ser geral para todas as escolas, visto que, parece haver um plafond de alunos/escola que pode ser objecto de apoio.
Relativamente ao conteúdo da postagem, quero rectificar que, existe 1 professor normal com especialização em ensino especial e 4 técnicos de ensino especial (embora um deles tivesse sido professor normal, mas não tendo a especialização devida).
Moi, tenho 2 alunos Surdos-mudo e só tenho conhecimentos muito rudimentares em linguagem gestual; há cerca de 5 anos, vi-me obrigado a TRADUZIR o livro adoptado de Introdução ao Direito de 12.º ano, para uma linguagem muito básica, de forma que uma aluna Surda-muda, pudesse compreender a matéria.
Outros professores passam por situações idênticas e têm de se desenvicilharem-se.

Anônimo disse...

Capitão, não por estar na moda, mas ... alguém já pensou em reportar a situação da vossa Escola? Considero aquilo que contas muito grave... Deve ser alvo de análise por mais pessoas pois, trata-se da vida de crianças e jovens numa idade fundamental para qualquer um quanto mais se necessitam e têm direito a determinadas condições. Os professores do Ensino Regular, por mais bem intencionados que sejam, não podem colmatar determinadas falhas.
Ofereço-me desde já para ajudar no que puder e se for considerado pertinente.
Um abraço solidário,
M.