Bayard Demaria Boiteux (1916 - 2004)

NA ESCOLA, TAL COMO NO MUNDO, TODOS SOMOS PROFESSORES E TODOS SOMOS ALUNOS.
(Faculdade Economia Porto)

terça-feira, março 23, 2010

Professores & professores

Um dos aspectos mais descurados pelos professores, sindicatos e outros movimentos sociais educacionais refere-se ao facto de haver diferenciação entre professores que têm aulas em cursos de prosseguimento de estudos e professores que leccionam cursos profissionais, CEFs ou EFAs.
Na verdade, os Primeiros podem faltar, por quantos dias desejarem por qualquer motivo (justificação legal) e terminarão oficialmente as respectivas obrigações lectivas, nas datas previstas pela Tutela.
Os Outros, mesmo que faltem apenas cinco ou vinte dias, terão de as justificar legalmente, com as devidas penalizações (tal como os Primeiros) e mesmo assim terão de repor essas aulas de ausência, mesmo que com prejuízo do próprio.
Mas, a discriminação ainda é maior, no que concerne ao facto de que se um determinado aluno faltar a um certo número de aulas, ser obrigação do professor leccionar essas aulas suplementares, para que o aluno possa ter direito a frequência de estágio e aprovação final.
As pessoas interiorizaram este comodismo de submissão que raramente reparam em determinadas situações de injustiça e o ME, via POPH e outros organismos complementares, determinam a assimetria de Direitos e Deveres entre Docentes, sabendo de antemão que eles não reagirão.
Tem de haver um equilíbrio entre interesses dos professores e dos alunos para evitar que apareçam situações desequilibradoras dos ambientes escolares.
É verdade que as actuais direcções já podem proceder à imediata substituição de professores ausentes ao fim de cinco dias, mas não o fazem, porque a Tutela desaconselha tais procedimentos (invocando uma aparente norma que estabelece um período de 30 dias para se proceder à tal substituição), em nome das restrições da despesa primária.

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