Prova bastante acessível, apenas destoando o 5º Grupo de natureza de desenvolvimento dos conteúdos, porque exigia um grau de concentração para os conteúdos lecionados agora e outros mais de cultura geral, nomeadamente:
Questão 2 em que o aluno necessitava de ter uma visão geral de todo o território português e compará-la com o de outra região, mas a uma escala mais reduzida, como o Pinhal Interior; uma questão posta, em termos estúpidos.
Nas Questões 3 e 4 a maioria dos alunos talvez conseguisse localizar a península Escandinávia, mas agora comparar os problemas dela, com as da nossa península ibérica, em termos de densidade populacional, possivelmente exigisse uma certa capacidade de interdisciplinaridade cultural; ou seja, algo que, numa prova bastante stressante se podia apresentar como um escolho, estilo minas e armadilhas.
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3 comentários:
A questão não se prende com ser fácil ou difícil, mas sim com a qualidade da mesma (neste caso com a sua falta de qualidade). O exame não reflecte o programa, nem tão pouco o que é leccionado nas aulas. No 10º ano, perde-se 3 meses com a população (o que é que saíu? - R: NADA; a seguir demora quinze dias com formações rochosas (o que é que saíu? R: Nada); mais uma semana c/radiação solar e novamente a pergunta: o que é que saíu no exame? (R: Nada); hidrografia 1 mês (R: Grupo I - 5 x 5 pontos = 25 pontos, sendo que a primeira pergunta não faz parte do programa - que eu saiba os alunos não têm que saber o nome das serras de Portugal no 10º e 11º ano - uma coisa é cultura geral, outra coisa é questionar se sabe o conteúdo programático elaborado pelo próprio ME - coitado do aluno aluno que não sabe onde fica a Peneda-Gerês, agora a serra Amarela como opção à serra de Marvão, tenho dúvidas - é quase como perguntar aos alunos pelas pedras "parideiras", na serra da Freita. A seguir, no 10º ano acabamos, quando conseguimos, com o Mar/recurso marítimos (grupo II)... e aqui a "porca torçe o rabo"... qualquer semelhança com um código de estrada é pura coincidência... DIZER QUE A AQUICULTURA AUMENTA A PRODUÇÃO DE EFLUENTES... É QUALQUER COISA DE TRANSCENDENTAL. Os peixes de aquicultura crescem em efluentes/esgotos? Importam-se de repetir? a resposta correcta era "... e o aumento de efluentes". Mas que efluentes? O controlo da qualidade da água é essencial para desenvolver a aquicultura, para evitar epidemias e outros males... vê-se claramente que o grupo responsável pela elaboração/selecção destas alíneas domina "perfeitamente" esta matéria. E mais ... para que conste nenhuma aquicultura produz efluentes ou as respectivas águas têm que ir para ETARs...moral da história (ou também será estória?) não há nenhuma alínea correcta nesta pergunta. Na pergunta 2 do mesmo grupo, consta:
A aquicultura contribui para a gestão racional dos recursos piscatórios, uma vez que:
duas alíneas incorrectas, (dependendo da versão) e depois duas alíneas correctas... e agora?
- x) permite a preservação dos stocks de espécies piscícolas em perigo de extinção (ok, correcto)
- y) impede a captura de espécies piscícolas por artes de pesca ilegais (exemplo foleiro, pois a ideia subjacente está correcta). Foleiro porque "impedir", só mesmo as autoridades/polícia marítima, mas que desincentiva à pesca ilegal, desincentiva, pois o preço unitário do peixe fica mais barato, não compensando a pesca, ainda que ilegal. Mas sim senhora, aqui dou a braço a torcer, porque só há uma correcta, apesar do exemplo foleiro, agora na primeira pergunta do grupo I, tenham paciência, pois não há uma única resposta correcta. Fácil, eu chamo a isto falta de qualidade.
Grupo V - é ESCANDALOSO, como este grupo aparece aqui (vejam-se as orientações Gave 2013 ( http://www.gave.min-edu.pt/np3content/?newsId=477&fileName=IE_EX_GeoA719_2013.pdf )Onde é que isto consta? e especialmente a pergunta 3 e 4 (30 pontos) e por útimo a cerja em coma do bolo... GRUPO III, 5º pergunta (5 pontos)
A posição hierárquica das cidades europeias avalia-se através de indicadores como, por exemplo,
a) o número de habitantes com rendimentos muito elevados e o número de equipas de futebol de 1ª Liga.
b)a presença de sedes de multinacionais e o número de feiras e de exposições internacionais.
c) a presença de sedes de multinacionais e o número de equipas de futebol de 1ª Liga.
d)o número de habitantes com rendimentos muito elevados e o número de feiras e de exposições internacionais.
... pergunto-me se é para isto que ando a preparar os meus alunos durante dois anos?... ´Fácil ou difícil, essa é uma falsa questão. A verdade é que este exame não tem qualidade, não traduz o que um professor faz com os seus alunos dentro da sala de aula e não reflecte o programa. Considero que ofende o bom nome da nossa classe, enquanto Geógrafo.
O fácil e difícil está no que é perceptível ou não, para alunos que têm uma cultura geral não muito elevada, em termos de intuição ou perspicácia, perante as ambiguidades dos referenciais.
Esses conteudos que refere foram, por coincidência, abordados de forma ligeira, em algumas escolas privadas, enquanto que a distribuição orográfica de Portugal e a identificação e características gerais dos 27 países da UE, foram temas exaustivamente lecionados (?).
serra Amarela ou serra do Carvalho ou outra qualquer, apenas serviria para baralhar alunos que pensam e pensam demais, que têm dúvidas, que questionam o mundo, na sua globalidade, etc.
O exame não refletia as matérias lecionadas.
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