Durante a campanha eleitoral, Passos Coelho criticou a existência dos CNOs enquanto sorvedouros de dinheiros públicos e construtor de aldrabices educacionais com atribuição de diplomas sem consistência, ou seja, o actual Chefe afirmava-se contra uma massificação de títulos académicos que não correspondiam à realidade educacional dos formandos.
Agora, resolveu agir em conformidade e encontra-se em curso um processo de privatização total desses centros de perdição, com despedimento de funcionários administrativos, de formadores e de serviços complementares de apoio (despedimento.. não, mas apenas não renovação dos contratos...).
Na verdade, os vícios perniciosos, de obtenção de um diploma depois do prazo de matrícula durar apenas 30 dias, eram apanágio de instituições privadas (estaremos perante uma progressão geométrica semelhante à reprodução mensal de casais de coelhos?), enquanto que, na generalidade das escolas públicas tais processos demoravam cerca de 18 meses.
E Passos Coelho quer poupar dinheiro (!!!), talvez à escola pública e dinamizar as empresas privadas mais dinâmicas em termos de subsídio-dependentes partidário.
Uma Mão lava mais branco a Outra.
Uma Mão lava mais branco a Outra.
O Governo irá continuar a subsidiar tais formandos de vão-de-escada e os centros de formação privados, nos mesmos moldes do antigamente (na escola pública o Ministério recusava aceitar a existência de Custos Operacionais inerentes ao funcionamento dos CNOs).
Mas por outro lado e por mero acaso os Formadores das entidades privadas já ganhavam muito mais; mais que a prata da casa da escola pública.
Afinal de contas, nem sempre a tabuada lusitana é um instrumento correcto para se obter sucesso na poupança; para estas situações deveremo-nos socorrer da Tabuada do camarada Pinochet:
1€ gasto na escola pública parece ter um impacte mais negativo no deficit das contas públicas que 3€ dados pelo Governo aos CNOs privados...