Bayard Demaria Boiteux (1916 - 2004)

NA ESCOLA, TAL COMO NO MUNDO, TODOS SOMOS PROFESSORES E TODOS SOMOS ALUNOS.
(Faculdade Economia Porto)

terça-feira, janeiro 31, 2012

Ladrão rico, ladrão pobre?

SGPS do jerónimo, tal como a do Belmiro, foi vendida a uma outra do mesmo, mas holandesa, que por sua vez tem sede social em Amesterdan e sede fiscal nas ilhas Caimão, porque os impostos no off-shore da madeira eram muito elevados.
O Pingo-Amargo e o Cont'ente aumentaram os preços no início do ano, em média entre 20 cêntimos a 2,4 euros.
Depois, fazem publicidade de baixa de preços, uns de imediato e outros em compras futuras.
IRC sobre lucros nas ilhas caimão
IRS dos trabalhadores, segundo os recibos, rondam o salário mínimo e por isso não pagam.
IRS dos chefes com as deduções adequadas e combinadas ao IRC da empresa é minimalista.
Andamos a ser enganados, lerpados, etc., e no entanto quando alguém tem a lata de surripiar um produto quase sem valor, abespinham-se e tentam mandá-lo para a prisão, humilhando-o nos media, fazendo emperrar a justiça, com custas judiciais inúteis a serem pagas por quem trabalha  de forma honesta e não tem hipóteses de não pagar impostos.
Se alguém detetar gamanços semelhantes´deve olhar para o lado.
Mas se alguém detetar enganos entre o que está anunciado nas prateleiras e o cobrado nas caixas registadoras, em seu desfavor, não deve aceitar qualquer pedido de desculpas e providenciar a presença da autoridade competente para que seja aberto um Auto de forma a Criminalizar a Empresa e pedir indemnização condizente (deve também publicitar o facto pelas redes sociais).


sexta-feira, janeiro 27, 2012

Pançudos e Rapiocas

Os trabalhadores cá do burgo vão pagar as dívidas resultantes dos negócios escuros de uns tantos amigos que, durante tantos anos se pavonearam, encheram o bandulho, com a cumplicidade dos filhos daquelas mumies de rodovia.
Pagaremos as pândegas financeiras dos Zés das Varas, das Relvas dos Passos, dos Loureiros das Silvas e do resto da pandilha de amigalhaços.
Na verdade, a troika que ainda não sabe, mas irá anunciar proximamente a necessidade de fazer mais cortes nas despesas e aumentar os impostos.
A Troika não sabe, mas o Governo, via Durão Barroso, fará a devida comunicação.
A Troika sabe que os portugueses do irão pagar as favas, mas não sabe dos isentos.
A troika ainda não sabe que serão os trabalhadores do Continente a pagar as traquinices do deficit, de 5/6 mil milhões de euros do caruncho da madeira, e na devida altura fará mais exigências para compensar a TSU Borda D'água.
No fundo, ninguém será responsabilizado pelas sacanices e aldrabices de delapidação da riqueza nacional.
Casa Pia já era...
Isaltino Morais foi-se...
Face Oculta ficará para sempre no tunel...
Operação furação virou aragem furada...
BPN virado do avesso ficou palanca com rosácea...
BPP do amigo da MLR nunca existiu e o Pedroso já  deve ter passado o caranhau para as meninas de monsanto e afins...

segunda-feira, janeiro 23, 2012

O Chulo do Bailinho e a Chula Cubana?


Em Portugal a Chula é das sonoridades existentes, uma das mais caraterísticas e populares nas regiões a norte do Douro.
Na Madeira existe o Bailinho insular ao turista distraído.
Agora na Vigia, o Carunchado inventou a música e letra do Chulo, baseado no espírito de faca e alguidar e de escárnio e maldizer, que fala no saque ao cubano da continente e a ameaças de ameaça de Independência ou Morte (!!!).
Quem andou a conhecer os tascos do Cont'nent cubano, durante 10 anos, para conseguir licenciatura em Direito?
Todos têm medo e até a troika.
Não haverá alguma alma santa, até pode ser da al-qaeda, que lhe faça a cama?

Amores Proíbidos...?

Diário da República, 2.ª série -- N.º 217 -- 11 de Novembro de 2011


Gabinete do Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais

Despacho n.º 15296/2011
Nos termos e ao abrigo do artigo 11.º do Decreto -Lei n.º 262/88, de 23 de Julho, nomeio o mestre João Pedro Martins Santos, do Centro de Estudos Fiscais, para exercer funções de assessoria no meu Gabinete, em regime de comissão de serviço, através do acordo de cedência de interesse público, auferindo como remuneração mensal, pelo serviço de origem, a que lhe é devida em razão da categoria que detém, acrescida de dois mil euros por mês, diferença essa a suportar pelo orçamento do meu Gabinete, com direito à percepção dos subsídios de férias e de Natal.

O presente despacho produz efeitos a partir de 1 de Setembro de 2011.
9 de Setembro de 2011.
O Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Paulo de Faria Lince Núncio.

SALÁRIO + 2.000,00 EUR + SUBSIDIO DE FÉRIAS + SUBSIDIO DE NATAL (em regime de comissão de serviço).

sábado, janeiro 21, 2012

Terras do Alto Barroso: uma forma de estar na vida...

A Feira Madre de todos os eventos de Fumeiro

No último fim de semana do mês de Janeiro, realiza-se a mais importante das feiras do fumeiro regional, a XXI por iniciativa da CM Montalegre e só com criadores (cerca de 150) do concelho, ao contrário de outros eventos de outros locais que só têm sucesso relativo com recurso à importação/contratação de produtores de regiões vizinhas.
As duas maiores empresas de venda a comerciantes e a retalho de Portugal, logo no primeiro dia, compram cerca de 60% dos produtos expostos.
Cerca de 100 000 forasteiros são esperados, de Portugal e das provincias galegas de Ourense e de Pontevedra.



Segundo dados fornecidos pela Câmara Municipal espera-se comercializar as seguintes variedades de produtos:
Presuntos, Chouriças, Salpicões, Alheiras, Chouriços abóbora, Chouriços mel,Sangueiras, Farinheiras, Butelos, Pernis, Pés, Pás, Orelheiras, Peitos e Barrigas.
Montalegre com este tipo de eventos, como o do fumeiro (receitas de 5 a 6 milhões de euros), com o da sexta-feira 13 e os campeonatos de Para-pente, tem minorado os efeitos negativos da crise sobre a economia local.

quinta-feira, janeiro 19, 2012

Escola Secundária Alberto Sampaio

A Escola Secundária Alberto Sampaio (ESAS) está a comemorar 40 anos, apresentando “um programa extenso e variado, que pretende agitar a escola em termos criativos e culturais”, adianta em comunicado fonte da escola.



A ESAS realizou, a partir das 10 horas, do dia 18 de Janeiro, uma romagem ao túmulo de Manuel Monteiro, patrono da sua biblioteca, tendo em conta que passam 60 anos da sua morte.
A ESAS marcará este momento com a sua presença na última morada de Manuel Monteiro, no cemitério de Monte D’Arcos, “numa homenagem sentida e de gratidão, não esquecendo a memória de tão ilustre bracarense”.



Entretanto, é de realçar a activação do Clube Fernando Pessoa que vai funcionar em 12 sessões até meados de Março.

O mês de Fevereiro será rico em actividades, destacando-se a inauguração de uma exposição fotográfica sobre a ESAS, no dia 8, sobre os 30 anos da mudança da Rua do Castelo para a Quinta de Stº Adrião
. No dia 15 ocorrerá uma mesa redonda subordinada ao tema ‘Olhares sobre a Educação - passado, presente e…futuro’.



Os dias 23 e 24 serão dedicados às 40 Horas NON STOP, uma actividade multidisciplinar em que a escola vai estar envolvida durante 40 horas consecutivas em actividades sem interrupção, numa clara alusão aos 40 anos da sua existência.
O Tea Party, no dia 29, será uma sessão de convívio social, peculiar pelas suas características.



Da exposição fotográfica ao sarau da ESAS



Nos dias 5 a 8 do mês de Março, decorrerão as XV Jornadas da Biblioteca Manuel Monteiro, com actividades variadas, estando prevista, entre muitas outras, uma sessão relativa à figura e obra de Carlos Jaca, professor aposentado daquela escola, historiador e colaborador da comunicação social.



No dia 21 realizar-se-á uma exposição fotográfica alusiva aos 15 anos do Projecto Crescer com as Árvores e a inauguração do Espaço Botânico Dr. Manuel Faria, um tributo ao professor que leccionou no antigo Liceu Sá de Miranda e que marcou inúmeras gerações de alunos pela sua personalidade e competência. No dia 23, realiza-se o Peddy Paper, uma criativa actividade que impulsiona os alunos a conhecer a cidade e a sua história, de uma forma apelativa e mais aprofundada.



Em Abril, no dia 13, dar-se-á o lançamento da Revist a DeFacto, a publicação anual da ESAS que vai no vigésimo número, o que quer dizer que, este ano, comemora 20 anos de existência.

Em Maio, no dia 9, será celebrado na igreja de Stº Adrião, um sufrágio religioso em memória dos professores, alunos e funcionários da ESAS que já desapareceram.



No dia 16, numa cerimónia de grande significado simbólico, a ESAS atribuirá o nome de Sebastião Alba ao seu maior auditório, em homenagem à memória desse multifacetado poeta bracarense.
Já no dia 25 decorrerá um torneio de canoagem no rio Cávado, em Prado.

A festa continua no mês de Junho. O sarau ESAS, a verdadeira festa da escola, traduzida em actividades gímnicas, musicais, coreográficas e culturais, numa intensa participação de toda comunidade educativa acontece no dia 2.

As comemorações prosseguirão durante os meses de Setembro, Outubro e Novembro, com programação e datas a definir.



Quarenta anos de serviço público



A designação ‘Alberto Sampaio’ foi-lhe atribuída por despacho superior há 40 anos.
De facto, foi em 1972, em plena década de 70, uma década de grandes crispações político-sociais, em que as mudanças aconteciam em ritmo acelerado, há precisamente 40 anos atrás, que nasceu a Escola Técnica de Alberto Sampaio, através da publicação do Dec-Lei nº 457/71, de 28/Outubro, do então ministro Veiga Simão, sucedendo à Secção Comercial da, até então, Escola Comercial e Industrial de Braga, à qual estava associada.



Convém, no entanto, lembrar que, as raízes da ESAS remontam ao decreto régio de 11 de Dezembro de 1884, quando Braga foi dotada com ensino técnico, a funcionar na Escola de Desenho Industrial, sita no Largo das Carvalheiras, tendo mais tarde passado a denominar-se Escola Industrial Bartolomeu dos Mártires



O segundo momento determinante na história da ESAS acontece em 1979, através da portaria n.º 608/79 de 22 de Novembro, quando se determina a unificação do ensino secundário e a escola passa a designar-se de Escola Secundária de Alberto Sampaio.



O terceiro momento marcante dos últimos 40 anos tem a ver com a mudança das instalações da Rua do Castelo para o novo edifício situado na Quinta de Stº Adrião, facto que aconteceu em finais do ano lectivo 1981/82, com a transferência para as instalações que hoje ocupa.

quarta-feira, janeiro 18, 2012

Há 78 anos...

Estava-se no início de 1934. Com o mudar do ano, entra em vigor o Estatuto Nacional do Trabalho, fascista, e os sindicatos livres eram oficialmente proibidos, dando origem a outros, subjugados ao poder corporativo. Por todo o País, os trabalhadores combatem a fascização dos sindicatos e convocam para 18 de Janeiro uma greve geral revolucionária, com o objectivo de derrubar o governo de Salazar. A insurreição falha, mas na Marinha Grande os operários vidreiros tomam o poder. Apenas por algumas horas, é certo, pois a repressão esmagaria a revolta. No resto do País, esperavam-se acções iguais, mas em nenhum outro lado se repetiu o gesto dos operários marinhenses. Apesar de fracassada, a revolta dos trabalhadores vidreiros fica na história como um momento alto da resistência ao fascismo. E deixou sementes, que germinaram numa manhã de Abril, precisamente quatro décadas depois.
Contrariamente ao que sucedeu nas restantes localidades no dia 18 de Janeiro de 1934, na Marinha Grande os objectivos da greve geral revolucionária foram cumpridos: os operários tomaram o poder. Cercada a vila e cortados os acessos, os trabalhadores marinhenses ocuparam os Correios e o posto da GNR.
Derrotado o levantamento popular, começaram as perseguições e as capturas aos dirigentes sindicais, na sua maioria comunistas.
Na noite de 18 e nos dias seguintes, varreram toda a região, casa a casa. Nem o Pinhal de Leiria ficou por varrer.
O movimento foi liderado por José Gregório, Teotónio Martins, Manuel Baridó, António Guerra, Pedro Amarante Mendes, Miguel Henrique e Manuel Esteves de Carvalho...
Dos 152 presos que a 29 de Outubro foram inaugurar o sinistro Campo da Morte Lenta, 57 tinham participado na jornada do 18 de Janeiro, e entre os 32 presos assassinados no Campo do Tarrafal, estavam os marinhenses Augusto Costa, assassinado em Setembro de 1937, e António Guerra, assassinado em Dezembro de 1948.
A estas mortes dos revolucionários do 18 de Janeiro da Marinha Grande há que acrescentar as dos Francisco da Cruz e Manuel Carvalho, a primeira ocorrida na prisão de Angra do Heroísmo e a segunda no Hospital de Leiria, na sequência dos maus-tratos infligidos na altura da prisão.
A realidade histórica ainda está por desvendar na sua totalidade porque existem fatos e personalidades que se tornaram líderes que a censura de uns tem levado à omissão de outros...
Por sua vez, na leva para o  canpo de concentração doTarrafal dos derrotados, o Governo aproveitou este fato e tentou decapitar o movimento oposicionista, comunista e anarco-sindicalista que lideraram sucessivas sublevações.

segunda-feira, janeiro 16, 2012

Investir na educação, na formação e na cultura

A riqueza de um país não se mede pela extensão de seu território, pelos números da sua população, mas pela educação do seu povo. Apesar da crise, é fundamental que a educação, a formação e a cultura ocupem o centro das políticas e constituam uma prioridade do investimento público, se queremos garantir o desenvolvimento e o progresso.



A necessidade de racionalizar meios e recursos não deve prejudicar o investimento continuado e consistente nestes três vetores pois eles constituem a alavanca de saída da crise, porque promovem o enriquecimento cultural dos cidadãos, o reconhecimento dos valores universais e a consolidação da democracia.



Criar condições para o exercício da educação e da cultura, entendidas como dimensões de cidadania, são elementos fundamentais para a coesão e para o desenvolvimento económico, social e sustentável do país. A arte, a cultura, a ciência e o desporto são instrumentos poderosos de construção de valores, identidades e de perspetivas de futuro. É urgente conjugar esforços sociais, políticos e morais para implementar a educação e a cultura como bens portadores de valor acrescentado, geradores de riqueza e crescimento, fonte de sentidos, de identidade, de conhecimento e de transformação da nossa sociedade.



É forçoso confiar na nossa capacidade de adaptação à realidade atual e relembrar que a história já demonstrou que os momentos de crise são também uma nova fonte de oportunidades.

Investir na cultura e na educação é criar oportunidade de reforçar e valorizar a defesa do património, das artes, da gastronomia, do nosso saber e do nosso fazer e de expansão da história.



É ainda, promover ações que apoiem a criação, circulação e produção de bens e serviços culturais promotores da economia solidária;

É fomentar a cultura da cooperação e da sustentabilidade;

É promover a valorização do ambiente como parte integrante do património cultural.



Como diz Paulo Freire, a educação sozinha não transforma a sociedade, mas sem ela, tampouco a sociedade se transforma.

Se a educação e a cultura são caras, experimente-se a ignorância!



E, contrariando o triste colorido dos tempos que vivemos, pintei uma mensagem de Natal, que aproveito para vos entregar:

Se fosse possível colocar num cartão de natal todos as mensagens que me enchem o peito, o cartão seria do tamanho de um jornal!

Escrevia-as com palavras redondas e bem desenhadas a lembrar os elos de uma corrente e pintava-as de cores diferentes conforme o significado!



De verde, pintava a esperança num mundo mais justo, fraterno e solidário! Enchia de confiança os olhos vazios de cada criança e transformava o medo em força e coragem para rasgar os caminhos do futuro!

De azul, pintava a memória do povo que nos deu identidade e carregava de sentido a herança da língua portuguesa!

De amarelo, pintava a educação, o conhecimento, a sabedoria e tudo o que tivesse valor! Fazia com que progresso rimas-se com sucesso e harmonizava raças e culturas!

De branco, pintava milhões de sorrisos, matizava os corações de amizade e plantava sementes de paz e justiça!

De dourado pintava o fado, a literatura, a música, o teatro, a dança, o folclore e todas as tradições! Preservava, valorizava e divulgava todo o património imaterial cujas origens, tantas vezes, se perdem no tempo!

Por fim, contornava a negrito todas as cores, com um traço mais carregado, onde se destacassem as palavras reflexão, inovação, criação e limpava do cartão a solidão e a ingratidão!

Maria da Graça Moura

domingo, janeiro 15, 2012

Rating do Lixo não Reciclado?

Na tomada de posse do Governo, Passos Coelho afirmou que com ele, talvez enquanto timoneiro de águas turvas, quando Portugal fosse novamente aos mercados de cara lavada e levantada, os juros dos empréstimos obrigacionistas estariam em baixa normal.
Parece que tais promessas vão ficar no caruncho de algum chaparro, porque a notação para o rating financeiro deste Burkina-Faso da Europa foi despromovida para lixo, estilo 15ª divisão regional de football amador da ilha da Madeira.
Parece que estamos a caminho de proximamente fazermos um dueto com a Grécia, numa qualquer clave sepulcral.

sexta-feira, janeiro 13, 2012

Nuno Crato e a instrução salazarista

Quando iniciei a minha docência no ensino liceal, na década de sessenta, as orientações do Ministério da Educação Nacional iam no sentido de favorecer a transmissão de conhecimentos, privilegiando a memória e evitando qualquer juízo crítico dos alunos. Não faltavam sequer modelos de composições literárias decoradas para adaptar nas provas de exame. Era sagrado o princípio de que “a ciência é filha da repetição”, na linha tradicional do ensino pela sebenta. Enquanto o aluno repetisse o que o mestre dizia, estava no bom caminho, pois não punha em causa o sistema nem o regime político. “Aluno instruído” era cidadão politicamente conformado.



A partir da década de setenta, com Veiga Simão, e ao longo de trinta e cinco anos de regime democrático, o Ministério da Educação, orientado por ministros socialistas e sociais-democratas, concedeu relevo ao espírito crítico, às condições de formação de autonomia pessoal, à flexibilidade mental, numa palavra, à formação de pessoas mais livres e mais capazes de interagirem com responsabilidade e solidariedade, sem descurar a aprendizagem dos conteúdos programáticos.



Quando analisamos a história da educação em Portugal, não podemos deixar de verificar o nosso atraso cultural no confronto com a maioria dos países europeus. Os progressos verificados nestes trinta e cinco anos de democracia só podem ser devidamente avaliados na sua relação com séculos de desprezo pela escola. É certo que tivemos, em momentos cruciais da nossa História, elites culturais de grande mérito. Mas o grande corpo da Nação ficou à margem do saber e da cultura.



A filosofia político-educacional “social-democrática” (da responsabilidade de ministros socialistas, sociais-democratas e independentes) “contagiou” muitos professores que souberam programar e trabalhar em grupo, elaborar planos curriculares, centrar o ensino no aluno, desenvolver capacidades, incentivar a autonomia, tendo em vista o ensino-aprendizagem.



No âmbito das minhas funções de deputado, na comissão de educação da AR, entre1982 e 1987, pude trabalhar de perto com destacados profissionais da educação do PS e do PSD. Não havia entre nós divergências de fundo. Agora, ao ler o despacho de Nuno Crato, que revoga o documento Orientações Curriculares do Ensino Básico, pergunto-me como reagirão esses militantes sociais-democratas. O ministro tem o despudor salazarista de falar de instrução em vez de educação, ou seja, de pretender como resultado «membros instruídos da sociedade». Centrando-se nos conteúdos, deita fora todo o processo de aprendizagem tendente à construção da autonomia do aluno. Por outro lado, reforça o isolamento do professor na sala de aula, já que não há, no despacho, uma só palavra para a relação do professor com o seu departamento, com o projecto de turma e de escola, com o progresso inter-individual. Nuno Crato transpõe para o despacho as suas diatribes do programa televisivo “Plano Inclinado”. Ministro independente da esfera partidária tem de ser confrontado com a matriz social-democrata a única que foi sancionada pelo voto nas eleições legislativas.



Resta-me a esperança de que as escolas e os professores saibam aproveitar a margem de autonomia pedagógica concedida pelo ministério, para não deitarem fora “o menino com a água do banho”. Saberão os docentes ultrapassar os excessos de burocracia e os pontuais facilitismos de algumas orientações ministeriais anteriores, para não recuarem nos grandes objectivos do ensino-aprendizagem? O caminho faz-se caminhando e não recuando a preconceitos e obscurantismos geradores de inércia, de passividade e de alienação. Que no ano hoje iniciado (escrevo no dia de Ano Novo) os profissionais de ensino saibam vencer o desânimo provocado pelos cortes nos vencimentos e reavivem a chama do nobre ideal de ajudar a formar pessoas mais livres, mais felizes, mais fraternas e mais solidárias.



Agostinho Domingues
(Doutor em Letras)

quinta-feira, janeiro 12, 2012

Encerrar Escolas: amor natalício de 2012?

Candidatos a diretores derrotados e postos em tachos dourados nas DREs ou em outras prateleiras, afadigam-se agora para implementarem o encerramento das escolas do sonho perdido.
Acossados pelos infortúnios clamam vingança antes do início de outro qualquer processo de construção de mega-agrupamentos ou de reorganização da gestão educativa, como forma de mostrarem que com eles na oposição: dura lex sed lex.

Por exemplo:
A ex - E. S. Maximinos parece ser uma das que está na calha...
A EB 2/3 D. Henrique idem
etc.
Amor com amor se paga...
Mas outras, quiçá para promoverem uma sã estabilidade em termos de promoção de um mercado de concorrência perfeita, segundo rumores antigos do tempo do vice da popota na DREN, irão encerrar portas, para que colégios privados possam sobreviver:
A EB 2/3 Tadim - colégio infante d. henrique
A EB 2/3 Real - colégio carvalho araújo
etc.
O MEC sempre poupa 10 000€/turma na pública em benefício da privada...

segunda-feira, janeiro 09, 2012

Ex-Professores: Empresários Assalariados

Anos 80, inúmeras pessoas iniciaram-se no mercado de trabalho, enquanto estudavam, concorrendo nos mini-concursos; o bago sempre dava para pagar os extras que os papás não subsidiavam.
Depois de acabarem as respetivas licenciaturas continuavam com o mesmo esquema até encontrarem outra forma de trabalho.
O problema eram os alunos serem demasiado irriquietos ou os horários muito espartanos ou o vencimento ser muito pouco ou ter de fazer de saltibanco anualmente.
Muitos saíram para novas oportunidades públicas enquanto que  outros tornaram-se empresários infinetisimais:
  1. Horário do chefe livre.
  2. Patrão declarava sempre rendimentos inferiores ao montante mínimo para ficar isento de apresentação de declaração de IRS.
  3. Segurança Social era perspetivada como um sorvedouro inútil dos rendimentos ganhos honestamente!
  4. Faziam depósitos bancários utilizando familiares, com emprego legal, como intermediários e assim escaparem aos olheiros das finanças.
  5. Chapa ganha, chapa gasta.
  6. Férias em cruzeiros ou em ilhas do pacífico ou em outros destinos exóticos.
Durante as contestações dos professores tornaram-se fãs irredutíveis de MLR e da Barbie e do José..., insultando professores como parasitas e que raramente sabiam trabalhar no duro (professores que pagaram normalmente os impostos sobre o trabalho para o Estado...), antigos colegas, que não fugiram das dificuldades e de outros escolhos que estão subjacentes à profissão de professor.
Agora a crise também os apanhou e passaram a auferir vendimentos/lucros de salário mínimo, porque os consumidores começaram à procura de negócios da china mais baratos, e agora também querem que o Estado os ajude a sustentar o carnaval...
Agora querem que os professores também sejam os seus clientes preferidos, apesar de continuarem a defender o fim dos subsídios aos funcionários do Estado, que pouco fazem e ganham mais do que eles.
Agora também não desejam que emigrem (baixa no consumo de: fotocópias, restauração, estampas de artistas plásticos, etc.) e porque às tantas, ainda podem sacar nichos de oportunidades que deveriam estar reservados para os tais empresários vão-de-escada.
Agora querem que familiares, professores ou funcionários públicos, vendam bens de herança, através da chantagem emocional, para poderem sobreviver e manterem pelo menos as aparências de empresários livres.
Agora ainda continuam a olhar com desdém para os professores porque consideram que Sócrates não foi suficientemente duro e Passos Coelho parece que tem medo de cortar nos direitos desses falsos trabalhadores.
Agora continuam a querer beneficiar de oportunidades anteriores (agora sem cheta...), como não pertencer ao SNS, evitar listas de espera e ter atendimento personalizado em consultórios de professores catedráticos / chefes de serviço de hospitais centrais.
Agora...

sexta-feira, janeiro 06, 2012

A Qualificação dos Portugueses


O Conselho Nacional de Educação tornou público, recentemente, o relatório ‘O Estado da Educação 2011. A Qualificação dos Portugueses’.

Este relatório dirige-se ao público em geral e não só aos profissionais da educação. O Conselho Nacional da Educação aprecia o desenvolvimento e aplicação das políticas de educação e formação, emitindo pareceres e recomendações, por sua iniciativa ou a pedido do governo.

Uma leitura atenta deste relatório permite constatar a situação da educação em Portugal, refletindo alguns dos aspetos que vivenciamos no nosso dia a dia.



Naturalmente, não seremos muito pormenorizados no nosso comentário, apenas pretende-mos apresentar algumas reflexões que mereceram uma atenção mais cuidada.

A educação e formação são setores decisivos na evolução dos países. Não é de mais lembrar que a educação de todos e ao longo da vida impõe-se como necessária ao aperfeiçoamento pessoal e profissional, à adaptação ao mercado de trabalho e à própria sobrevivência. A problemática da educação de todos e ao longo da vida não deve ser equacionada só como um desafio escolar, mas ser colocado a toda a sociedade.



Quando se refere a “qualificação dos portugueses”, estende-se à formação escolar e profissional, adquiridas nos diferentes níveis de ensino e em diferentes contextos - formação inicial, contínua e reconhecimento de saberes adquiridos em diferentes ambientes.



Diz-se que, em termos globais, os portugueses possuem qualificações baixas, mas quando atendemos às diferentes vias de formação de nível secundário o ritmo de conclusão é elevado. Surge, então, a referência e a relevância que devem ser dadas ao processo de reconhecimento, validação e certificação de competências.



Também lemos no relatório que os jovens portugueses estão atualmente muito mais qualificados do que estavam em 2000.
O acesso à educação alargou-se de modo significativo em todos os níveis de ensino. Para esta melhoria, muito contribuiu o aumento e diversificação da oferta de educação e formação de nível básico e secundário. Paralelamente sentiu-se o decréscimo do abandono do sistema de ensino sem diploma.



Constata-se ainda que os professores, elementos decisivos no conceito educação para todos, também têm investido na melhoria das suas qualificações.

Neste relatório, identificam-se alguns recursos e estratégias importantes e implicados na melhoria do sistema educativo: renovação de instalações e equipamentos, expansão das bibliotecas escolares, apoios diversificados a alunos e melhor inserção das escolas nas áreas em que se localizam.
Destaca-se ainda o investimento muito significativo nas Tecnologias da Informação e Comunicação.



Registam-se alguns avanços na educação de adultos. Destaca-se que é visível na sociedade portuguesa, o reconhecimento da importância da elevação dos níveis de qualificação da população e a valorização social da Aprendizagem ao Longo da Vida.

Considera-se que há uma reconciliação entre os adultos pouco escolarizados com os percursos de educação e formação, valorizando a sua experiência de vida.

quinta-feira, janeiro 05, 2012

Quando a Identidade construída serve de mote para uma Identidade em construção

No dia 6 de Janeiro iniciam-se as Comemorações dos 40 ANOS da ESAS sob a denominação do patrono Alberto Sampaio. O esforço coletivo de refletir sobre o passado e preservar as memórias construídas, serve de mote, indubitavelmente, para a discussão sobre o presente: discussão sobre a Escola, a Educação, as Memórias, a Cidade, o País, o Mundo.







Encetamos, de novo, um espaço para reencontros felizes onde o debate de ideias se entrelaça com o conhecimento, as ciências, as artes, a cultura. É precisamente neste cruzamento feliz que nos temos esforçado por dar continuidade a uma Identidade que dependerá sempre das pessoas que lhe dão sentido. Este primeiro momento será, por isso mesmo, dedicado a todos aqueles que, no presente ou no passado, se tenham recusado a ficar no silêncio e tenham tomado a palavra na defesa da Escola, da Educação, das Memórias, da Cidade, do País, do Mundo.






Cerimónia de Abertura


40 ANOS ESAS


06 Janeiro de 2012






09h30 - 10h00: Receção a Entidades e Convidados
Átrio de Entrada da ESAS


Momento Musical: Intervenção dos Alunos da Companhia da Música de Braga
Alunos da ESAS
Regime Articulado ou Supletivo da Música






10h00 Auditório Sebastião Alba, ESAS
Sessão Solene


10h05 Intervenção do Sr. Presidente das Comemorações dos 40 Anos da ESAS


10 h10 Intervenção da Diretora da ESAS


10h20 Concerto de Reis:


MIGUEL SIMÕES Violino


Concluiu o ensino secundário na ESAS
Admitido com 15 anos na Faculdade de Música da Universidade de Utrecht (Holanda)
Com 16 anos ganhou o 1.º Prémio em violino do Concurso Jovens Músicos - RDP
Mestre em Performance pelo Conservatório Superior de Amsterdam
trabalhou com conceituados músicos como violinista solista, camarístico e de orquestra
Fez a estreia mundial em Roma de três obras que lhe foram dedicadas pelo compositor Joaquim Santos
Apresenta-se regularmente em Portugal, Espanha, Itália, França, Áustria e Holanda
bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian entre 2002 e 2008
Apresenta-se em concerto num violino Pierre Hell que pertenceu ao compositor romeno George Enescu, atribuído por uma Fundação Belga.






10h40 - Intervenção das Autoridades Convidadas


10h50 - Homenagem aos profissionais da ESAS aposentados em 2011


11h10 - Atuação do Grupo Coral da ESAS


11h40 - Atuação do Grupo de Ginástica


12h15 - Inauguração de Exposição Fotográfica sobre a história da ESAS


13h30 - Almoço de Reis


16h00 - Inauguração do Clube Fernando Pessoa


18h00 - Cerimónia de Entrega de Diplomas Alunos do Ensino Diurno


20h00 - Cerimónia de Entrega de Diplomas Alunos do Ensino Noturno
Manuela Gomes

quarta-feira, janeiro 04, 2012

Salão Mozart

Tendo em conta o misticismo ariano, na década de 50, austríacos de Graz membros nas SS, herdeiros do simbolismo nazi, fundaram o salão paroquial e de bailes Mozart, quiçá para recordar eventos históricos, como os do Holocausto.
Posteriormente, subsidárias do dito cujo, nasceram, primeiro na Baviera e depois no resto da europa.
Ora, é lícito questionarmo-nos sobre o facto de poder haver alguma semelhança entre estes salões de bailes mundanos e a loja maçónica lusa?
Em termos de pensamento político-religioso e filosófico e das práticas dentro do estilo das SD, as coincidências são algumas...

domingo, janeiro 01, 2012

Educação Sexual ou Motores Enguiçados...?

O chefe do MAI veio passar uns dias às berças de Braga, no carro oficial e com motorista acoplado.
Parece que para poupar uns euros, evitando o estacionamento vigiado do Hotel, ficou com uns vidros rachados e o arranjo acabou nos 90€ (pago pelo contribuinte?).
Notícia banal, coscuvilhice de parasita ou história mal contada, porque os sons do silêncio são ruidosos demais.
Porque a verdade dos factos pode ultrapassar o bom senso e transformar um capricho num drama político-económico:
O Motorista terá pernoitado num hotel de luxo (****) pago pelo contribuinte?
Ou há dinheiro nas almofadas ou pernoitas em saldo ou o Governo, tal como em Veneza ou na TAP, tem reservas eternas.
O Motorista terá usado a viatura oficial para fazer passeios turísticos noturnos?
As estradas de montanha que ladeiam Braga apresentam uma movida bastante interessante e se a obrigatoriedade da fatura for aplicada, então as receitas fiscais sofrerão um tsunami, tal como o crescimento do PIB e 2012 arrisca-se a ficar nos anais da história trágica lusitana, como o ano da recuperação de todas as crises.
O Motorista terá tido umas sessões de ..., e os saltos pontiagudos da madame, no auge do delírio terão espatifado o vidro?